Sophia acordou sentindo o corpo como se flutuasse. Era uma sensação boa. Ela levantou o torço e se sentou sem dificuldade. Estava na Reserva. Novamente. As paredes eram cinza. Ela gostava dessa cor. Era chique. Devia estar entopida de drogas, sorria como uma idiota.
"Sophia?"
A voz dele entrou pelos ouvidos dela e foi parar direto dentro do coração. Ele estava em sua corrente sanguínea. Era como se ela tivesse quebrada perdida. A voz dele juntava todos os seus cacos. Cada pedacinho dela se encaixava e ela se sentia inteira de novo.
Ele acariciou o rosto dela levemente. Os dedos dele tinham calos nas pontas. Ela fechou os olhos. Que bom.
"Sophia? Por favor diga alguma coisa. Você está na Reserva. Doutor Gabriel salvou você. Você tinha uma hemorragia e perdeu muito sangue. Mas agora você está bem.
"John? Ele está bem?"
"Sim. Ele é a atração na reserva por causa dos dentes. Ontem eu peguei Harley e Moon, tentando ver se ele podia abrir uma lata de sardinhas. Eles estão correndo até agora.
Ela sorriu. Seu filho, seu bebê, tinha dentinhos e duas presas. Ela ainda ficava impressionada ao pensar nisso.
"Eu quero vê-lo. Você poderia trazê-lo? A quantos dias estou aqui?"
"Uma semana. O doutor prefere deixar seus pacientes dormindo enquanto suas 'porcarias', como Vingeance chama, agem. Mas você está como nova."
"E Vingeance? Onde ele está?"
Ele pareceu travar a mandíbula e seu olhar ficou duro, afiado.
"Se quiser posso chamá-lo."
"Não, agora não. Tudo o que eu preciso é ver John. Eu sou muito grata a ele. Ele salvou a minha vida."
"Eu ter trago você para o hospital parece não ter importância então."
"Você me deu, mesmo sem querer, a coisa mais importante da minha vida. Eu não tenho palavras pra expressar o que sinto por você, mesmo nós não podendo ficar juntos. John é a minha vida. E eu o tenho graças a você. Eu nunca vou poder te agradecer o suficiente."
Ele foi ficando mais calmo. Ele parecia estar sempre bravo, ela não entendia porquê.
"Vou buscar o filhote." Ele disse simplesmente e saiu.
E Sarah? Ela estaria onde? Elas precisavam sair dali o quanto antes. Mas precisava ver seu filho e saber onde Sarah estava. Uma coisa de cada vez.
Ela se sentia tão bem! Será que ele demoraria a trazer John? Ela sorriu, ia só fechar os olhos um pouquinho.
Devia ter cochilado, pois quando abriu os olhos, o quarto estava cheio.
Sarah a olhava com alívio nós olhos.
"Soph, estou tão feliz que você acordou!" Seus olhinhos brilhavam. Ela parecia feliz, com um sorriso enorme no rosto." Eu e John ficamos com Tammy, e Simple, e Joseph, e Noble..."
"Ela ficou na casa de Valiant, se for falar o nome de todos, vai ficar até amanhã." Disse Harley, interrompendo. Ela ficou impressionada com a semelhança entre ele e Brass.
"Você gostou de conhecer todos? Você se lembra de quantas vezes pediu para que eu falasse deles?"
Sarah sorriu ainda mais. Sophia não se lembrava de tê-la visto tão extrovertida. Ela era uma menina calada, assim como Sophia. Agora, as duas se tornaram duas tagarelas.
John estava no colo de Vingeance, claro. Ele sorriu para ela e mostrou as presinhas. Ele parecia um vampirinho! Ela queria que ele tivesse a cor da pele dela, mas ele era pouco mais claro. E o cabelo era bem pretinho. Tirando isso era uma miniatura de Brass. Ele olhou com cara de fome para os seios dela e ela estendeu os braços para ele. Vingeance colocou o bebê c cuidado no colo dela e ele esfregou o rosto violentamente no peito dela quase rasgando a camisola hospitalar que ela vestia.
Ela ficou sem jeito de tirar o seio para o bebê mamar e olhou para Brass.
"O que vocês ainda estão fazendo aqui? Fora!"
"É que a gente ainda não resolveu a questão de quem vai ser o padrinho." Disse Moon. Ele era tão calado que ela não tinha visto que ele estava lá também.
John começou a ficar impaciente e a mordeu no pescoço. Ela gemeu e o bebê começou a chorar alto.
"Vamos, todos pra fora!" Brass rosnou.
"Não tem discussão. Eu sou o padrinho! Luto com qualquer um que queira disputar comigo." Vingeance disse encerrando a discussão. Todos os machos saíram, Harley e Moon não pareciam muito convencidos.
Brass olhou da porta, como se estivesse hesitante entre sair e ficar.
Ela acenou dizendo que ele ficasse. Ele ficou perto da porta.
"Tia Soph, ele não vai te machucar?"
Ela olhou lá estava Simple olhando para ela com seus olhinhos dourados. E ainda a chamando de "tia Soph"!
"Eu espero que não. Com cuidado, ela tirou a parte de cima da camisola e ofereceu um seio a John, enquanto cobria o outro.
Ele abocanhou o seio dela, mas não mordeu. Começou a sugar e deu um suspiro de satisfação.
Simple olhou para Brass, com o narizinho Franzido. Meu Deus, Sophia pensou, ele vai soltar das suas.
Mas o leãozinho apenas riu e chamou Sarah para brincar.
Eles saíram correndo, depois de Sarah beijar os cabelos de John.
"Ufa! Simple faz cada uma. Dessa vez agradeço que ele tenha ficado calado."
Brass disse sorrindo.
"Ele sentiu cheiro de quê? Não entendi."
"Excitação." Ele disse, olhando para ela com intensidade." Eu estou louco para provar seu leite"
Imagina-lo mamando nela a excitou também. Ele curvou a cabeça pra trás enquanto inalava. "Hum, o cheiro da sua excitação é tão bom. Você se incomodaria se eu te lambesse?"
Então isso era estar com um Nova Espécie? Ela não conseguiu articular uma palavra. Como quem cala concente, ele foi levantando a camisola e os lençóis. Ela não acreditou que ele faria, mas ele parecia decidido.
"Não, por favor, John está mamando."
Ele cobriu as pernas dela não sem antes acariciar e passar as unhas de leve. Ela estava quase dizendo pra ele continuar.
"Vocês, humanos tem pudores que nós não temos. Mas eu sei que é só questão de tempo. Logo vou poder te lamber em qualquer lugar."
"Mas vocês..." Era um pouco embaraçoso perguntar.
"Fazemos sexo na rua, na frente de todos? Como animais?
"Não!" Ela quase gritou e assustou John que estava dormindo com o seio dela na boca." Não pense que eu os deprecio, por favor."
Ele sorriu. "Eu não pensei isso. Nós somos francos. Apenas isso. Não fazemos nada indecoroso, quando estamos entre os outros. Nós nos respeitamos muito. Somos mais afetuosos, nos tocamos, abraçamos e trocamos beijos, mas não passa disso."
Ela gostou de saber disso. Na igreja de Rose e David, eles diziam que os Nova Espécie eram como animais no cio. Sophia nunca acreditou. Mas ficou feliz, ela era muito tímida.
Ele olhou com tanta lascívia para o seio dela. O que estava coberto.
"Ele já terminou?"
A voz estava rouca e ela se molhou toda. John dormia e até tremia as pálpebras, estava sonhando.
Ela balançou a cabeça afirmativamente. Ele pegou o bebê e o ajeitou na cama ao lado dela, virando-o para a parede.
Ela ficou olhando e fechou os olhos, quando ele começou a sugar o seio que John não tinha mamado. Ela suspirou. A sensação era totalmente diferente. Amamentar John, a deixava feliz, estava alimentando seu filho. Agora com Brass... Ele sugava, engolia o leite, e acariciava o mamilo dela. Ela estava enlouquecendo!
Ouviram uma batida na porta e ele cobrou os seios dela, beijou-a na boca com toda a calma, e então abriu a porta. Era Justice.
Sophia sentiu as lágrimas escorrendo. Era tão cedo. Ela queria ficar mais um pouco sem cair na realidade.
Ele estava com o semblante solene como sempre.
Sophia respirou fundo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Brass
FanfictionSophia sempre pensou que sua vida nunca mudaria. Mas, quando teve diante de si os olhos marrons daquele gigante, que a olhava como se lhe pertencesse, descobriu que a vida sempre tem uma ou mais cartas na manga. Primeira história de uma série: Bras...