Sophia ainda não tinha se recuperado do turbilhão de prazer que sentiu e já estava sentindo outra onda se formar dentro dela.
Ele segurava e apertava a bunda dela, guiando os movimentos dela de encontro ao pau dele.
Ela começou a gozar de novo. Mais forte ainda. E viu que ele gozava também. Ele uivou e ela ficou maravilhada com as veias do pescoço forte dele. Depois ele enterrou o rosto no pescoço dela. E isso tocou mais o coração dela, que todo o ato que haviam acabado de compartilhar.
Ele respirava o cheiro dela, como se fosse oxigênio. Ela estava apaixonada, de uma forma que nunca imaginou.
Sempre pensou no amor como algo a ser construído. Que o amor vinha com conhecimento da pessoa, mas ela só sabia o nome dele. Tinham conversado muito pouco. E ele tinha falado em obsessão, não amor. E tinha concordado em deixá-la ficar com outro. Ela não conseguia imaginar ele com outra, estando naquela mesma posição. Doeu.
Ele se ajeitou no colchão e logo estava sobre ela. Beijou-a e ela viu que o que fizeram tinha sido só o começo.
Foi cobrindo de beijos o pescoço dela e logo estava mamando nela. Ela sentiu desejo de novo, e enfiou os dedos nos cabelos dele.
"Queria muito te pegar de costas. Você deixa?" Pediu.
Ela beijou os lábios dele, e olhando nos olhos lindos dele, saiu do colo dele. Se deitou de bruços e acomodou o rosto de lado no travesseiro. Ele veio sobre ela e ficou apoiado nos braços esticados, e nos joelhos. Abaixou a cabeça e foi beijando a nuca dela, depois mordiscou o ombro dela.
Levantou o traseiro dela e entrou nela por trás. Sophia viu estrelas!
E continuou mordiscando o encontro do ombro dela com o pescoço, com a cabeça, enquanto socava nela com força.
Ela não sabia como, mas sentiu os dedos dele no sexo dela. E então pouco tempo depois, ela gozou de novo.
Convulsionou a vagina em volta do pau dele e o sentiu derramar a semente dele nela. Rosnando, alto, ele soltou o corpo sobre ela.
Quando tentou se mexer descobriu que estava presa de algum jeito estranho." Espere um pouco, amor, só um minuto e vou desinchar."
Ela não tinha notado antes. Na primeira vez quase desmaiou de dor, na segunda ele estava beijando-a e ela não reparou. Mas agora, se sentia presa. Arfou pensando nos cães que tinha visto cruzar. Ela estava presa como as cadelas ficavam. Meu Deus! Isso sim era esquisito.
"Pronto." Ele disse enquanto deslizava o pau para fora dela.
"Meu pau incha quando eu gozo, pois eu tenho genes caninos. Isso incomoda você?"
Ele parecia desconfortável. Sophia entendia como ninguém a frustração de se sentir mal com com coisas que não podia mudar.
Ele deitou de costas e cruzou os braços atrás da cabeça. Ficou olhando para o teto da caverna.
"Eu nasci com lábio leporino." Disse baixinho enquanto colocava a cabeça no peito dele." Meu pai dizia que a operação era muito cara. Eu tinha muita vergonha. Eu me escondia sempre que dava. Mas ele dizia que quando as pessoas me viam davam mais dinheiro. Ele cantava na rua, e dava pequenos golpes em lojas e bancos. Mais tarde eu fiquei sabendo de várias clínicas que faziam a operação que eu precisava de graça, por Caridade. Ele não se importou com o que eu sentia. A minha aparência grotesca dava mais lucro pra ele."
Calou-se. Ela amava o pai, mas não era cega ao caráter egoísta dele. Ele gostava da admiração que as pessoas tinham por ele ter uma filha feia e que ainda tinha problemas mentais, pelo menos era o que eles deixavam as pessoas pensarem.
"Não consigo imaginar você com uma aparência grotesca. Você é tão linda!"
Ele parecia sincero. Disse isso como se estivesse falando que o sol era quente. Como um fato. O coração dela parou um batida com esse pensamento de ser bonita para alguém. Esse foi seu sonho secreto durante toda a sua infância.
"Tem pouco tempo que eu operei. Rose e David começaram a ser pressionados a me levar aos cultos, e viram que várias pessoas estavam dispostas a doarem dinheiro para que eu fosse operada. Eles conseguiram uma boa grana, tipo o triplo do valor necessário a operação. Mas tiveram que me operar. Isso foi a dois anos atrás. Ainda sinto o buraco na parte de cima da minha boca."
Ele rosnou e ela sentiu o som vibrando pelo peito dele. Ele parecia com raiva. " Me fale sobre eles, Rose e David."
Ela suspirou imaginando o que poderia dizer. Que eles a machucaram e a jogaram desacordada no limite das terras da Reserva? Que ela deveria conseguir alguma informação que eles pudessem vender aos grupos de ódio aos Nova Espécie? Que só assim a deixariam ir embora com Sarah?
"Eu encontrei Sarah em uma lata de lixo, e a levei para o orfanato em que eu morava. A assistente social responsável, desviava dinheiro do lugar e eu sabia, então ela recebeu Sarah e deixou que eu cuidasse dela.
Um dia porém, David apareceu no orfanato alegando ser irmão do pai dela, que já era falecido. Ele queria a guarda dela e foi fácil conseguir, por causa do parentesco. Havia uma casa e uma pensão deixados pelo pai dela que eles receberiam. Então quando viram que ela era muito nova e precisava de muitos cuidados, resolveram me adotar para que eu cuidasse do bebê. Eu estava quase na idade de sair do orfanato, então aceitei. Não foi de todo ruim. Eu estava apaixonada por Sarah. E tinha onde ficar, sendo alimentada e vestida. A casa era grande e dava muito trabalho limpar tudo sozinha, mas era uma troca justa. Até que David começou a me olhar com outros olhos. Ele começou a me tocar sempre que podia e aquilo me incomodava. Falei com Rose e ela me deu uma bofetada forte e riu na minha cara, dizendo que eu era nojenta demais, para que ele quisesse sexo comigo. Mas ele queria."
Era tão doloroso lembrar disso. Talvez devesse parar, mas ela queria que ele entendesse. Entendesse que as vezes não há outra alternativa.
"Mesmo tendo me batido, Rose ficou de olho em David. Isso, graças a Deus, me deu paz, mas já que ele não podia ter sexo comigo, começou a me bater. Qualquer coisa que eu dissesse era motivo pra uma surra. E Rose não se importava. Sarah já estava maiorzinha e ela era uma bebê tão linda! Rose saía com ela para exibí-la, e eu ficava sozinha em casa. Depois David cansou de me bater, até porque eu revidava sempre que podia. Uma vez eu bati na cara dele com uma barra de ferro! Ele teve que implantar dois dentes!"
Ele riu:" Essa é a minha garota!"
O orgulho na voz dele, a deixou tão feliz. Ela não estava acostumada a ser feliz. Se pudesse esquecer Sarah e ir para Homeland com ele...
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Brass
FanfictionSophia sempre pensou que sua vida nunca mudaria. Mas, quando teve diante de si os olhos marrons daquele gigante, que a olhava como se lhe pertencesse, descobriu que a vida sempre tem uma ou mais cartas na manga. Primeira história de uma série: Bras...