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Depois de quase 1 hora o médico deu sinal de vida.

Dr: ele tá bem, a bala foi removida a tempo, mas ele precisa de repouso e cuidados especiais por pelo menos 2 semanas. - respirei aliviada.

Karina: aí graças a Deus, podemos ver ele?- ele assentiu.

Dr: mas ele ainda tá sedado.- assenti e entrei com o Dedé na sala.

Karina: quem dera eu pudesse ter salvado meu Carlos...- senti uma lágrima escorrer.

Dedé: Deus sabe de tudo, vai ver ele queria o Carlos pertinho dele pô.- assenti sorrindo fraco e enxuguei as lágrimas.

Vimos o Ret entrar na sala bolado.

Dedé: descobriu alguma coisa?

Ret: pegamos o filho da puta que atirou.

Karina: quem foi?

Ret: um dos filhos do Diogo, o que assumiu o morro, ele é muito novo não sabe de porra nenhuma. Disse que veio vingar o pai e cobrar o que o RD deve.

Dedé: e o que tu vai fazer com ele?

Ret: ameacei, não tô afim de matar. O menor só quer vingança, eu entendo ele, minha briga era com o pai dele não com ele. Ele ficou apavorado achando que ia morrer então liberei ele. Mas se ele vacilar de novo já sabe que morre.

Respirei fundo e sai da sala. O Ret disse que a Anna levou a Ellen com o Ryan pra casa dela então fui lá ver minha bebê.

Karina: amiga cadê ela?- ela me levou pro quarto.

Anna: aqui, ta ai quietinha ela.- sorri fraco.

Karina: oi coisa linda da mamãe, tu já acordou?- ela sorriu.

Anna: mó simpática igual o pai.- ela fez cara de surpresa quando percebeu - desculpa amiga.

Karina: eu vou ter que superar né, relaxa. Eu consigo ouvir o nome dele, a saudade ela dói sabe... mas eu já me acostumei com ela.- suspirei.

Anna: que orgulho da minha bebê.- ela me abraçou - eu também sinto saudade dele, das palhaçadas, aposto que essas horas ele tá rindo da gente.- eu ri.

Karina: você fica com ela mais tarde? Quando sair do bordel vou passar lá no postinho pra ver como o RD tá.

Anna: claro.- sorri e escutamos o Ryan chorando - deve tá com fome.

* * *  

Sai mó tarde do bordel, madrugada já. A Anna disse que eu podia deixar a Ellen dormir lá, vou aproveitar e passar no postinho pra ver o RD.

Quando entrei vi ele deitado com uma cara de cu olhando por teto.

Karina: Iih que cara de cu é essa?- ele me viu e fez cara de deboche.

RD: a única que eu tenho.- ele fez careta e eu ri.

Karina: como tu tá?- me sentei na beirada da cama.

RD: só com uma dor de leve no ombro onde levei o tiro, mas a enfermeira disse que é normal e vai passar logo. - assenti.

Karina: levei mó susto cara, fiquei até paralisada.

RD: que nada pô, tu até me ajudou.- ele riu.

Karina: tentei né, sou formada em greys anatomy amor.- em riu.

RD: Iih alá. O Ret me contou que foi o filho do Diogo, mesmo o cara morto não tenho paz.- eu ri.

Karina: então acho que o Ret te contou que deu um jeito nele né?- ele assentiu - então relaxa, agora é paz.- ele assentiu sorrindo fraco.

RD: pode pá.

Karina: que dívida era essa que você tinha com o Diogo?- ele ficou calado.

RD: nada não pô, isso é passado.- assenti desconfiada.

Fiquei levando um papo legal com ele e depois me despedi.

Me ofereci pra cuidar dele durante essas 2 semanas já que ele falou que não tinha ninguém, era sozinho e não sabia como ia ser. Ele é mó orgulhoso, queria se virar só, mas quero ajudar.

Queria poder ter feito isso pelo Carlos.

Maratona 3/3

𝙴𝚂𝚃𝚁𝙴𝙻𝙻𝙰 [𝙼]Onde histórias criam vida. Descubra agora