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Ret🐉

Entrei na van onde tavam os vapores, já é meia noite. É agora ou nunca pô, só saio de lá com a Anna viva e o filho da puta morto.

Carlos: pô quase que a Karina não me deixava vim, mas tô aqui. Vou resgatar nossa patroa.- neguei rindo e fiz toque com ele.

Ret: valeu pô, sabe que tu é meu irmão né.- ele assentiu rindo e o Dedé entrou em seguida.

Dedé: toca pro inferno motor.- neguei rindo.

Ret: pô, só vocês pra me fazer rir numa hora dessas.- eles riram.

Com um tempo depois chegamos na favela do desgraçado, fomos tentando entrar devagar, mas os caras já tavam preparados desde a barreira.

Como eu imaginei.

Ret: tão preparado? É agora ou nunca porra, tragam minha mulher viva!- dei um ênfase no "viva".

Respirei fundo e dei o sinal pra entrarmos, os vapores da barreira já começaram a meter bala quando viram a gente.

Fui subindo com o Carlos e o Dedé me dando cobertura, atiramos em quem vinha na frente que fosse inimigo. O foco é conseguir chegar até a Anna.

Carlos: abaixa porra.- abaixei rápido e ele atiro num cara em cima do telhado de uma casa.

Ret: valeu.- continuamos andando e o Dedé atirou em mais uns dois caras.

Puta que pariu.

Tava quase chegando no lugar que ele escondeu ela e vi o Diogo com uns 5 vapores ao redor dele, tudo armado até os dentes.

Bufei.

Diogo: ae manda teus homem baixar as armas, quero levar um papo moral contigo.- respirei fundo e dei o sinal pra pararem assim como ele fez com os dele.

Ret: cadê minha mulher e meu filho desgraçado?- ele riu de lado.

Diogo: relaxa pô, eles tão bem. Por enquanto.- bufei querendo ir pra cima dele.

Ret: o que você quer?

Diogo: o comando da tua favela, a Colômbia e eu liberto eles.- bufei de novo.

Ret: já te falei que não vou te dar minha favela assim não pô.- ele negou rindo.

Diogo: basta só uma palavra sua e eu mato ou liberto sua mulher e seu filho.- ele falou debochando e eu bufei.

Olhei pro Carlos dando um sinal pra ele ir escondido tentar resgatar a Anna enquanto eu ganho tempo.

Ret: não tem outra forma de entrarmos em acordo?- ele riu.

Diogo: quais suas opções? Vai que eu me interesso né... Mas acho meio difícil...

Suspirei tentando ganhar tempo vendo que o Carlos e o Dedé ja tinham sumido.





Anna ✨

Comecei a escutar tiros e acordei assustada naquela porra de chão frio.

Deduzi que era o Ret vindo me resgatar, tô orando pra que dê tudo certo. Já faz 1 semana que tô aqui e não aguento mais.

Eles não me maltratam graças ao RD, o vapor que fica na porta. Ele é mó legal comigo, me trata bem, porque se fosse pelos outros eu tava morrendo de fome e doente já.

Anna: o que é isso?- ele me olhou aflito.

RD: acho que o Ret tá invadindo.- ele pegou a arma dele e ficou olhando de um lado pro outro.

Comecei a ficar nervosa e com a respiração descontrolada. Meu Deus que dê tudo certo e ninguém que eu gosto se machuque.

RD: ei pô, respira, fica calma. Se tu se alterar pode fazer mal pra tua cria.

Anna: aí cara não dá.- ele negou e chamou outro vapor pra ficar de vigia na porta e ele entrou.

RD: olha pra mim, respira devagar, pensa positivo, pelo teu filho pô.- respirei fundo e soltei devagar tentando me acalmar.

Anna: obrigada.- falei me sentando e ele sentou do meu lado.

RD: vou ficar aqui contigo pô, até tu relaxar.- sorri fraco.

Anna: você é tão gente boa, não sei como trabalha pro Diogo.- ele olhou pra baixo.

RD: é... cê não faz ideia...- olhei curiosa.

Anna: tu não gosta de tá aqui né?- ele ficou calado - confia em mim pô, já te contei tanta coisa em 1 semana.

Contei quase minha vida toda pra ele, enfim eu desabafo com desconhecidos sim.

RD: eu tenho uma dívida com o Diogo, não posso vacilar com ele, ou então minha cabeça rola.

Anna: credo... que pena, você merece mais que o Diogo...- ele sorriu fraco e escutamos barulhos perto.

Ele levantou depressa e eu vi o Carlos atirando no vapor da porta e mirando a arma no RD entrando.

Anna: não atirem, por favor!- falei alto e vi o Dedé chegar na porta apressado.

Dedé: porra Carlos, vai logo, mata ele é vamo sair daqui com a Anna.

Anna: não, ele me ajudou, deixa ele vivo.

Carlos: e eu vou ser o morto.

Anna: por favor RD, ajuda a gente. Eu sei que você quer.

RD: desculpa Anna, eu não posso vacilar com o Diogo como eu falei.- ele puxou o gatilho e o Carlos também.

Senti uma dor extremamente forte e gritei, senti um líquido escorrer pelas minhas pernas.

Anna: aí.- gritei caindo no chão e eles me olharam.

Caralho, minha bolsa estourou.

Dedé: puta que pariu, vai nascer. Mata logo esse cara e vamo levar ela pro postinho.- o Dedé puxou a arma do Carlos e eu gritei.

Anna: não! Me ajuda por favor RD.- ele suspirou.

RD: caralho eu ainda vou morrer por ser tão bom. Não me matem e eu ajudo vocês a sair do morro por um atalho, mas prometam que vão me proteger do Diogo.- sorri com dor.

Anna: eu prometo.

O Carlos me pegou no colo e fomos seguindo ele pelos fundos, me colocaram num carro e ele saiu dirigindo por trás da favela, tentando se esconder ao máximo.

Quando víamos um vapor do Diogo nos escondiamos e eles deixavam o RD passar.

Com um bom tempo depois chegamos no postinho e eu entrei em trabalho de parto.

Pô o Ryan quis vim mais cedo ein.

E minha cabeça longe ao mesmo tempo, preocupada com o Ret


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𝙴𝚂𝚃𝚁𝙴𝙻𝙻𝙰 [𝙼]Onde histórias criam vida. Descubra agora