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Ret🐉

Ret: filho da puta!- gritei atirando mais vezes no corpo do Diogo que já tava morto.

Assim como o Carlos.

Puta que pariu, olha o que essa guerra custou, vidas dos meus vapores, do meu amigo de confiança. Caralho.

Enxuguei as lágrimas e olhei pro Dedé que continuava abaixado chorando do lado do corpo do Carlos.

O cara era novo, só queria aproveitar a vida com a filha, até tinha comentado que queria largar dessa vida e ser feliz com a mulher e a filha. Dentro da lei.

Ret: merda!- chutei a parede.

Eu não conseguia olhar pro corpo dele e não me culpar, essa briga era minha e do Diogo.

Dedé: Ret para, não se culpa. O Carlos não vai querer ver a gente assim. Ele se foi e a gente não pode fazer nada a não ser aceitar. Pelo menos ele matou o filho da puta, sua guerra acabou, tu pode ser feliz agora.- neguei.

Ret: não era pra ser assim. Porra.

Dedé: ele vai fazer muita falta, mas a gente tem que aceitar cara. Vamos honrar a memória dele.- neguei.

Ret: quero nem ver como a Karina vai reagir.- ele assentiu.

Pegamos o corpo do Carlos, colocanos no carro, os vapores vieram e a gente saiu de lá. Os que estavam feridos deixamos no postinho e seguimos pra boca principal.

Graças a Deus eu e o Dedé saímos ilesos dessa, mas sem um dos nossos de fé.

Deixamos o corpo dele no carro lá na boca e fomos avisar que estávamos bem, quando entrei no postinho fui até a Anna, antes do Carlos morrer ele falou que o Ryan tinha nascido e era lindo.

Sei nem como vou encarar ela e disfarçar.

Quando entrei na sala vi que tinha um cara, um dos vapores do Diogo. Puxei minha arma e mirei nele que levantou as mãos em rendição.

Anna: não Ret, ele me ajudou a fugir com o Carlos e o Dedé.- abaixei a arma e vi ela com o Ryan nos braços.

Ret: não se pode confiar.

Anna: ele tá aqui e pediu proteção em troca.- assenti.

Ret: obrigado pô, mas o Diogo morreu.- ele me olhou surpreso e pareceu aliviado.

Anna: aí meu Deus, quer dizer que todos estamos livres?- assenti sorrindo fraco e me aproximei pegando o bebê nos braços.

Ret: oi coisa linda do papai.- dei alguns beijos nele e fiquei balançando o mesmo por um tempo olhando pra ele.

Anna: finalmente paz RD.- ele assentiu sorrindo.

RD: valeu por confiarem em mim. Tu é mó gente boa Anna.- ela sorriu fraco.

Anna: cadê o Carlos? Ele já tá em casa com a Karina?- engoli seco e fiquei calado.

Ret: não...- ela me olhou estranho.

Anna: cadê ele Filipe?- suspirei.

Ret: o Carlos tá morto.- ela arregalou os olhos.

Anna: quê? É brincadeira né?- neguei e vi as lágrimas já descendo pelos olhos dela.

Ret: o Diogo matou ele, e ele conseguiu matar o Diogo antes de morrer.- ela continuava chorando.

Anna: meu Deus, por que? Ele era tão bom, ele me ajudou.- suspirei olhando pro Ryan.

RD: cara, sinto muito pela perda de vocês...

Ret: é foda.

Anna: a Karina já sabe? Meu Deus como ela não deve tá.

Ret: ela ainda não sabe, não sei como vou dar essa notícia a ela.

* * * 

Karina: não, não! Me diz que é mentira  me diz!- ela gritou e eu suspirei.

Tinha acabado de vim na casa dela pra dar a notícia, e não foi nada fácil. Puta que pariu é difícil pra caralho chegar em alguém e dizer que o amor da vida dela morreu.

Papo reto.

Ret: como eu queria que fosse.- ela começou a chorar desesperada.

Karina: não, não, não. Eu não aceito, eu quero ver ele.- ela falou chorando muito e eu abracei a mesma.

Ret: ei pô, ele morreu, eu sei que é difícil pra caralho, eu também perdi ele e tô sentindo a dor. Mas tu não tá sozinha.- soltei ela olhando nos olhos da mesma.

Ela continuou chorando e depois subiu, preferi deixar ela sozinha, ela precisa desse tempo pra pensar.

Ela disse que eu podia organizar o enterro dele, quero dar um enterro digno a ele pô, e vou ajudar ela nessa parada.

Mas agora ela precisa de um tempo.

Todos nós precisamos, pra processar tudo e aceitar.

E é difícil pra caralho.

⭐+70



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𝙴𝚂𝚃𝚁𝙴𝙻𝙻𝙰 [𝙼]Onde histórias criam vida. Descubra agora