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Nathália Gomes

Desde da descoberta da minha gravidez, uma coisa que mais eu temia era ter essa conversa com o Rodrigo, agora eu estou esperando ele no café que nos encontrávamos, meu irmão está no seu caro esperando, ele queria ficar comigo aqui dentro eu falei que eu teria que resolver sozinha esse assunto com o pai do meu bebê, então estou tomando meu suco de laranja quando eu percebo que Rodrigo entra no local, ele olha em volta até que ele me vê sentada na mesa mais afastada, ele se aproxima de mim com um sorriso nos lábios, chega perto de mim para me beijar, mas eu me afasto dele, ele me olha de forma que estranha. Então ele se senta na minha frente e coloca suas mãos em cima da mesa.

—Então por que me chamou aqui? - pergunta e arquei uma das suas sobrancelhas. —Porque com certeza não foi para ter uma reconciliação. - completa e inclina seu corpo para trás.

— A gente precisa conversar. - digo dou um pequeno suspiro e encaro Rodrigo.

—Então fala de uma vez, pois eu tenho mais que fazer! - diz e me olha e eu desvio do seu olhar, eu encaro minhas mãos que está em volta do copo com suco de laranja.

—Então... Eu descobri uma coisa, isso já faz alguns dias, mais hoje eu fui no médico e confirmei. - digo a ele e viro me tronco em direção a minha bolsa que está pendurada na cadeira, peguei o exame de ultrassom e entrego para ele, Rodrigo estende a mão e pega, seu rosto muda drasticamente. —Eu estou grávida e você é o pai Rodrigo! -completo com soltar de ar, mas não tenho ascensão de alívio no peito, ele vê aquele exame o seu rosto parece se contorcer.

—Isso é impossível! - diz de forma bruta. — Como assim grávida? Você não tomava pílula? - perguntou eu sentia sua raiva no tom da sua voz.

— Eu tomava sim, mas isso pode acontecer até porque nenhum anticonceptivo é cem por cento seguro. - afirmo para ele, ele me olha com desdém.

— Enfim. - diz dando suspiro profundo. — E você veio atrás de mim por que você quer livrar disso né! - eu arregalo os olhos quando ele fala isso de forma mais tranquila. —O que? - pergunta ele não entende minha reação.

— Você quer que eu aborte? - pergunto desacreditada e ele dá uma risada baixa.

—Você não está pensando em ficar com isso né? - perguntou franzindo sua testa. —Por que se está, então você não é tão esperta com eu imaginava. - completa ele.

—Como você é capaz de fazer uma sugestão dessa? - pergunto. — Essa coisa que você fala é seu filho. - completo.

—Isso que você diz, uma mulher como você nem deve saber quem é pai. - ele bocha de mim. — Você é o tipo de mulher que homens como eu comem uma noite e larga. - completa me encarando.

—Pois acredite, esse bebê é seu filho sim! Pois, as semanas batem certo na última vez que a gente transou no seu AP! - Digo para ele já estressada com toda merda que ele está me dizendo. — E se você não assumir esse filho eu vou entrar na justiça! - Digo em tom de ameaça, ele gargalha como se eu tivesse contado uma piada muito boa para ele.

— Minha querida, no momento que você abrir esse sua boca linda, você estará no olho da rua, pois não se esqueça que meu sogro é dono da empresa que você trabalha, e pelo jeito você não pode perder um emprego que paga tão bem quanto aquele. - diz me ameaçando.

—Você teria coragem de me colocar no olho da rua? - eu pergunto segurando as minhas lágrimas.

—Sem pensar duas vezes!- diz e se levanta e coloca uma nota de cinquenta reais em cima da mesa. — Para pagar o seu suco! E vai em direção a saída da cafeteria. - é quando eu desabo em lágrimas, eu sabia que ele não valia nada, mas me tratar como ele me tratou eu nunca pensei que isso fosse capaz de acontecer, eu tento me recompor para voltar para o carro onde Lucas está me esperando, então me levanto pego meu ultrassom e paga o meu suco e vou ao encontro do Lucas, eu vejo que ele está distraído escutando música no carro, então eu bato no vidro e ele olha para o meu lado e abre a porta.

Todos os motivos para te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora