Todos os motivos para te amar

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Nathália Gomes

Eu simplesmente paralisei, eu estava vendo ali o Rodrigo com sua linda mulher, o Victor que estava na minha frente não estava com uma cara muito boa, ele olhou para o casal e me olhou.

-Você quer ir? - pergunta.

-Sim, eu não quero que ele me veja... - digo já pegando as sacolas que estavam ao meu lado. Victor concorda, ele se levanta e pega as coisas que estava no banco ao lado que ele estava sentado, mas eu não sei se eu sou azarada ou Deus gosta de brincar comigo, mas quando a gente estava saindo da praça de alimentação quando a gente escuta alguém chamar pelo Victor, nós dois viramos e o pior pesadelo que poderia acontecer, estava acontecendo na minha frente o Rodrigo e sua mulher na nossa frente toda sorridente.

-Primo!!! - disse a esposa do Rodrigo e veio em direção para abraçar.

-Oi Natasha! - falou Victor e respondeu o abraço de sua prima, eu apenas fiquei olhando toda aquela situação, e não estava acreditando no que estava acontecendo, Rodrigo ficou me encarando, mas quando a Natasha voltou para o seu lado desviou
o olhar.

-Então priminho quem é essa moça linda ao seu lado? - perguntou ela se referindo a mim. Então Victor colocou sua mão em volta do meu ombro e olhou para sua prima.

-Essa é a Nathi, minha namorada! - falou e olhou para mim eu apenas sorri para ela.

-Hum... que legal e vejo que ela está grávida Victor.... você vai ser pai? - pergunta ela toda animada.

-Vou sim. - respondeu.

-Mas fui semana passada na casa da tia e ela não comentou nada sobre você se tornar pai. - comenta ela com um tom de dúvida.

-É que na verdade faz pouco tempo que a gente começou a namorar, os meus pais não sabem ainda. - diz ele, mas se percebia que Victor estava impaciente, parecia que queria fugir dali como eu também.

- Então você vai levar ela para a festa da família né? - perguntou ela. Então Victor me olha e volta o olhar para a sua prima.

-Eu nem sei se vou ir... - diz dando de ombros.

-Mas se você não ir a Tia Vera vai ficar mais pistola, já que você não foi para as festas de fim de ano. - Natasha diz encarando o Victor. - E depois vai ser divertido ter o primo rebelde da família. - completa ela com um sorriso nos lábios. Percebo que Victor fica um pouco sem jeito, com o que sua prima diz.

-Vou pensar ainda. - fala e logo pega minha mão. - Foi bom ver vocês. - diz e saímos apressados, quando a gente entrou no carro eu tive que comentar.

-Que situação constrangedora, foi essa. - digo e olho para ele. - Quem diria que o pai do meu bebê é marido da sua prima. - completou.

-Não fala isso, o Rodrigo não é nada para o nosso bebê. - ele diz com um tom um pouco irritado.

-Ok, não está mais aqui quem falou. - dou de ombros.

A gente seguimos o caminho todo em silêncio até chegar em casa, ele me ajudou com as compras, mas não ficou comigo no quarto ajeitando tudo, eu acho que ele está chateado por causa que falei que o pai do Heitor é o Rodrigo, eu sinceramente eu não falei por mal simplesmente saiu, foi no automático, mas acho que vou dar
um espaço para ele, não ficar pressionando. Mas como é vida, quem diria que a prima do Victor é a mulher do Rodrigo, eu fiquei tão perplexa. Depois de arrumar tudo eu me deitei um pouco e fiquei de bobeira, até que Jes e Lu entraram no meu quarto.

-O que aconteceu com o Victor que está com uma cara emburrada lá na sala. - fala Jes e se deita na ponta da cama e Lu senta ao meu lado perto da cabeceira.

-A gente encontrou no shopping o pai do meu filho e sua mulher que no caso é prima dele. - digo de uma vez.

As duas se olham e dão uma risada, bem alta por sinal.

-Não acredito nisso, o Victor teve ciúmes de você, quem diria o garanhão com ciúmes. - comentou Jes.

-Eu acho que o ciúmes nem foi por minha causa, mas pelo que eu disse sem querer. - digo e as duas me olharam com curiosidade. - Eu acabei falando que o Rodrigo era o pai do Heitor na frente dele. - no momento que termino de falar as duas
dão altas gargalhadas e não é por nada que meu irmão aparece na porta do meu quarto, com a maior cara de "?".

- O que está acontecendo aqui? - pergunta ele curioso.

-Nada maninho, pode ficar tranquilo. - digo a ele sai com uma cara de desconfiado, mas volta para onde estava. As meninas ficaram mais calmas depois de um tempo.

-Eu nunca imaginei que o Victor iria sentir ciúmes de um bebê. - fala Jes.

-Você acha que ele sentiu ciúmes? - pergunto para as duas, tanto a Jes como a Lu concordam.

-O Victor está muito envolvido com sua gravidez Nathi. - comenta Lu.

-Mas ele não precisa se sentir assim. - digo.

-Então fala isso para ele. - fala Lu.

-Por que ele tá com uma cara de comeu limão azedo lá na sala. - diz Jes rindo da situação. Nós três ficamos conversando sobre outros assuntos até a hora da janta, e fui junto com elas fazer a janta, Victor agindo com um bebê chorão, não veio falar comigo. O final de semana passou bem rápido, e nada de novo aconteceu, hoje eu teria mais uma consulta com minha médica, pois já estava entrando em 24 semanas de gestação e de uma hora pra outra minha barriga cresceu. Eu me levantei, tomei um banho e fui tomar um café, eu pensei ir com meu irmão para faculdade, mas eu sabia que devia ir com Victor, pois queria resolver de uma vez nossa situação. Ele tem que entender que não falei por mal. Quando eu cheguei para tomar café a maioria do pessoal estava já comendo, eu sentei ao lado do Victor e ele nem olhou para mim. Quando a gente terminou, peguei ele saindo da casa.

-A gente precisa conversar. - digo para ele. Victor vira o seu corpo em minha direção e olha nos meus olhos.

-Mas eu não quero. - responde ele grosso.

-Você não pode ficar chateado por uma coisa que falei sem pensar. - digo indo atrás dele, Victor não dá atenção para o que eu falo e entra no carro, eu sem pensar duas vezes entra do lado do passageiro.

-Quem senta aí é o JP. - diz seco.

-Ele não vai se importar. - falo. - A gente precisa resolver de uma vez. - completo.

-Não precisa não, porque eu não sou o pai do seu filho, né! - diz e eu percebo a raiva em sua voz.

-Victor tanta entender, eu não falei por mal. - digo me aproximando dele. - É complicado, eu não fiz essa criança com o dedo. - digo já ficando brava com a situação.

-Mas é eu que estou aqui do seu lado, e não ele. - diz. - Eu sou muito pai do Heitor do que ele. - completa.

-Eu sei.. - digo e levo uma das minhas mão para o seu rosto e levo para minha direção e aproximo os nossos rostos, e antes que a gente beije alguém a gente olha e vê JP e Jes no lado de fora do carro. Os dois entraram pelo bando de trás, então a gente seguiu para a faculdade.

Quando a gente chegou, todos nós saímos em silêncio, Victor veio para o meu lado e pegou na minha mão e me levou até o meu bloco.

-Hoje eu tenho consulta, você quer ir? - perguntei para ele.

-Sim, gostaria muito de ver o moleque. - eu dou um sorriso e Victor responde com outro, então ele se aproxima e me dá um selinho, então ele vai para sua aula e quando eu me viro para entrar no prédio, as minhas colegas estavam me esperando na porta e todas estavam com cara de apaixonadas pelo momento que elas viram de mim e do Victor.