Capítulo 21

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Eu o encarei por alguns segundos, podia imaginar tudo, menos Lagartixa gostando de mim.
Mas eu não tinha tempo para pensar, olhei no cós de sua calça e tinha um molho de chaves preso ali, delicadamente levei minhas mãos até ele, quando o mesmo deu uma mexida pensei que tudo estivesse perdido, mas ele não acordou, então continuei com a minha missão. Estava muito bem amarrado, o que me fez demorar alguns minutos. Quando finalmente consegui segurei com força as chaves e sai dali rumo ao porão e aquela portinha. Chegando lá corro até a sala onde Eugênio ainda estava da mesma maneira que na semana passada.

- Eu consegui. - Falei lhe tocando o rosto.

- Obrigado... - Respondeu quando o desamarrei.

- Você consegue me ajudar a desamarrar os outros? - Perguntei por causa do seu estado todo machucado, e ele apenas concordou com a cabeça.

Em poucos segundos libertamos todos  os que estavam ali e os que estavam naquelas salas que eu já havia ficado também, o que dava em torno de uns 20 homens. Seguimos calmamente para fora, quando isso aconteceu um alarme resoou por todo o pátio, eu corri até o portão e tinha dificuldade pelo tanto de chaves, mas consegui abrir, e aqueles homens correram para fora ou pelo menos tentavam.

- Vamos Maite, por favor. - Pediu Eugênio.

- Eu não posso.

- Eles vão te matar.

- Adeus, Eugênio. Seja feliz. - Falei vendo que os capangas apareceram correndo. Rapidamente fechei o portão com o cadeado e joguei a chave por cima do mesmo no meio da rua. Mesmo William tendo outra cópia daria mais tempo para eles fugirem.

Eu tinha armas apontadas por cada canto do meu corpo, enquanto uns 5 capangas já haviam pego a outra chave e saíram nas ruas em busca dos "fugitivos".
Levy me encarava sem expressão alguma, e aquilo me assustava. Lagarto estava ao seu lado e cochichou algo em seu ouvido.

- Temos permissão para atirar, chefe?

O AgiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora