Sophia estava em Pânico. Como de todos os lugares, podia encontrar com ele logo naquela cidade?
Ela sempre saía vestida com casacos do velho Simonns, que mesmo depois de várias lavagens ainda tinham o mal cheiro dele. Os casacos eram grandes e tinham muitos bolsos, o que era bem útil, além de disfarçarem a barriga enorme dela.
Ela precisava estocar fraldas. E então aproveitou que o velho ia à cidade e foi ao hipermercado da cidade. Qual não foi sua surpresa quando o viu sair da delegacia com outro cara grandalhão como ele. Esse não parecia ser Nova Espécie. Apesar do tamanho, não era tão forte. Também tinha o cabelo cortado rente a cabeça, e o nariz Aquilino.
Ela não lembrava de nenhum Nova Espécie que não tivesse o nariz achatado.
Brass estava mais lindo do que nunca. Parecia ainda maior e mais forte. O cabelo também estava maior. Mesmo preso ela via que tinha crescido. Ela se escondeu numa loja de colchões. Haviam vários colchões na vitrine e uma cama montada na frente. O vendedor estava ocupado tentando convencer um casal a comprar um dos seus colchões e não reparou quando ela, mesmo com dificuldade por causa da barriga, se enfiou debaixo da cama.
Na rua, ele parou, como que cheirando o ar. Ela arfou quando ele deu um passo na direção da loja. Mas ele andou decidido até o hipermercado. Bom nada de fraldas hoje. Saiu de debaixo da cama e correu para a caminhonete de Simonns. Deixaria ele para trás, diria que passou mal e teve que voltar. Ele voltaria de carona. Ele estava bebendo no Bar, alguém o ajudaria a voltar para casa.
Sophia morria de vontade de contar pra ele sobre o bebê. Mas ainda era tutelada por Rose e David. Quando fugisse, tinha certeza de que a procurariam na Reserva. Ou em Homeland. Eles poderiam ir às emissoras de TV, fariam um escândalo. E ela teria de voltar com eles. E se levasse o bebê, seria terrível, se o deixasse com ele, escondido, ela morreria. Era melhor que, quando fugisse, mesmo que Rose fosse a Reserva, ela não estivesse lá. Nem ela nem Sarah.
Enquanto dirigia, lamentou que seu filho tivesse que ficar sempre escondido. Talvez pudesse entregá-lo aos cuidados dos Nova Espécie. Ele cresceria feliz com o pai. Ela pensava muito nisso. Mas havia Sarah. Ela tinha que fugir de qualquer forma. Se fosse ficar escondida com a irmã, também ficaria com o filho.
Quando chegou na cabana, deitou-se em posição fetal abraçando a barriga. Ela era forte. Faria o plano dar certo. Jonh, Sarah e ela seriam uma família feliz. Sim seriam repetiu antes de adormecer.
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Brass
Fiksi PenggemarSophia sempre pensou que sua vida nunca mudaria. Mas, quando teve diante de si os olhos marrons daquele gigante, que a olhava como se lhe pertencesse, descobriu que a vida sempre tem uma ou mais cartas na manga. Primeira história de uma série: Bras...