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Victor Duarte

Se eu estava com raiva de toda aquela situação, eu estava sim! A Nathi chamar aquele filho da puta de pai, na minha frente me deixou com muita raiva, pois quem estava ao seu lado era eu e não ele. E para piorar minha, esse mesmo cara é marido da minha prima, duas coisas provavelmente poderiam acontecer era que Natasha contasse para minha família quer seria pai, ou ela descobrisse que seu amado Rodrigo havia atraído com a Nathi, mas conhecendo bem minha prima ela iria se fazer de sonsa e colocaria a culpa toda em cima da Nathália. Eu estava com mil coisas na cabeça, e isso não fazia eu me concentrar no meu trabalho, mas uma coisa tinha me deixado animado, a Nathi me convidar para ir numa consulta com ela. Eu estava nos meus devaneios, quando eu vejo uma mensagem no meu celular do meu tio, que merda que deve ter acontecido. Eu vou em direção a sua sala.

-Me chamou? - pergunto ao entrar na sala do meu tio.

-Sim, Victor. - diz ele olhando para os seus papéis e logo leva o seu olhar na minha direção. - Que história é essa de que você vai ser pai? - pergunta me encarando, eu apenas sento na cadeira na frente de sua mesa e fico encarando ele sem dizer uma única palavra. - Por que sua mãe, me ligou minutos atrás dizendo que a Natasha encontrou você e sua namorada grávida no shopping no final de semana. - completa ele.

- O que a Dona Vera tem a ver com esse assunto? - pergunto.

-Tem haver segundo ela, que não quer que seu único filho e inconsequente sofra com um golpe de barriga. - comenta meu tio.

-Ela nem conhece a Nathália, para dizer alguma coisa sobre ela. - falo já irritado.

-Eu sinceramente só não quero que você utilize essa garota para atingir seus pais! - diz meu tio com uma cara de preocupado.

-Eu nunca faria isso! - falo logo.

-Que bom, pois se você fizesse alguma coisa do tipo, você iria se ver comigo. - diz o meu tio.

-Eu gosto demais da Nathália. - comento.

-Então leva ela na festa da família, eu quero conhecer os mais novos membros da família Duarte. - fala sorridente.

-Eu não sei tio, eu tenho uma preocupação enquanto minha mãe destratar ela, e depois eu não gosto desses eventos de família. - digo para ele.

-Victor essa moça está contigo, deixa ela ter o direito de conhecer sua família e aí depois vocês decidem se querem ou participar mais efetivamente dela. - diz o meu tio.

-Eu não sei não, eu conheço bem Dona Vera e sei que ela é de aprontar. - comentei.

- Mas dê uma chance para sua mãe, Victor. - diz meu tio. Eu apenas aceno com a cabeça e me levanto para sair da sua sala.

O resto do dia passou tranquilo, eu estava animado para ir na consulta com a Nathi, não parava de pensar nisso em nenhum segundo. Eu queria buscar a onde ela trabalha, mas ela achou melhor nos encontrar por lá mesmo. Quando chega minha hora, pego logo minhas coisas e vou em direção ao carro, quando eu entro no mesmo verifico no celular o endereço que a Nathi havia me mandado, coloquei no GPS e saio em direção a clínica, demoro mais ou menos quarenta minutos para chegar, eu estaciono o carro e quando saio já vejo a Nathi me esperando na frente da clínica, eu me aproximo eu dou um selinho.

-Eu demorei? - pergunto para ela.

-Não, chegou na hora! - diz com um sorriso mais lindo.

-Eu fiquei preocupado, peguei trânsito vindo para cá. - digo para ela.

-Vamos entrar, está quase na hora da consulta. - diz ela para mim.

Quando a gente se aproxima da recepcionista ela pede para esperar alguns minutos. Mas logo a Nathi é chamada e nós entramos no consultório, eu sinto minhas mãos suarem de nervosismo, a Nathi me a presente para doutora, mas quando ele questiona se eu sou pai do Heitor, Nathi olha para mim, e eu confirmo com a cabeça.

-Hum que bom que pai pode vim em alguma consulta. - comenta ela, então ela faz algumas perguntas para a Nathi e logo depois ele leva a gente para ir no ultra som, a Nathi se prepara e logo a imagem do Heitor aparece na televisão pequena, eu não sei o que acontece, pois meu cérebro sabe que não fiz o moleque, mas sinto como ele fosse inteiramente meu, eu tento segurar mas não consigo e uma lágrima cai dos meu olhos, e logo o som do seu batimento do seu coração preenche a sala, faz eu sentir coisas que não consigo, meu coração deu uma palpitada. Depois de pronta, a doutora deu algumas orientações e também pediu para a agente já pensar sobre o parto e escolher o local que seria o parto. Com tudo pronto eu levei a Nathi para o carro e seguimos direto para a casa, chegando lá encontramos os caras jogando o videogame, Nathi disse que iria tomar um banho e deitar um pouco, pois estava um pouco cansada.

-Se amarrou de vez em cara! - diz o JP

-Pior que eu estou mesmo. - digo para ele e me sento ao lado deles.

-Acho bom mesmo levar sério a Nathi, por que se não capo você rapidinho. - diz o Lipe em tom de ameaça, mas logo dá leve sorriso.

- Estou levando ela tão a sério, que hoje eu fui até a consulta com ela. - digo.

- Como foi? - pergunta Lucas para mim.

-Foi tranquilo, o moleque está grandão na barriga da Nathi, nem parece, mas ela disse que já tem de pensar onde e como ela vai fazer o parto. - digo para ele.

-Hum... obrigado Victor, ela está bem melhor desde que vocês se acertaram, mas como o Lipe disse te capo em dois toques se magoar a Nathi. - diz o Lucas. Depois dessa pequena pressão, decidi ir tomar banho e ver como estava a Nathi estava.

Depois de pronto vou em direção ao quarto da Nathi, ao entrar no seu quarto observo que Nathi, estava deitada mexendo no celular, me aproximo dela de deito ao seu lado. Ela se vira para o meu lado e sorri para mim.

-Como você está? - pergunto levando minha mão para fazer um carinho no seu rosto.

- Tudo bem, eu só estava vendo alguns partos, eu estava afim de fazer o natural, a recuperação é bem mais rápida. - diz para mim.

-O que você decidir por mim tudo bem. - digo.

-Eu falei com a Lu e ela diz que no hospital que ela trabalha é maternidade, eu estava afim de ir lá, você gostaria de ir comigo? - pergunta para mim.

-Claro, eu vou sim. - digo e dou um selinho na sua boca.

-Eu queria falar outra coisa com você, eu não quero que você fique chateado... - diz olhando para mim. - Por que você nunca fala da sua família? - pergunta para mim.

-É complicado Nathi. - digo para ela.

- Mas em alguma hora eu vou conhecer eles, não vou? - pergunta para mim, eu dou um suspiro grande e encarei o teto do seu quarto, eu não gosto de falar sobre minha família, é complicado minha relação com eles.

-Nathi, pode confiar em mim, quanto menos você conhecer eles melhor. - digo olhando novamente para ela.

-Tudo bem, eu não vou insistir, mas você vai no almoço de domingo na casa dos meus pais, pois sem querer o Lucas comentou que a gente estava junto e então a Dona Lúcia exigiu que você comparecesse. - diz dando de ombros e logo surgiu um sorriso nos lábios.

-Tudo bem, eu vou com muito prazer. - digo. -Mas agora eu estava pensando em fazer outra coisa, bem mais interessante do que ficar falando sobre a nossas famílias. - falo com malícia, Nathi logo entende o que eu quero dizer e me olha com a mesma intensidade.

-O que seria essa coisa. - diz ela.

-Isso aqui. - e logo eu vou em direção ao seus lábios, nos beijamos intensamente.

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