25

1.2K 156 9
                                    

2/5

Nathália Gomes

O final de semana passou e eu nem senti, quando eu vi já era segunda-feira e tinha que ir para a faculdade novamente, mas isso não quer dizer que não foi especial, aquele momento no mar com o Victor foi simplesmente incrível, na grande maioria das vezes eu tenho que me segurar para não agarrar ele, pois ele está sendo tão fofo, compreensível e um verdadeiro amigo.

Como sempre, eu fui para a faculdade com o meu irmão e o Lipe, mas chegando lá percebo que muitas pessoas estavam me encarando, principalmente algumas garotas. Eu sinceramente eu olhei para câmera do celular para ver se não tinha alguma coisa na cara. O bloco das engenharias era até perto do meu bloco, então por isso que acompanhei meu querido irmão e o Lipe até a praça de alimentação. Chegando lá, eu pego uma mesa enquanto os meninos vão pegar algo para comer, até que do nada Rafinha aparece ao meu lado e sentada na cadeira a minha frente, eu observo seu rosto ele está um misto de confuso e preocupado.

-Você já soube? - pergunta ele me encarando.

-Primeiramente bom dia, e por segundo eu não sei do que você está falando! - falo encarando ele de volta.

-O pessoal todo está comentando que o pai do seu bebê é o Victor! - quando eu ele me diz isso eu fico perplexa, da onde eles tiraram isso eu olho confusa para Rafinha.

-Como assim... de onde eles tiraram isso? - pergunto confusa.

-Eu também não entendi nada, o pessoal me mandou mensagem pedindo sobre isso! - diz. - Até porque o Victor é uns dos caras mais gostosos da faculdade. - diz dando de ombros.

-Mas ele não é o pai do meu filho, da onde essas pessoas tiraram isso? - pergunto. Nesse momento o Lucas e o Lipe chegaram para sentar na mesa junto com nós.

-E aí, o que vocês estão conversando? - pergunta Lipe. Rafinha me olha.

-O que foi Rafinha? - pergunta meu irmão.

-Eu vou falar porque eu sei que logo vocês vão saber mesmo. - diz e me olha novamente, como se fosse um pedido de permissão. - Praticamente a faculdade inteira estão comentando que o pai do bebê da Nathi é o Victor! - diz ele de uma vez. Meu irmão olha para nós dois com uma cara estranha.

-Da onde eles tiraram essa história? - pergunta, Rafinha dá ombros.

-Povo louco. - comenta o Lipe.

Depois do meu irmão e Lipe comerem a gente foi para a aula, mas eu não conseguia me concentrar, só ficava pensando como seria a reação do Victor quando ele souber que as pessoas acham que ele é o pai do meu bebê, quando enfim a aula terminou, eu estava indo até o banheiro, pois conforme meu filho crescia dentro de mim a minha ida ao banheiro era mais frequente. Ao terminar de fazer o meu xixi, eu estava indo lavar as minhas mãos, até que eu percebo uma garota atrás de mim eu olho para ela através do espelho, ela era bem bonita, loira de olhos claros.

-Você é a Nathi? - pergunta ela, mas percebo que tem um tom de deboche na sua voz. Eu me viro e a encaro.

-Sim. - só confirmo.

-Eu sou a Carol. - diz e me olha de cima para baixo. - Então o bebê que você está esperando é Victor! - ela não pergunta, eu sinto como ele tivesse certeza. -Você foi mais esperta...

-Eu não... - tento falar mas ela logo me interrompe.

-Não precisa dizer nada... - diz dando de ombros. - Eu estava ficando com o Victor, eu estava muito afim de namorar com ele, na verdade ainda estou, pensa só aquele gostoso e ainda por cima pobre de rico não posso deixar escapar - então ela me encara bem séria. - Só espero não ter problemas com você entrando no meu caminho, porque você está grávida dele não significada nada. - Então ela sai do banheiro e eu fico sem reação, sem entender nada.

Então eu decidi mandar uma mensagem para o Victor querendo encontrar com ele agora, e vou em direção à onde ele estava, e percebo ao me aproximar que ele não está sozinho a Jes e o JP estão lá e mais algumas pessoas que eu não conhecia. Ao perceber que eu estava chegando, Victor vem em minha direção.

-O que foi que aconteceu? - pergunta ele.

-Eu não sei se você soube, mas estão dizendo que o meu filho é seu! - digo para ele. Eu percebo que desviou o seu olhar. -O que foi Victor? - pergunto para ele.

-Bom sobre essa história é meio que minha culpa! - diz coçando a sua cabeça.

-Como assim? - questionei ele.

-Bom, sabe no domingo que fomos a praia? - eu assinalei positivo com a cabeça. -Então lembra que a gente encontrou com um grupo de pessoas que vieram me cumprimentar, mas logo que você saiu eles começaram a ter uns papos tortos sobre você e falei que seu filho era meu. - disse ele desviando o seu olhar do meu.

-Você sabe que isso é errado, né Victor?! - digo a ele.

-Você está brava? - pergunta.

-Não, é que eu acho errado você dizer que esse filho é seu, sendo que nem é sua responsabilidade, sabe! - dou um suspiro profundo. -É que sei lá, eu fico confusas com essas coisas! - digo e olho para ele.

-Eu fiz no sentido de te proteger... eu não quero que as pessoas pensam uma coisa que eu sei que você não é! - diz.

-Obrigada... - apenas digo para ele.

-E depois eu simplesmente eu pouco me fudendo se as pessoas pensam se esse filho é meu ou não. - diz com um sorriso no rosto. - Eu só quero que você fique bem, e se for preciso eu aceito essa a paternidade de fachada! - diz ele dando de ombros.

-Tudo bem, mas antes de você diga qualquer outra coisa, só me avisa para não pegar de surpresa. - digo a ele, então a gente se despede e vou até o carro da Luiza, nós duas fomos almoçar juntas e contei toda essa história que o Victor disse que era o pai do meu bebê, ela simplesmente achou o máximo e disse que eu devia investir nele, já que ele estava assumido a paternidade, mesmo eu dizendo que era só de fachada, mas nas palavras dela "sempre uma fachada vira caso real".

Eu segui para o meu trabalho, fiz praticamente tudo na minha sala que eu divido com outros funcionários, já que eles diziam que não podia me esforçar demais, eu acho um saco, sempre digo que estou grávida e não doente, mas enfim. Já no fim da tarde eu estou na frente do prédio da empresa mexendo no meu celular, mas tenho novamente a sensação de estar sendo observada, olho para os lados, mas não vejo ninguém novamente, deve ser coisa da minha cabeça. Mas essa sensação me deixa inquieta só fico mais tranquila quando eu vejo o carro do meu irmão apontar na curva e entrar na avenida para me pegar.


••••

OS CAPÍTULOS NOVOS ESTÃO POSTADOS SEGUNDA, QUARTA, SEXTA E DOMINGO ✨💜

Todos os motivos para te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora