Blazing - Jikook

Almond brown

Eu nunca imaginei que os veria de novo, que me encontrariam, nunca pensei que jungkook pudesse ir atrás de meus pais e ainda ter aquela conversa super estranha no telefone. Não faço a mínima idéia do que eles querem para me deixar em paz mas sei que todas as formas eu não irei sair ganhando. Lutar contra peixes pequenos como jungkook é uma coisa mas com pessoas que sempre foram ligadas ao perigo é bem diferente.

[...]

— Não temos nada pra conversar Hyorin, é melhor ir embora antes que eu chame os seguranças do condomínio. — mesmo paralisado falar era a única coisa que eu estava conseguindo fazer.

— Viemos passar um tempinho aqui, como uma família. — se aproximou e eu consegui dar um passo para trás.

— Nem por cima do meu cadáver, vocês nunca foram e nunca vão ser minha família. — criei coragem e fui pra cima deles sendo parado pelo meu  "padrasto" que me encostou na parede com uma faca em meu pescoço e minha mãe com uma arma apontada pra mim.

Sentir as mãos dele em mim novamente me trouxe uma das piores lembranças de toda a minha vida.

— Você vai ligar para o condomínio e vai proibir qualquer entrada ou seu corpo vai aparecer no jornal amanhã. — Fazer o que ? Minha vida é uma merda nesse quesito mas eu gosto dela, com o maxilar travado eu peguei meu celular. — É melhor ser convincente ou já sabe. — apertou mais a lâmina em meu pescoço.

— Park falando. — respirei fundo. — Eu não quero receber nenhum ser humano no momento, não deixe ninguém entrar ou vou cortar sua mão. — desliguei e ele pegou meu celular guardando em seu bolso.

— agora coloque a senha — Falou ele e mesmo com as mãos tremendo eu consegui colocar.

Entramos na casa, ele ainda estava me segurando e ainda tinha uma arma apontada pra mim.

— Querida olha como é grande. - me soltou andando até um dos meus cristais. — isso é de verdade ? — perguntou.

— Não coloque suas mãos imundas nele  — falei e ele jogou no chão e fazendo ficar vermelho de raiva. — Eu falei para não tocar suas mãos imundas nas minhas coisas. — Fui até ele que me segurou pelo pescoço. — O que querem ? Dinheiro? — apertou mais forte.

— Vingança, mas antes vamos nos aproveitar um pouco disso aqui né amor. — minha mãe concordou. — faça aquele drink pra gente, precisamos comemorar. — assim que ela entrou na cozinha ele me jogou no sofá subindo em cima de mim. — todos esses anos, eu senti sua falta sabia ? Fico feliz que perdeu todo aquele saco de banha, eu gosto assim. — seu dedo passava por  cada parte do meu rosto.  — esses lábios. — me beijou e eu mordi seu lábio fazendo ele se afastar. — VIADINHO DE  MERDA. — me pegou pela blusa me jogando conta a mesa de centro.

Eu apaguei, esse podia ser o meu fim  não é? 10 anos foi um tempo bom para que eu aproveitasse a alegria da vida, eu queria mais, mas parece que meu tempo sempre foi bem contado as desgraças nunca pararam de vim.

Podia acabar aqui mas eu não sou tão sortudo assim.