Meu amor não é bagunça [COMPLETA]

Luka

Você não sabe
O que eu sinto por você
Mas já é hora de dizer

Você não sabe, Julie e os Fantasmas

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Quando Adrien seguiu o Nino e deu um berro no meio da sala, todos se viraram para ele de olhos arregalados.

Ele pareceu rapidamente notar que havia agido de forma exagerada, pois começou a ficar vermelho e a gaguejar.

Ele olhou para mim umas duas vezes, para rapidamente desviar o olhar e mexia freneticamente as duas mãos, ansioso, enquanto explicava que precisava voltar para a cozinha porque havia esquecido a comida.

- O que deu nele? - perguntou Kim.

- Ele acabou descobrindo uma coisa. - respondeu o Nino, que se abaixou para colocar a bandeja que carregava na mesinha da sala.

- E tem algum problema dizer que coisa é esse para a gente? Ele parecia meio mal, podemos ajudar? - perguntei.

- Não é nada demais, é só que ele percebeu que é bem desatento. - respondeu. - Tipo, descobriu agora uma coisa que todo mundo sabia. 

- Todo mundo sabia? Por que nunca me contaram? - Adrien voltou para a sala carregando uma bandeja de comida.

- Talvez porque todo mundo achasse que você sabia, ou que mais cedo ou mais tarde seria capaz de descobrir essa coisa sem a ajuda de ninguém. - Nino se levantou e cruzou os braços na frente do amigo.

- Você podia só ter me contado. - reclamou o loira.

- A Alya me mataria, e a Mari também. - respondeu o Nino.

Eu fiquei pensando, que coisa seria essa que o Adrien só descobriu agora, todo mundo já sabia que e teria transformado a Alya e a Marinette em criminosas se o Nino dissesse? Felizmente para mim, minha capacidade de percepção não é igual a do Adrien.

- Você realmente só descobriu agora que a Marinette gostava de você? - comecei a rir. - Era muito óbvio, cara.

Ele abriu a boca pronto para dizer alguma coisa, mas só conseguiu balançar a cabeça e ficar vermelho. Continuei a rir.

- Você...não se sente desconfortável falando desse assunto? - ele perguntou, meio assustado.

- Por que eu ficaria? - falei. Os outros presentes da sala decidiram que ficar em silêncio seria a melhor coisa para ajudar com o clima do momento, mas para a sorte do Adrien, é com esse sentimento que a Mari tem por ele que me deixa mais feliz em saber que nós três temos chance. - Senta aqui, vamos começar o filme. - dei duas batidinhas no espaço vazio do sofá que havia ao meu lado.

Ele pareceu ficar ainda mais envergonhado, mas veio sentar ao meu lado, e eu pude passar meu braço pelo ombro dele. 

Eu ri quando percebi que ele prendeu o ar e ficou meio duro como pedra.

- Okay, vou só colocar o filme que o Adrien escolheu primeiro, porque ele vai sair mais cedo por causa da esgrima. - todo mundo concordou.

Depois de uns cinco minutos de filme, Adrien relaxou, se acomodando mais em meu braço, o que me fez ficar envergonhado, mas eu definitivamente não queria sair dali.

Que raiva me dá saber que eu tenho que esperar a Marinette para pedir ele em namoro. Eu queria dar um beijo nele e dizer que estou apaixonado, mas não posso!

A cada segundo que passava mais eu tinha certeza que eu queria que ele estivesse em meu relacionamento, tinha mais certeza que era nessa posição que eu queria ficar, só que ao mesmo tempo abraçando a Marinette com o outro braço.

- Que foi, tem algo no meu rosto? - o Adrien perguntou, o que me fez perceber que eu talvez estivesse encarando-o por tampo demais.

- Nada! - todo mundo olhou para mim, mas logo voltaram a atenção ao filme. - Nada demais, desculpa. 

Virei meu rosto para a tela da TV, mas eu sinceramente não entendi mais nada do filme quando o Adrien segurou a minha mão e ficou fazendo carinho.

Ele tava tão fofo lá, do meu lado, e eu não podia dar um beijinho? 

Imagina estudar com ele e ver esse anjo todo dia, sendo fofo e inteligente o tempo inteiro, estando em frente a você e você não poder fazer um cafuné? 

Marinette, amor, só queria dizer uma coisa: Forças guerreira!

Bom, eu decidi me levantar e ir no banheiro, pois eu e a Marinette precisamos fazer esse pedido de namoro mais cedo o possível!

- Vai onde? - ele perguntou quando me levantei. - O filme tá quase acabando.

- É que eu preciso muito ir no banheiro. - segurei sua mão. - Volto logo.

Me fechei no banheiro e já fui jogando uma água em meu rosto. 

Eu tava vermelho!

- Olha o que ele faz comigo. - choraminguei  baixinho. - Preciso ligar para a Marinette agora!

Peguei meu celular e liguei para o número dela, que chamou, chamou e não deu em nada.

- Poxa. - entrei no Whatsapp e fui na minha conversa com a Mari.

Mandei umas dez mensagens falando o quanto eu estava surtando e que a gente precisava pedir ele em namoro, casamento, para ser o pai dos nossos filhos, tudo para ontem!

Saí do banheiro e não vi o Adrien lá. 

- Cadê o Adrien? - perguntei.

- Acabou de sair, o motorista veio buscá-lo. - disse o Nino. - Agora vamos colocar o meu filme.

- Ah, okay. - sentei no sofá e vi uns trinta minutos de filme, mas sem realmente prestar atenção. 

Fiquei checando o celular algumas vezes, mas nada da Marinette responder.

- Ei, pessoal, sexta é feriado. - disse o Nino olhando o celular.

- Que feriado? - perguntou o Nathaniel.

- Sei lá, um desses feriados aleatórios que ninguém liga mas são sempre bons para descansar. - o Nino respondeu. - Mas o que importa é que as meninas tiveram uma ideia incrível da gente fazer uma viagem nesse feriadão.

- Para onde? - perguntou o Kim.

- Não sabem ainda, mas em alguma casa com piscina, sabe? Todo mundo dormindo junto e acordados até tarde. - respondeu. - Claro que com algum adulto por perto, mas ainda seria muito legal.

- A gente só precisa encontrar um adulto mais liberal. - disse o Ivan. - A gente vai ficar livre.

- Verdade. - disse o Marc.

- Mas a gente tem que decidir onde vai ser ainda hoje. - eu disse. - Para amanhã avisarmos aos nossos pais e quinta nos arrumarmos para ir direto depois da escola.

- Verdade, cara, seria massa, a gente ganha até mais um tempinho. - falou o Nino.

- E voltamos domingo umas seis da tarde. - completou o Max.

- Ótimo, vou falar isso para as meninas e ver se elas já encontram um lugar para ir. - começou a digitar para a namorada.

Resolvi dar uma olhada nas minhas mensagens, e finalmente a Mari respondeu.

Nas mensagens dela, ela ria de mim, para logo depois concordar com tudo o que eu disse. Depois, me pediu para ir na casa dela, que ela chegaria alguns minutos depois, para conversarmos sobre isso com Quartzo.

Fiquei meio envergonhado de pedir ajuda a Quartzo, elu é a única pessoa que pode nos aconselhar.

Me despedi dos meninos e fui correndo para a casa da Mari, que por coincidência, chegou lá na mesma hora.

- Que bom que já está aqui. - segurou minha mão. - Vamos entrar para ver Quartzo.

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VOLTEEEI! E estou pensando em começar a postar domingo tbm, o que acham?