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Ret🐉

Hoje tem a reunião do PCC, vamo armar um plano aí pra tirar o mano da cadeia, o dono do Vidigal. Faz quase 1 ano que ele tá enjaulado e ele é importante pra caralho nas parada.

Carlos: fala meu patrão.- ele chegou fazendo toque comigo.

Ret: mermão a noite foi boa ein, olha a cara de ressaca.- ele negou rindo e sentou.

Carlos: foi pô, só faltou tu lá na laje do Dedé...

Ret: tava no clima não pô.- ele assentiu e acendeu um baseado.

Peu: e aí minhas puta.

Ret: fala piranha.- ele riu.

Peu: ae Carlos tu tá trocando ideia com a minha irmã né filho da puta.- ele riu.

Carlos: tô mermo, mai relaxa pô.

Peu: relaxar é o caralho, se tu iludir ela como tu faz com a mina do bordel eu como teu cu, papo reto.- arregalei os olhos.

Ret: tu ilude a mina do bordel Carlos? Qual delas?

Peu: a Karina pô, uma moreninha do cabelo cacheado.- fiquei tentando lembrar.

Ret: ah tô ligado.

Peu: mó vacilão esse filho da puta.- ele falou rindo.

A gente ficou lá marolando até dar minha hora, sai da boca principal e fui pra casa.

Quando entrei tomei um banho, me vesti todo trajado e fiquei só esperando dar a hora de ir pra reunião e a Anna aparecer.

Mandei um vapor avisar a ela ontem que hoje ia ter a reunião.

Não gosto muito de ir sozinho nas reuniões, a maioria vai acompanhado e pá. E a Anna é perfeita pra isso, toda linda, com aquela pose que ninguém tira, vai chamar atenção de geral pô.

Escutei alguém batendo na porta e fui abrir dando de cara com ela que tava ajeitando o vestido.

Puta que pariu ela veio pronta pra matar, papo reto.

Ret: e ae, entra aí.- dei espaço pra ela passar.

Anna: caralho que casarão ein.- ri pelo nariz e segui ela entrando.

Ret: trabalho pra isso né fia.- ela riu debochada e sentou no sofá.

Anna: e aí quando começa essa tal reunião?- ela me encarou.

Ret: jaja a gente sai mina, sossega aí.- ela suspirou - ae por que o Maurício te chama de Estrellinha?- ela arqueou a sobrancelha.

Anna: você já viu?- assenti.

Anna: é meu segundo nome, Anna Estrella.

Ret: caralho, não sei porque mas combina contigo. Acho que é por causa do teu olho brilhante, parece uma estrela mesmo, papo reto.- ela riu pelo nariz.

Anna: e você qual seu nome verdadeiro? Eu sei que não é Ret. - neguei rindo.

Ret: na hora certa tu vi saber pô, agora não.- ela revirou os olhos - falou o que pro Maurício pô?

Anna: que minha mãe tava precisando de mim, disse que depois compenso. Não vou perder 500 reais né amore.- eu ri e levantei.

Ret: bora.- ela levantou e saiu na frente.

Peguei o carro e fechei tudo, guiei pra fora do morro e fui pro morro aonde ia acontecer a reunião.

Quando cheguei no lugar com a Anna geral já começou a olhar como eu imaginava.

Anna: povo curioso né, parece as velhas fofoqueira da minha rua.- eu ri.

Ret: é que tua beleza chama atenção pô.- ela sorriu convencida.

Grego: e ae Ret, nova fiel?- ele fez toque comigo e olhou pra Anna perguntando.

Ret: nem sei pô.- ele negou rindo.

Deixei a Anna na mesa com as mulheres dos caras e fui pra reunião, tava geral lá, os donos dos morros.

- então, é o seguinte pô, vamo ajudar o mano Vt a sair da prisão. Vamo invadir na madrugada, todo mundo armado até os dentes se possível e metralhando qualquer inimigo que vier na frente. Só não quero matando algum inocente. E só quero que tirem o Vt de lá, mais ninguém tá ligado?

Todo mundo concordou, a reunião continuou por mais 1 hora com o plano e depois que acabou a gente saiu pra área lá fora.

Fiquei conversando perto da piscina com os cara e fumando um baseado e vi que a Anna tava toda enturmada.

- Pô Ret, descolou uma mina gata pra caralho, ta chamando atenção de garal aqui.- neguei rindo.

Ret: cadê tua fiel Grego? Nunca mais vi ela.

Grego: depois que teve nossa cria mal sai de casa pô, insisto pra caralho, mas não adianta.- assenti.

- e a Tamires? Largou do teu pé?

Ret: largou pô, ela seguiu a vida dela, a gente tá mais pra amigos, ela agora tá morando em Botafogo.

Grego: carai mermão.- eu ri.

Depois que terminei meu baseado levantei fazendo toque com geral e chamei a Anna que também se despediu e veio até mim.

Ret: vamo Estrellinha.- ela riu e cruzou o braço dela no meu - o pô não gosto disso não.

Anna: foda-se.- ela saiu andando do mesmo jeito e eu bufei - ah deixa de ser chato Ret.

Entramos no carro e eu guiei pro morro.

Anna: achei que cê ia me deixar em casa.

Ret: pode pá, tinha esquecido.

Ela me disse onde era a casa dela e eu parei na esquina e ela desceu fechando a porta em seguida.

Ret: toma.- falei entregando a grana a ela.

Anna: é um prazer fazer negócio com você Ret.- ela sorriu pegando o dinheiro - me avisa quando for a próxima.

Ret: pode pá, tchau Estrelinha. - ela negou rindo.

Anna: fé. - ela mandou beijo e saiu andando.

Fiquei parado olhando a raba dela e uma buzina de carro me tirou do meu transe e eu dei partida indo pro morro.

𝙴𝚂𝚃𝚁𝙴𝙻𝙻𝙰 [𝙼]Onde histórias criam vida. Descubra agora