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Nathália Gomes

Já estamos entrando no mês de fevereiro, ou seja, dá poucas semanas já é o carnaval e não vou poder curtir o meu feriado preferido, mais ponto do porque eu estou odiando minha gravidez, mas pelo menos eu estou entrando  no segundo trimestre e pela minhas contas logo vou fazer treze semanas, mas eu só vou ter certeza na semana que vem na próxima consulta com minha médica, o que mais está me surpreendo é o pessoal aqui de casa a Jes e a Lu me deram várias revistas e livros sobre gravidez e bebês, pois segundo elas informações nunca é demais, eu confio nelas, pois são duas enfermeiras.

Os meninos estão tão atenciosos comigo praticamente me mimando, bom eu estou tirando a proveito de tudo isso, mas uma pessoa que não esperava me sentir tão confortável em falar sobre os meus sentimentos em relação a minha gravidez era com Victor, nunca pensei que ele fosse um conselheiro e ouvinte prestativo, talvez eu julguei ele mal, só tratando ele como corpo bonito. Aquilo de fazer um diário sobre os meus sentimentos em relação a tudo isso, foi bom e ruim ao mesmo tempo, bom porque eu podia expressar o que estava sentido sem ter os julgamentos de outras pessoas e ruim, pois eu estou desesperada e com medo e no diário eu pude ter a visão nítida de tudo isso.

Eu sempre imaginei que quando estivesse grávida eu iria amar meu filho no instante que eu soubesse que ele estava aqui dentro de mim, mas ultimamente eu estou até pedindo para Deus me tirar desse pesadelo. Pois, eu fico imaginando como meu futuro será e eu não gosto que vejo, talvez o Rodrigo estivesse certo " não  tão esperta assim". Dou uma respirada profunda e me levanto da minha cama, vou para frente do meu espelho e percebi que minha barriga começou dar uma pequena evidência, eu encostei meus dedos em cima onde estava iniciando uma pequena bolinha quando eu vejo pelo espelho a Lu na porta, ela percebe que eu a vi e me dá um sorriso.

—Já dá para ver a uma barriguinha? - pergunta com ternura, a Lu como a Jes estão sendo muito importante para mim, principalmente nas minhas dúvidas diárias.

—Mais ou menos. - digo e sorrio para ela, então ela se aproxima de mim.

—Daqui a pouco, você vai ver a barriga vai crescer de uma forma assustadora. - diz e isso de certa forma me deixa triste, pois no momento que minha barriga estiver bem aparente todos vão saber da minha gravidez e não sei se eu gosto disso.

—É, poise. - digo dando de ombros Lu percebeu minha hesitação.

— Não fique assim, Nathi eu sei que muita coisa deve estar confusa na sua cabecinha, mas confia em mim você e seu bebê vão ficar bem! Diz me mostrando um sorriso cheio de ternura. - eu apenos confirmo com a minha cabeça. —Então a almoço está pronto eu coloquei aviso no grupo, mas você não veio em decidi te buscar. Não Lu não espera por uma resposta e pega minha mão e me guia até a mesa onde todos estão reunidos. - eu me aproximo e sento do lado meu irmão.

—Nathi, não conseguir te levar na consulta, mas eu falei com a mãe ela vai no meu lugar. - diz meu irmão colocando uma grafada cheia na boca.

—E, porque não vai poder ir? - pergunto desanimada, desde do dia que falei da minha gravidez para meus pais a gente eu não tinha mais falado com eles. — Por que você pediu para ela ir no seu lugar?

—Para Nathi, eu sei que os nossos pais pegaram pesado. - diz meu irmão. —Mas vocês têm que se resolver e não vou poder ir porque eu vou iniciar um projeto e se eu for bem posso até sair do estágio e ter contratado. - eu simplesmente concordo, eu não tenho esse direito de ficar empatando a vida do meu irmão ele foi a pessoa que mais me apoiou neste último mês.

— Tudo bem, mas se me encher o saco eu largo ela no consultório. - eu amava minha mãe, mas ela tinha que sempre sair como a certa das situações. Continuamos uma conversa sobre assuntos aleatórios até que paramos na questão sobre onde eles iriam passar o carnaval.

Todos os motivos para te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora