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Nathália Gomes

Minhas pernas perderam totalmente as forças, no segundo que olhei o sinal de positivo nos testes de gravidez, eu escuto mãos batendo na porta do banheiro eu imagino que seja Luiza e Rafinha querendo saber o que deu resultado, mas simplesmente eu não consigo ter forças para me levantar e abrir a porta, parece que toda minha energia foi sugada no momento que olhei o resultado. Por mais que eu, não queria admitir todos os sinais estavam me mostrando ao contrário, eu estava grávida! Como pude deixar isso acontecer? Penso em várias situações da minha vida, tudo que eu planejei e nenhuma delas um filho estava nelas, eu nem sei se tenho capacidade de ter um filho, como vou alimentar, como vou cuidar de um bebê, se mal sei cuidar de mim mesma.

E que os outros vão pensar de mim, os julgamentos de ter engravidado de um, cara casado. Meus pais, meu irmão e amigos o que eles vão dizer, sinceramente eu estou apavorada. Eu estou morrendo de medo de abrir aquela porta e encarou os meus amigos, sinceramente queria ficar aqui dentro para sempre. Escuto novamente as batidas na porta e junto com elas a voz da Luiza vem logo depois pedindo o que estava acontecendo. Sinto lágrimas cair dos meus olhos, eu destruí minha vida! Mas batidas e agora elas estão mais fortes, eu tento organizar meus pensamentos, para digerir o que eu acabei de descobrir, com todas as minhas forças eu me levanto me apoiando na parede, acabo olhando para o espelho da pia e eu estou destruída, respiro fundo tentando criar coragem para encarar os meus amigos que estão me esperando do outro lado da porta.

Então eu abro, Luiza e Rafinha estão com uma cara de preocupados, eu não sei o que dizer para eles e simplesmente eu caio no choro, os dois vem ao meu socorro me abraçando, eu não consigo dizer nada, eles também não me perguntam nada, acho que eles entenderam o resultado só pelo meu desespero que eu me encontro. Os dois se separam de mim, e com a ajuda deles eu vou para uma da cama e eles sentam ao meu lado. Luiza pega um dos testes da minha mão, ela olha para o mesmo me abraça e depois me dá um beijo na lateral da minha cabeça.

—Eu estou com você, Nathi. — disse encostando sua testa onde tinha beijado. — Sabia que você pode contar comigo para o que precisar. Eu a encaro com os meus olhos cheios de lágrimas, eu não consigo dizer nada apenas assinto, Rafinha pega na minha mão e então olho para ele.

—Você tem a mim também Nathi, para o que precisar, nós vamos estar com você! — diz fazendo carinho na minha cabeça.

— Sinceramente eu não sei o que pensar, minha cabeça está muito confusa!- digo a eles.

—Acho que primeiro de tudo você deve ir descansar. Diz Luiza. — Amanhã é dia dois de janeiro você liga para sua médica para marcar uma consulta e ver como você está.

—O que vocês vão dizer para o pessoal hoje? Eu não quero descer e fingir que está tudo bem. - digo dando suspiro.

—A gente inventa que você não está bem, mas não para se preocupar, para ninguém vim te importunar. Fala Rafinha. — Mas o seu irmão deve saber. - completa ele.

—Eu concordo. Diz Luiza e eu apenas afirmo com a cabeça.

—Mas não agora, eu não consigo aceitar que isso está acontecendo comigo. - digo a eles, então Luiza e Rafinha me deixam sozinha com os meus pensamentos. Ontem de noite depois de discutir com Victor e de passar mal novamente, decidi que iria fazer o teste de gravidez, no fundo, eu sabia que a probabilidade era grande, mas ainda eu estava me agarrando na esperança que podia ser qualquer outra coisa menos um filho. Eu fico com meus pensamentos até que Lucas aparece preocupado, na porta do meu quarto.

— Que aconteceu? - pergunta Lucas chegando perto da minha cama e se senta perto dos meus pés. —Luiza e Rafinha disse que você não está bem, mas que não para se preocupar. - disse me encarando. — Mas pelo jeito é sim para me preocupar, você está chorando Nathi! - diz me olhando preocupado. Eu só encaro ele tomando coragem para contar sobre a gravidez.

Todos os motivos para te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora