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Anna✨
1 mês depois

O Maurício mandou me chamar aqui no bordel e cá estou eu esperando ele.

Karina: caralho quanto tempo.- ela falou saindo de lá de dentro e me vendo no bar.

Anna: ai que saudade meu amor.- corri pra abraçar ela.

Karina: depois que virou acompanhante do chefão esqueceu os pobres...- neguei rindo.

Anna: você sabe que não. - ela riu e sentou do meu lado.

Karina: como tá a tia Dalva?

Anna: bem, graças a Deus.

Karina: e a sua irmã? Rebelde ainda?- assenti.

Anna: queria tanto que ela mudasse antes que desse um desgosto a mãe.- suspirei.

Karina: vamos orar pra isso amiga.- assenti sorrindo fraco e vi o Maurício chegando.

Ele me chamou na porta da sala dele e eu levantei indo, quando entrei na sala ele me mandou sentar.

Anna: e aí Maurício, porque cê mandou me chamar?

Maurício: quero falar em questão ao dinheiro, já faz mais de 1 mês que você tá se envolvendo com o Ret e ainda não chegou mas minhas mãos a porra do dinheiro!

Anna: que dinheiro amor? Agora eu sou independente, não te devo nada.- ele bufou.

Maurício: ô se deve. Eu que te coloquei aqui, eu que te lancei nesse mundo e você conseguiu ganhar dinheiro, agora você ganha mais de 10 mil reais por mês e eu tenho direito a 50%. Lembra? 50% fica com a casa!- ele falou alto.

Anna: acontece que eu não frequento mais a casa, você não me dá mais as roupas e as maquiagens, tudo sai do meu bolso com o meu trabalho. Tudo bem que você me lançou nesse mundo, valeu, mas agora você não tem direito a mais nada. Que pena que você não sabe quanto eu ganho.- debochei dele que bufou e fechou mais ainda a cara.

Maurício: isso não vai ficar assim, você vai me pagar tudo que deve, e se não for com dinheiro pode ter certeza que vai ser com outra coisa!

Anna: você tá me ameaçando? Coragem viu.- levantei da cadeira - tchau amore, até nunca mais, nem sei como que eu já frequentei esse lugar, porque o dono é podre!- sai batendo a porta e escutei ele gritando lá dentro.

Karina: o que aconteceu?

Anna: sai desse lugar imundo, amiga procura outro bordel, o Maurício não vale nada.

Karina: você acha que eu não sei? Mas infelizmente todos são assim... mas eu tô tentando sair, já faz uns meses, você sabe...

Anna: não conseguiu emprego em nenhum lugar?- ela negou.

Karina: mas coloquei uns currículos ontem lá na pista, tô torcendo pra que algum me chame.

Anna: vai chamar amiga, vamos pensar positivo e orar pra isso, amém?- ela riu.

Karina: amém.

Anna: agora eu preciso ir antes que o Maurício apareça e me coloque pra fora.- falei rindo e ela riu também - tchau, se cuida e vem me ver já que não posso pisar aqui mais.

Karina: claro amiga, tchau, se cuida também. Te amo.- ela me abraçou e eu saí do bordel.

Quando cheguei lá fora vi uma movimentação do caralho, uma correria dos vapores, vi o Dedé e resolvi perguntar.

Anna: Dedé.- chamei ele que virou vindo até mim.

Dedé: Anna? Tá fazendo o que aqui?

Anna: vim resolver umas coisas, mas o que tá acontecendo? Porque esse movimento?

Dedé: Iih a gente acabou de voltar de uma invasão no Vidigal e tem uns vapores feridos... inclusive o Ret...- arregalei os olhos.

Anna: o Ret tá ferido?- perguntei assustada.

Dedé: tá, tem uma mina que é enfermeira cuidando dele lá na casa dele.

Anna: caralho me leva lá agora por favor Dedé.- ele assentiu.

Dedé: vou pegar a moto, espera aí.- assenti e ele saiu.

Caralho eu tinha esquecido que ele contou sobre a invasão ser hoje e que se desse tudo certo íamos comemorar.

O Dedé chegou e eu subi na moto, ele guiou pra casa dele que tava rodeada de vapores todos armados até os dentes. Segurança né.

Dedé: deixa ela passar.- eles abriram a porta e eu entrei.

Quando cheguei na sala vi que a mulher tava terminando o curativo na perna e já tinha feito um no braço.

- poxa Ret toma cuidado da próxima vez, não quero te perder seu otário.- ele riu fraco com dificuldade.

Ret: valeu Dani, sabe que tua grana tá garantida né.- ela assentiu rindo.

- prontinho, terminei.- eles me viram.

Ret: Anna?- ele tentou levantar, mas sentiu dor e não conseguiu então me aproximei.

Anna: como você tá?

Ret: bem, só levei dois tiros.- neguei rindo.

Anna: é sério, você tá bem agora?- ele assentiu e a mulher me olhava estranho.

- tô indo Ret, se cuida ein, repouso total por uma semana no mínimo.

Ret: porra de repouso Dani, amanhã mermo vou tá na boca trabalhando.

Dani: um caralho. Toma conta dele por favor e não deixa ele sair por uma semana no mínimo. - ela me olhou.

Anna: claro, pode deixar. Sou ótima com gente doente e teimosa.- ela riu e ele bufou.

Ret: tô doente não porra.

Dani: tchau Ret, tchau pra você também, cuida dele ein.- assenti sorrindo e ela saiu.

Anna: caralho ein Filipe, quer me matar do coração?

Ret: ficou preocupada comigo Estrellinha?- ele falou rindo e eu neguei rindo.

Anna: claro que eu fiquei Ret.- ele sorriu de lado.

Ret: pena que a gente não venceu... tava doido pra matar o Diogo e depois comemorar contigo...- neguei rindo.

Anna: só pensa em ficar melhor Filipe!- ele revirou os olhos e fez careta.

𝙴𝚂𝚃𝚁𝙴𝙻𝙻𝙰 [𝙼]Onde histórias criam vida. Descubra agora