Meu amor não é bagunça [COMPLETA]

Adrien

De zero a herói sem pestanejar
Zero a herói num estalar

De Zero a Herói, Hércules -

🐱

No grupo da viagem, todos marcaram de se encontrar na estação de metrô de 15:00 horas. O nossa viagem só começaria de quinze para as quatro, mas marcaram o horário de três para que todos pudessem chegar direito e de checar se não havia nada de errado.

E, secretamente, para dar tempo da Marinette não se atrasar demais.

Mas a coitada não precisa saber disso.

Era ainda de manhã, estava no carro indo para a escola, a caminho da última aula da semana, mesmo sendo uma quinta, pois no outro dia seria feriado.

Eu sentia minha mão direita tremer de ansiedade. Olhei o grupo várias vezes, para ter certeza que não mandaram nenhuma mensagem nova, ou se meu pai mandou alguma mensagem desistindo de me deixar ir.

Com meu pai, temos que esperar o pior.

Meu motorista estacionou o carro de frente a escola, como sempre, para me deixar descer e depois ir embora.

No momento que sai do carro, vi Marinette e Luka de mãos dadas, entrando na escola. Pensei em ir correndo falar com eles, mas resolvi deixá-los sozinhos.

Já teremos bastante tempo juntos durantes o fim de semana, pensei.

O fim de semana me deixava com borboletas na barriga. Eu ficaria junto deles praticamente 24 horas por dia, durante quase três dias.

Além disso, lá estaria Quartzo e seus noivos, então eu poderei observá-los, e conversar com eles, para poder aprender como é uma relação a três.

Só faltaria como descobrir o modo menos estranho de pedir duas pessoas que já namoram em namoro, mas isso eu vou deixar para depois.

Comecei a andar na direção da escola, continuei a ver o casal subir as escadas e fiquei parado olhando por uns cinco segundos.

Teria ficado olhando mais um pouco se o Nino não tivesse passado um braço pelo meu ombro e começado uma conversa.

- E aí, cara? Animado para o fim de semana? - perguntou.

- Demais. Meu único medo é meu pai me proibir de ir faltando uns cinco minutos para a viagem. - falei sinceramente.

- Vira essa boca para lá. Tenho certeza que teu velho vai te deixar ir sem problemas dessa vez. - falou, me puxando na direção da escada, para podermos ir para a aula.

- Espero.

A escada dava diretamente na porta da sala do diretor, e foi no momento que colocamos o pé no primeiro andar que Quartzo saiu de lá.

- Ah, oi, Adrien. - falou sorrindo. - Animado para a viagem?

- Claro que sim. - devolvi o sorriso. 

- Acho que você vai gostar muito dessa viagem. - disse com uma sobrancelha levantada, e aquela expressão de quem sabe de algo que eu não sei.

- Também acho, não vejo a hora. - disse Nino ao meu lado. 

- Você também vai? - perguntou Quartzo, que ainda não conhecia todo mundo que iria nessa viagem.

- Sim, eu sou o Nino. - respondeu.

- Aaah, sei. Sua mãe está morrendo de medo que eu deixe os meninos e as meninas dormindo no mesmo quarto. - comentou. - Eu garanti a ela que vou tirar fotos para provar que os meninos vão ficar no quarto dos meninos e as meninas nos das meninas. Mas não conte a ela o que eu vou te dizer agora: Se alguém quiser trocar de quarto eu não vou me importar, não vou fiscalizar, sintam-se livres. - piscou para nós e depois colocou o dedo indicador nos lábios, pedindo para guardarmos segredo.

Nós concordamos em manter segredo.

Depois disso, Quartzo disse que voltaria para casa, pois os trabalhos que tinha vindo fazer na escola já tinham acabado.

Quando elu saiu, Nino deu um pulo de alegria.

- Isso vou poder dormir com a Alya.

- Mas seja responsável. - falei para ele.

- Calma, cara. Eu só quero ficar abraçado a ela mesmo, não pretendo fazer mais nada. - voltou a passar o braço pelo meu ombro. - Vou dar tempo ao tempo. Esse tipo de coisa que você tá pensando eu vou deixar lá para o futuro. 

- A professora teria orgulho dessa sua responsabilidade. - comentei, e ele riu.

- Realmente.

Depois disso, seguimos em silencio para a nossa sala.

Assim que chegou lá, deu um beijo na Alya, enquanto eu segui e me sentei.

Quando olhei para trás para falar com a Marinette, percebi que ela estava lá conversando com o Luka.

- Ah, oi, gente. - cumprimentei os dois.

- Oi, Adrien. - os dois responderam em uníssono enquanto sorriam.

Eu não pude deixar de sorrir junto, e me virei para frente antes que meu rosto ficasse todo vermelho.

Fiquei brincando com meus próprios dedos, sentindo as borboletas da barriga darem voltas e sentindo meu corpo arrepiar.

Ah, eles me deixam em uma situação bastante complicada. Eu estou tão apaixonado pelos dois.

Ouvi o Luka se despedir da Marinette, dizendo que iria para a sala dele.

Antes de ir, ele tocou em meu ombro e me deu outro sorriso.

Você não tinha o direito, pensei, de ser tão lindo e de me fazer apaixonar por você.

- Até mais tarde. - foi o que eu consegui dizer. Tive que puxar todo o meu ar de volta depois que ele saiu da sala.

Olhei para o lado e vi o Nino sorrindo para mim, mas desviava o olhar entre eu e a porta, pela qual o Luka tinha acabado de ir embora.

- Para. - disse, desviando o olhar, e sentindo meu rosto ficar vermelho novamente.

Respirei fundo e me concentrei na aula. 

Logo aquilo passaria, então logo eu estaria na casa de Quratzo com todos os meus amigos, e com a Marinette e o Luka.

🐱

- E lembre-se, não saia da casa, a não ser que esteja com um adulto. - essa era a vigésima ordem que meu pai me dava.

Assim que eu cheguei em casa depois da aula, meu pai começou a dar um discurso de sobre como eu tenho que ter cuidado, pois tudo no mundo exterior a minha casa é perigoso e quer me matar sem motivo.

Eu apenas concordava com a cabeça, desejando que aquilo acabasse rápido. 

Era uma da tarde quando eu finalmente fui almoçar.

Comi, depois fui tomar um banho. 

Terminei de arrumar as últimas coisas que faltavam para a viagem, e vi um episódio da série que eu tava vendo com o Plagg.

Faltava dez minutos para dar três horas, então decidi que iria chamar meu motorista e  poderíamos ir até a estação.

Só que tem um problema.

Pela janela do meu quarto, pude ver a Ladybug lutando contra um novo akumatizado.

- Plagg, mostrar as garras! - e num piscar de olhos, me tornei Chat Noir, o herói de Paris.

Saí pela janela do meu quarto, esperando que a briga não atrasasse a nossa viagem.

🐱

Finalmente voltei a postar no sábado.

Espero que tenham gostado.

Eu já fiz o roteiro do fim da história, e vou tentar terminar de escrevê-la o mais rápido que puder, até porque esse ano eu vou começar o terceiro ano do ensino médio, então infelizmente terei que 'desistir' da escrita temporariamente para poder estudar.

Vou tentar terminar tudo até fevereiro. Ou até antes!

Bjos!