Meu amor não é bagunça [COMPLETA]

Marinette

E as minhas esperanças, elas são altas
Eu deveria mantê-las pequenas
Apesar de eu tentar resistir
Eu ainda quero isso tudo

Eu vejo piscinas, salas de estar e aviões
Eu vejo uma casinha na colina e nomes de crianças
Eu vejo noites quietas derramadas sobre gelo e gin

Fools, Troye Sivan

🐞

Eu entrei na padaria, seguida de Luka. Meus pais estavam atendendo alguns poucos clientes, a movimentação sempre fica mais próxima quando falta pouco tempo para fechar.

- Mãe, pai, Quartzo está no meu quarto? - perguntei para os dois.

- Sim, elu está trabalhando, minha filha. - disse minha mãe, colocando dois croissants numa caixa, para viagem. Virou para o Luka e sorriu. - Olá, querido.

- Olá, Senhora Dupain-Cheng. - Luka sorriu para a minha mãe e se virou para o meu pai. - Senhor Dupain. - fez um aceno com a mão.

- Olá, Luka, como está? - perguntou meu pai, decorando um bolo.

- Vou muito bem, obrigado.

- Então, filha, o que você quer com Quarzto? - perguntou minha mãe, terminando de atender a cliente. 

- Eu e o Luka queremos conversar. - disse. - Eu apresentei eles mais cedo, mas gostaríamos que nós três passássemos mais um tempo juntos, sabe?

- Entendo. - disse minha mãe, ajudando meu pai com o bolo. - Bom, não tenho medo de deixar vocês dois sozinhos no seu quarto se Quartzo estiver lá, podem subir.

- Valeu, mãe. - dei um beijinho em sua bochecha, assim como com o meu pai. - Vem, Luka. - fui entrando pela porta da cozinha que dá nas escadas do prédio.

Eu queria muito conversar com Quartzo sobre como fazer isso, o que devemos falar, temos que fazer algum tipo de acordo especial? Querendo ou não, isso é uma escolha que estamos fazendo, será que está tudo bem?

Além disso, quero saber como é a sua vida. Como é a casa em que mora com os noivos? Eu quero saber.

Na verdade, é que eu já fico imaginando como será, eu e os dois. Nós três fazendo piqueniques ao por do sol, eu desenhando enquanto vejo os dois adormecerem, o Luka tocando para eu e para o Adrien, eu e o Luka o acompanhando nos ensaios fotográficos, nossos amigos nos acobertando para o pai dele não descobrir...pera.

Eu parei na porta de casa, já tínhamos subido por toda a escada, com a mão quase na maçaneta.

- O que foi, Mari? - Luka perguntou atrás de mim, segurando o meu ombro.

- Será que vai ser seguro? Digo, para o Adrien. - o semblante ficou confuso. - Olha, nós somo anônimos, meus pais são super de boas, embora eu acho que vão precisar de um tempo de adaptação, e sua mãe é a pessoa mais mente aberta de todas, diz que todo mundo é livre para amar e ser quem quiser. Mas para o Adrien é bem diferente.

Ele mordeu os lábios, em preocupação.

- Será que a gente deve mesmo fazer isso? - ele perguntou. - E se isso prejudicar ele?

Eu senti meu corpo começar a tremer, minha respiração acelerar, e meus pensamentos repetindo que isso vai ser um problema.

Decidi respirar fundo e fazer o que nós havíamos planejado: Perguntar para Quartzo. Elu que irá nos ajudar com isso.

- Melhor entrarmos e fazer essas perguntas para Quartzo. - disse. - É o melhor. Depois, com suas respostas em mente, podemos discutir só nós dois e ver se queremos isso mesmo.