Meu Deus! Pensou Sophia, esse cara vai me matar.
Ela deveria resistir, mas queria aproveitar o beijo, só mais um pouquinho. Só mais um, aí ela acordaria e empurraria o peito musculoso dele... Não, o peito que, por acaso, ela estava alisando? Não talvez fosse melhor morder os lábios grossos dele, huumm...
E mordeu, sugou, ele tinha um gosto tão gostoso! Gosto de quê? Melhor chupar de novo pra saber. E ela chupou, mordiscou, e a língua dele veio forte!
Entrando e saindo como ela aprendeu a gostar. Meu Deus! Como ela ia olhar pra ele depois disso? Como xingá-lo de todos os nomes feios por ter enfiado nela,com muita força, aquele pau grosso, que aliás, já estava encostado do lado do corpo? Lembrar disso fez onde ele tinha colocado o dito cujo ficar molhado, muito molhado.
Sentindo que ela estava disposta, ele foi mudando de posição, bem devagar, até que ficou em cima dela. Com aquele negócio enorme bem no meio das pernas dela.
Nooossa!
Ela estava só com uma camisola fina que tinha emprestado de Tammy. Calcinha? Havia dias que não usava.
Quando começou a roçá-lo com o centro dela, ele rosnou. Deixou a boca dela e ela se preparou para senti-lo descendo seu pescoço, arranhando com aqueles caninos grandes.
Mas ele encostou a testa na dela e respirou fundo.
"Como posso sentir tanta saudade de você se ontem mesmo estava dentro do seu corpo? Nós precisamos conversar."
Disse mas voltou a beijá-la, com tanto carinho que ela teve vontade de chorar.
Ele mexia com ela. E ela não gostava disso. Empurrou-o e quando ele saiu de cima dela, notou que estava num lugar estranho, deitada num colchão forrado de colchas macias e um monte de travesseiros. Cobriu-se até o pescoço.
Ele a tinha tirado da casa de Valiant!
Ele passara pelos filhos bombados e pelo próprio homem-leao.
" Bom, que tal começarmos de novo? Meu nome é Brass. Eu senti seu cheiro num, como não sei o que era, vou dizer que era um pedaço de tecido. Isso foi a seis meses atrás." Ele falava olhando para ela intensamente. Ela estava um pouco confusa.
"Isso foi quando eu e Sarah, minha irmãzinha, tentamos fugir e aquele careca..."
A risada dele a surpreendeu. Como ele poderia ficar ainda mais bonito?
"Harley precisa saber que você chamou Vingeance de careca. Eles vão lutar por semanas!" Ele continuou rindo e Sophia riu também. E continuaram rindo e dentro dela foi acontecendo uma coisa estranha, como um calor gostoso que foi aquecendo ela inteira, derretendo as mágoas, as tristezas, e até mesmo a raiva que ela sentia a tanto tempo.
"Continuando" Ele disse ainda sorrindo. "Nós, Novas Espécies, temos um elo muito grande com nosso olfato apurado. E eu senti seu cheiro e fiquei obsecado por você."
"Só pelo cheiro?" Meio difícil de engolir. "E se eu fosse um homem? Ou se fosse casada?"
"Nós diferenciamos o sexo pelo cheiro, homens cheiram diferente de mulheres."
Ela assentiu. E se lembrou de uma coisa que ficara curiosa;" Simple poderia mesmo saber se eu estivesse grávida?"
Ele sorriu, ele era tão sorridente.
"Então você contou que compartilhamos sexo? Pensei que humanos não falassem abertamente sobre sexo, e ainda mais com crianças presentes."
"Ele afirmou na frente de todos que tínhamos transado. Eu quase morri de vergonha."
"Vergonha de ter estado comigo?" Ele não estava mais sorrindo.
"Não!" Ela falou rapidamente. "Claro que não. Eu..."
Como explicar toda aquela situação? Achou melhor ficar em silêncio.
" Valiant foi o primeiro que conseguiu diferenciar o cheiro de um bebê no ventre de sua mãe do cheiro dela própria."
"E ele ensinou para Simple?" Uma coisa estranha para ensinar para um bebê, ela pensou, mas achou melhor não dizer.
"Não. Simple tem um olfato diferente do deles. Eu tenho certeza de que ele se gabou disso."
Ela concordou com a cabeça sorrindo.
" Se você fosse casada, eu poderia pensar em algumas formas de te deixar viúva." Quando ela arregalou os olhos ele voltou a sorrir.
" Eu logo descobri tudo que pude sobre você, não muito, mas pelo menos seu nome e estado civil."
"Como?" Eles tinham meios. É claro que tinham. Eles moravam num lugar doado pelo governo. Sophia começou a hiperventilar.
"Primeiro, eu V., corremos as cidades próximas procurando por você, mas estávamos fazendo isso em segredo. Então, não podíamos nos ausentar da Reserva por muito tempo. Aí..." Ele pareceu hesitar" Um amigo meu, que faz parte de nossa força tarefa, foi até o xerife, que tinha pedido a nossa ajuda e conseguiu as informações."
Ele olhou para ela, como estivesse querendo ver se ela o considerava um doido
"E..."
"E eu e Vingeance ficamos de tocaia em frente a sua casa. Por três dias, até que Justice, Fury e Slade me tiraram a força de lá. Não vimos nem você, nem sua irmã."
Falar em Sarah, fez ela sentir uma dor no coração. Como ela estaria? David jurou que não a tocaria. Mas não confiava nele. Lágrimas vieram aos olhos dela e não as impediu. Estava tão cansada de tudo.
Ele a abraçou e ela desmoronou. Chorou soluçando violentamente. E ele a apertou naquele peito amplo e aconchegou ela nos braços e a colocou no colo. Ela chorava e chorava e ele permaneceu calado, apenas acariciando as costas dela. Ela estava ficando sonolenta. A garganta doía, mas não conseguia mais chorar. Então achou que poderia dormir mais um pouco. Ele ainda estaria lá quando acordasse. Ainda havia muito o que falar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Brass
FanfictionSophia sempre pensou que sua vida nunca mudaria. Mas, quando teve diante de si os olhos marrons daquele gigante, que a olhava como se lhe pertencesse, descobriu que a vida sempre tem uma ou mais cartas na manga. Primeira história de uma série: Bras...