Capítulo 22

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- Recuar para o prédio 5. - Gritou William e todos começaram a se movimentar rapidamente pegando carros blindados e saindo, eu não estava entendo nada.

William veio até mim grudou com força em meus braços e saiu me arrastando para um dos carros, depois cobriram minha cabeça com um saco preto e fui segurada por alguém.

- Onde a gente está indo? - Perguntei em pânico, e com falta de ar.

- Cala a boca. - Foi a resposta que ganhei dele.

Depois de andarmos por alguns minutos o carro parou, me desceram do mesmo com brutalidade e só quando estávamos dentro de algum lugar, o saco que cobria meu rosto foi tirado. Estávamos em um local abandonado, onde devia ser uma fábrica antes ou sei lá. William mais uma vez segurou meu braço e foi me levando até um lugar que julguei ser um escritório, pelo jeito eles já sabiam daquele lugar, inclusive era preparado para uma possível vinda a ele.

- Você tem ideia da merda que fez? - Perguntou furioso batendo na mesa.

- Libertei pessoas que você maltratava.

- Sabe quem você libertou? Assassinos, bandidos, pessoas sanguinárias mil vezes pior do que eu, e sabe o que elas vão fazer agora? Se juntarão e virão atrás de mim, e uma guerra estará formada. Eu já te disse Maite, eu não faço nada com quem é bom.

- Então porque Eugênio estava lá? Ele pediu dinheiro para salvar a sobrinha.

- ELE PEDIU DINHEIRO PARA COMPRAR ARMAS, ELE ESTAVA MONTANDO UMA GANGUE PARA ME DESTRUIR COM MINHA PRÓPRIA GRANA. ELE É UM AGIOTA FALIDO QUE QUER RECUPERAR SEU POSTO PERDIDO!

E então senti como se tirassem o chão de meus pés, encarei William pasma. Como eu pude ser trouxa a esse ponto?

- Por que... Não me disse antes?

- No começo eu também não sabia.

Então me sentei com a cabeça entre as mãos e lágrimas nos olhos.

- Ele é um covarde que não liga se está matando uma mulher ou um adolescente que pediu dinheiro no calor do momento para comprar droga, se você acha que eu sou ruim é porque não conhece ele. E o restante que você também libertou, só criminosos. Parabéns Maite, eu até ia te dar um castigo, mas acredito que o peso na sua consciência deve estar te matando nesse momento. - Falou e saiu me deixando sozinha ali.

Eu apenas me encostei no encosto da cadeira e permiti soltar o choro que eu estava segurando, derrepente em uma grande reviravolta eu me tornei a vilã da história e William o pobre moçinho injustiçado.

O AgiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora