Breeze estava em casa. Ele tinha perambulado por Homeland, imaginando o que poderia dizer a ela.
Já tinha ligado para Slade, e ele lhe contara tudo. Sarah tinha sumido e a polícia e os pais da menina, depois de fazer o maior escândalo no portão da Reserva, tinha ido onde Sophia estava trabalhando e morando. Não havia ninguém lá. Até mesmo o dono da cabana, um tal de Abe Simonns não estava lá. Depois foram ao aeroporto e descobriram que só o velho tinha embarcado num vôo.
Quanto a Vingeance, ele também tinha sumido. Ninguém o tinha visto desde o dia anterior. Seu celular estava em sua cabana. Um dos jipes tinham sumido.
Ele cobrou todos os favores que tinha com Slade, para que o deixasse à frente da ação. Agora só faltava falar com Breeze.
O cheiro do almoço o lembrou que estava com fome. Entrou na casa deles e foi ao lavabo se lavar. Era uma casa grande com área íntima e social. Ela estava na sala de jantar arrumando a mesa para eles. Curiosamente não havia ninguém para compartilhar o almoço com eles, sempre havia, todos que sentiam o cheiro da comida dela só tinham que colocar a cara na janela e eram convidados para o almoço.
Brass estava gostando da vida calma e sem surpresas deles. Nunca deixou de pensar e ansiar por Sophia, mas ele era muito racional para se desesperar. E ele ainda podia fantasiar que era nela que enfiava seu pau com força a noite. Era o cheiro dela que o envolvia e por vezes sentia o cabelo crespo dela e não os fios lisos de Breeze.
Ela o olhava, e quando focou no rosto dela, soube. Não era preciso falar nada. Ela ficara sabendo, claro. Uma lágrima rolou nas bochechas altas do rosto lindo dela.
"Bree..."
Como ele podia magoá-la dessa forma? Ela apenas o amou, cuidou dele, o alimentou. Como poderia?
E porque deveria sair correndo para a Reserva?
" Vá! Agora, me deixe, deixe tudo que tentamos construir. Mas saiba, Brass, eu não quero te ver durante um bom tempo, não volte para Homeland. Fique na Reserva, na cidade, na puta que te pariu, mas não volte pra cá.
"Bree, eu não consigo, não consigo ficar longe, não se ela estiver precisando de mim. Eu tentei, e eu fui feliz com você, mas..."
"Você foi? 'Foi', Brass? Nós já somos passado pra você?"
Era melhor ele se calar. Tudo o que dissesse a machucaria. Foi para o quarto e começou a jogar roupas numa bolsa de lona. Fechou o zíper e sentou na cama. A cama dos dois. Não a cama dos três, pois Sophia sempre esteve ali. Todas as vezes que compartilhou sexo com Breeze, ela estava presente. Breeze não merecia isso. Mas era melhor não falar nada, só sair. Eles ainda iriam conversar. Ele gostava demais dela. Pena que ele amava Sophia demais.
Tinha acabado de fechar a porta quando deu de cara com Trey. Não sabia se partia a cara dele ou se deixava ele consolar Bree. A segunda opção venceu. Virou as costas e aproveitou o jipe em que ele tinha vindo. Não deu partida, queria ouvir como o idiota agiria.
"Me beija! Forte!"
Ele riu, essa era a sua garota!
"Espera aí, você tá fazendo isso por que sabe que ele está ouvindo."
"Isso importa? Você se sente mal por isso?"
"Estou bem com isso..."
O último som que ouviu foi ela lançando-o na parede..
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Brass
FanfictionSophia sempre pensou que sua vida nunca mudaria. Mas, quando teve diante de si os olhos marrons daquele gigante, que a olhava como se lhe pertencesse, descobriu que a vida sempre tem uma ou mais cartas na manga. Primeira história de uma série: Bras...