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Ret🐉

Levantei da mesa e fui até a Anna.

Ret: vamo embora.- falei no ouvido dela que se arrepiou.

Anna: já?- assenti e ela também.

Ela se despediu da Viviane, eu também e a gente foi pro carro, entrei e liguei dando partida pra minha casa.

Quando chegamos ela já foi logo entrando e eu fui depois, quando cheguei ela tava na cozinha comendo.

Ret: e aí pô, gostou do pagode? Acho que a Viviane gostou de tu.

Anna: gostei, foi legal, fazia tempo que não me divertia assim.- neguei rindo.

Ret: achei que tu se divertia com as transas da gente.- me aproximei dela e passei a mão no cabelo da mesma.

Anna: cê entendeu Ret. - sorri de lado e dei um beijo nela.

Ela rodou as pernas na minha cintura e a gente subiu pro quarto.


* * *  

Acordei e olhei pro lado vendo a Anna dormindo ainda. Levantei vendo que ainda era cedo e fui tomar um banho.

Porra a cabeça tava doendo pra caralho.

Quando sai do banheiro vestido já só fui pentear o cabelo e depois desci quando escutei alguém batendo na porta.

Deve ser algum vapor ou o Lucas.

Quando abri dei de cara com a Tamires.

Tamires: precisamos conversar...- ela falou séria e eu abri passagem pra ela entrar.

Já sei que ela vai falar da cria, e tô torcendo pra ela falar que não é minha, espero eu não seja minha.

Ret: Colfoi?- ela sentou e me encarou.

Tamires: eu fiz o exame e a cria é sua.- suspirei.

Ret: puta que pariu.- passei a mão na cabeça - tu tem noção do quanto essa criança veio na hora errada?

Tamires: meu amor você não é o único que não queria ser pai agora! Eu não tô preparada, eu não queria isso. Mas agora que já fizemos a merda vamos assumir.

Ret: caralho Tamires. Por que tu não tomou a porra da pílula?- falei puto.

Tamires: por que você não usou a porra da camisinha?- ela falou debochando - mas enfim, eu tomei, só que não funcionou como das outras, infelizmente.- bufei.

Ret: puta que pariu.

Tamires: você não é o único que tá perdendo...- ela deixou umas lágrimas caírem e eu encarei ela preocupado - sabe o cara que eu tava saindo? Que eu falei...- assenti - eu contei a ele que era de outro, que eu me relacionem antes de conhecer ele, então... ele me dispensou, disse que não podia ficar com uma mulher que tá grávida ou tem filho de outro.- ela começou a chorar.

Ret: ei pô, ele é um pau no cu que não te merece.- encarei ela e enxuguei as lágrimas dela.

Tamires: mas eu gosto dele, eu tava gostando, ainda gosto... isso me machucou...- ela desabafou deixando as lágrimas caírem.

Abracei ela forte que continuou chorando.

Tamires: eu não to preparada pra ser mãe, não tenho maturidade pra isso ainda.

Ret: a gente fez, vamo cuidar agora. Você vai ser uma mãe foda, tua maturidade vai vim junto com a cria.- ela assentiu e enxugou as lágrimas.

Tamires: eu só peço tua ajuda, vou precisar de você nessa fase...- assenti.

Ret: é claro que eu vou ajudar, a cria é minha e tu é uma pessoa especial.- ela sorriu fraco.

Tamires: eu vou continuar lá em Botafogo, tô começando meu trampo e finalmente tô conseguindo me estabilizar...- interrompi ela.

Ret: ótimo pô, não quero tu por aqui e muito menos que alguém saiba que tu tá grávida de uma cria minha.- ela me olhou sem entender.

Tamires: explica essa fita direito Filipe.- suspirei.

Ret: tu tá ligada que eu tenho muitos inimigos né? O Diogo, dono do Vidigal é um deles, se algum deles souber que eu vou ter uma cria vocês vão correr risco, então tudo no sigilo pô.- ela assentiu.

Tamires: pode pá, é por uma boa causa, fica tranquilo que ninguém vai saber de quem é esse bebê. - assenti.

Ret: vou tá sempre mandando dinheiro, ajuda, o que vocês precisarem, me mantém informado também.

Tamires: claro, quando nascer você vai tá lá né? Pra ver...

Ret: vou dar meu jeito, é meu filho pô...- ela sorriu fraco e  levantou.

Ela foi na cozinha beber água e voltou.

Tamires: tô indo... mando notícias.- assenti sorrindo fraco e me despedi dela que saiu descendo o morro.

Eu não tava preparado pra ter um filho agora, por vários motivos e o principal é que isso pode virar uma fraqueza minha e uma arma pros meus inimigos contra mim.

Mas já que Deus quis e me deu essa cria  eu vou assumir e cuidar do jeito que der, e vou amar também.

Não sou um monstro, sei que filho é um presente, ou uma benção.

Quando virei vi a Anna no topo da escada descendo com uma cara de quem tinha acabado de acordar e não sabia onde tava.

Anna: preciso ir pra casa, mas minha cabeça tá doendo tanto.- ela colocou a mão na cabeça.

Ret: bebe mais Anna.- ela mandou dedo e foi pra cozinha.

Vi ela tomando o remédio de costas pra mim e só reparava no rabão dela.

Ret: amanhã de noite tem uma festa na casa de um dos chefes do PCC. - ela virou me encarando.

Anna: hm, e cê quer que eu vá né?- assenti.

Ret: é uma festona, mas só pra disfarçar uma reunião que vai ter. Quero tu aqui amanhã, as oito.- ela assentiu.

Anna: vou me arrumar, preciso ir pra casa.

Ela saiu da cozinha.

𝙴𝚂𝚃𝚁𝙴𝙻𝙻𝙰 [𝙼]Onde histórias criam vida. Descubra agora