Adrien

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Você e suas palavras, obcecado por seu legado
Suas frases beiram a falta de sentido
E você é paranoico em cada parágrafo
Sobre como irão ver você
Você, você, você

Burn, Hamilton -

🐱

Já se passou um mês desde que o Luka e a Marinette me pediram em namoro, e eu sinto um frio na minha barriga toda vez que penso nisso.

É domingo de noite, e eu infelizmente não pude encontrá-los hoje para comemorar nosso um mês. Também não posso sair da casa e comprar presentes caros como eles me pediram, mas decidi que iria dar uma carta para cada um deles, amanhã de manhã.

- Espero que eles gostem das cartas. - falo para o Plagg. - Acho que escrevi direitinho, né?

- Você escreveu tão adocidamente que eu estou com diabetes. - ele fingiu vomitar.

- E é por isso que, depois de milhões de anos, a Tikki ainda não gosta de você. - eu respondo, colando um adesivo no cartão da Marinette, para deixar fechado.

Peguei a caneta e escrevi 'Para princesa'.

- É claro que ela gosta de mim! A minha docinho me ama. - ele responde, irritado.

- Claro, claro. - digo sarcasticamente.

Pego o outro cartão e escrevo 'Para príncipe' nele.

Seguro cada cartão com uma mão, e não posso deixar de sorrir com o meu trabalho.

- Espero que eles gostem. - suspiro.

Coloco as cartas dentro da bolsa e vou para o banheiro. Tomo banho e me preparo para dormir.

De pijama, mando uma mensagem de boa noite para o grupo 'Os Lukadrinette' e coloco meu celular na bancada do computador.

Vou para  minha cama e me cubro com o lençol, e quando estou prestes a dormir, a porta do meu quarto se abre, e Nathalie aparece.

- Nathalie?

- Oh! Boa noite, Adrien. - ela parece surpresa de me ver acordado, mas logo se recompõe e volta a falar. - Achei que já estivesse dormindo.

- Eu tava terminando de arrumar as coisas que eu vou levar para a escola, por isso só vim me deitar agora. - explico.

- Entendo. - ela limpa a garganta. - Eu só vim ver se eu esqueci um negócio aqui. Posso?

Ela aponta para a minha bancada, e eu permito que dê uma olhada.

- Não acho que vá ter nada aí, mas se quiser. - digo, me arrumando na cama novamente, e me deitando. - Poderia apagar a luz quando sair, por favor?

- Claro. - respondeu, indo na direção da bancada.

Ela mexeu na mesa, mas no fim, concluiu que não encontrou o que procurava.

- Desculpe-me o incômodo. - ela pede.

- Tudo bem. - eu lhe lanço um sorriso.

Ela faz uma reverência e sai do quarto, desligando a luz.

- Suspeito. - o Plagg sussurra para mim.

- Não tem nada de suspeito nisso, Plagg. - afirmo. - Agora vá dormir.

Ele continua resmungando, mas logo dorme.

Eu demoro mais um pouco para conseguir pegar no sono, pois fiquei pensando no Luka e na Mari. Quero ver a cara deles quando receberem as cartas.

Meu amor não é bagunça [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora