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Carlos 🧢

Deixamos a Anna entrar na sala, ela entrou em trabalho de parto.

Não confio muito nesse RD, acho que porque conheci agora e é da gangue rival.

RD: relaxa cara, pode confiar em mim. Eu não vou fazer nada, voltem pra ajudar o Ret e me protejam como prometeram.- neguei.

Carlos: Dedé vai na frente, eu vou ficar até pelo menos ela ter a cria.- ele assentiu sentando na cadeira.

Dedé: tô indo, cola logo Carlos que agora vai ser guerra, ele já deve ter percebido que a Anna não tá.

Carlos: pode pá.- fiz toque com ele que saiu.

Me sentei do lado do RD e ficamos calados, cabeça tá a milhão, acho que de nós dois.

Depois de muito tempo, eu já tava nervoso pra caralho como sempre, o médico veio até nós.

Doutor: a Anna já deu a luz, ocorreu tudo bem e ela tá descansando. - respirei aliviado.

Carlos: eu quero ver a cria doutor.- ele assentiu e mandou seguirmos ele.

Fomos até a parte que os bebês ficam e vimos ele, mó fofinho, sorri vendo ele dormir.

Carlos: eu vou ter que ir em casa fazer uma parada rápida, posso confiar em tu né. Se acontecer alguma coisa com eles eu te caço até no inferno.- ele levantou as mãos em rendição.

RD: relaxa pô, pode confiar.- fiz toque com ele e sai.

Confiei desconfiando, mas se a Anna confia eu também confio.

Fui em casa ver a Karina e a Ellen, quando entrei vi ela na cozinha balançando a Ellen nervosa pra caralho.

Karina: aí meu Deus cadê a Anna, vocês tão bem?- sorri fraco e contei tudo a ela.

Carlos: eu vim ver vocês, antes de ir. Eu não sei o que vai acontecer agora, mas eu amo muito vocês, nunca esquece disso caso eu não volte.- ela começou a chorar.

Karina: não fala isso por favor, você vai voltar. Não vai por favor, fica aqui. Eu tô com medo. Muito medo.- ela me abraçou com a neném no braço.

Carlos: relaxa eu vou voltar.- abracei elas e peguei a menina no braço.

Dei vários beijos e abraços nela.

Carlos: te amo princesa, nunca esquece ein pô. Mas eu vou voltar, vou tá aqui com vocês pra sempre.- ela riu e eu dei um beijo nela.

Karina: esse RD é de confiança?

Carlos: espero que sim.- ela assentiu.

Entreguei ela pra Karina e dei um beijo na mesma.

Carlos: te amo, daqui a um tempo tô de volta.

Karina: te amo também.- ela me deu um selinho - te amo.- ela sussurrou e eu saí.

O coração tá apertado, medo de dar tudo errado, mas tenho que pensar que vai dar tudo certo.

Voltei no postinho e fui até a sala que a Anna tava e vi o RD lá e ela dando de mamar pro Ryan.

Carlos: e aí mamãe. - ela sorriu.

Anna: olha seu afilhado como é lindo.- sorri olhando pra ele mamar - obrigada por tudo.- assenti.

Carlos: eu vou voltar pra lá agora, vamo cessar essa guerra.- ela suspirou.

Anna: tô preocupada.

Carlos: relaxa, vai dar tudo certo.- ela assentiu.

Dei um beijo na cabeça dela e dois no Ryan, mó bonitinho pô.

Anna: o Rodrigo vai ficar aqui, tá vendo, ele é de confiança.- ri.

Carlos: pode pá, Rodrigo.- ele riu e assentiu - cuida bem deles ein. Daqui a pouco nós tá voltando.

Sai do postinho e guiei o carro pra favela do Diogo. Quando cheguei lá passei por vários corpos, tinha muitos dos nossos também.

Puta que pariu a guerra tá feia.

Fui subindo e atirando nos que tavam vindo pra cima, encontrei o Ret atrás de uma parede média abaixado.

Dedé: Carlos!- ele gritou olhando pra trás de mim, virei rápido e mirando a arma e atirei.

Ao mesmo tempo que atirei recebi um tiro no peito. Coloquei a mão sentindo a dor forte e vi que foi o Diogo, meu tiro não acertou nele.

Diogo: acho que matei seu irmão de confiança Ret!- ele gritou e me olhou sangrando pra caralho.

De repente um filme da minha vida passou pela minha cabeça, lembrei da Karina e da Ellen, caralho eu não vou voltar pra elas.

Diogo: da um oi pro diabo por mim.- ele falou próximo a mim.

Carlos: porque não fala você mesmo.- coloquei a arma na cabeça dele e atirei na mesma.

Ele arregalou os olhos e caiu no chão morrendo logo. Cai do outro lado com a boca cheia de sangue já e vi o Ret se abaixar do meu lado chorando.

Ret: porra aguenta firme irmão.- ele pressionou as mãos no meu peito tentando parar o sangramento.

Sorri fraco vendo ele e o Dedé chorando desesperados.

Carlos: pô eu amo vocês. - falei tossindo e com dificuldade - diz a Karina que eu amo ela e a Ellen também quando ela crescer. Cuidem delas... por... favor.- o Dedé se abaixou.

Dedé: porra Carlos não deixa a gente.- ele falou chorando.

Ret: tu vai ficar vivo irmão.- sorri fraco e comecei a ver tudo escuro e as vozes longe.

Dedé: Carlos.- escutei a voz longe.

Não escutei mais nada e apaguei com minha vista ficando toda escura.


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𝙴𝚂𝚃𝚁𝙴𝙻𝙻𝙰 [𝙼]Onde histórias criam vida. Descubra agora