Adrien

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🐱

Já era umas seis da tarde quando eu finalmente cheguei em casa depois da aula de esgrima. Eu sentia o suor grudando a roupa ao meu corpo, me mexendo desconfortável na direção do banheiro gigantesco.

Tomei um banho que foi capaz de limpar até a minha alma, sentia todos os músculos de meu corpo relaxarem ao bater das gotas de água em meu corpo. 

Finalmente, quando terminei o banho, pude voltar ao meu quarto, e enquanto colocava minhas roupas, vi o Plagg comendo camembert e mexendo no meu celular.

- Seus amigos estão planejando uma viagem na sexta. - avisou. - Parece que vai ser na casa de Quartzo.

- Onde é isso? - perguntei.

- Numa cidade vizinha. - avisou o Plagg. - Se tiver algum akuma, vai ser bem mais rápido de chegar do que foi em Nova York. - me lembrou do triste e recente episódio que tivemos no outro país.

Tipo, tudo acabou bem, sabe? Mas a Ladybug ficou decepcionada comigo, e eu jamais quero fazer algo que a decepcione.

- Sei não, Plagg. - falei. - Além disso, meu pai vai negar. Eu provavelmente não vou, por mais que eu queira. 

- Os seus dois amores vão estar lá, num local mais descontraído, e vocês vão dormir próximos. - ele falou, voando para mais perto de mim. - Imagina, vocês três na beira da piscina, com roupas de banho...

- Plagg! Cala boca, seu pervertido. - avisei, sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas.

- Não finja que não gostou das imagens que surgiram em sua mente. - ele me provocou.

Eu não podia negar, gostei sim. Mas eu ainda tenho senso de não ficar pensando nisso constantemente, ou ficar falando sobre isso.

- Gostei, mas não é legal ficar pensando nas pessoas assim, pode ser desrespeitoso. - comentei.

- Vai ser desrespeitoso se você ficar pensando nisso sempre e comentar com eles. Na verdade, na sua idade é normal começar a pensar nisso, de vez em quando. - Plagg começou a agir como um ser super experiente e muito sábio. - É só não agir que nem um babaca e não exagerar que não se torna desrespeitoso.

- É, você tem razão. - comentei.

- Sim, mas a questão não é essa. - ele pegou o celular e esfregou na minha cara. - Você tem que falar se vai estar presente para poder ver isso de perto.

- Plagg! - ele começou a rir, mas de qualquer jeito, ele tinha razão. Eu queria estar lá com os meus amigos, eu queria estar lá com eles dois. Me divertir.

Mandei uma mensagem dizendo que iria conversar com o meu pai, para ver se conseguiria.

As primeiras pessoas a me responderem foram a Mari e o Luka. Em suas mensagens, eles diziam que eu precisava ir, e que poderia contar com eles para convencer o meu pai.

- Tá vendo, eles também te querem lá. - o Plagg comentou, e nessa vez eu não senti malicia nenhuma em sua voz.

Eu sorri e sai correndo para implorar ao meu pai que me deixasse ir.

🐱

De algum modo, ele deixou.

Sim, ele deixou!

Eu podia sentir meu coração pulando no peito, a cada passo que eu dava era como se estivesse flutuando, e eu sentia que meu corpo todo estava brilhando. 

Eu decidi dar uma volta pela cidade como Chat Noir, avisar a My Lady e, quem sabe, dar uma passada para dar um 'Oi' para os dois.

Eu pulava sobre os prédios e logo pude ver de longe um ponto vermelho pular e vir em minha direção.

- Ladybug! - gritei, correndo em sua direção.

Quando finalmente nos encontramos, no topo de um prédio, ela foi a primeira a dizer alguma coisa.

- Oi, gatinho! Você parece tão feliz! - comentou.

- É que eu vou fazer uma viagem com os meus amigos. - expliquei. - E eu nunca tive uma dessas. Quer dizer, já tive duas, mas era com a escola, e as duas deram errado. 

- Nossa, que pena. - ele tocou em meu ombro, mostrando solidariedade. - Espero que essa seja melhor. Quando vai ser essa viagem?

- Nessa sexta.

- Que coincidência, eu também. - ela comentou. - Será que não vai ser ruim se ambos formos? 

Eu pensei por uns instantes.

- Olha, eu não sei você, mas a minha viagem vai ser dentro da França, vou conhecer uma outra cidade, então eu acho que não tem problema, pois é bem rápido de chegar voando. - expliquei.

- E eu ainda posso levar o miraculous do cavalo para me teletransportar. - ela disse.

- Ótimo! Então Paris não vai ficar desprotegida. - disse.

- E além disso, a polícia pode fazer alguns trabalhos fáceis. - ela lembrou.

- Exato! - concordei.

Ficamos em silêncio por alguns instantes, até que ela começou a rir.

- O que foi? - perguntei.

- Parece que ambos estamos desesperados para fugirmos de Paris e do trabalho o mais rápido o possível. - ela explicou e eu concordei, rindo junto com ela. - É que uma coisa muito importante para mim pode acontecer nessa viagem, sabe? E eu tô morrendo de vontade de ir.

- Tudo bem, eu sinto o mesmo. - disse.

- Que bom que nos entendemos. - ela disse.

Eu concordei e me despedi, dando um beijinho em sua bochecha e pulando na direção da casa do Luka.

- Até a próxima, My Lady. - me despedi.

- Até mais, gato bobo. - ela saiu pulando na direção da escola e da casa da Marinette.

Avistei o mastro do navio do Luka e fui pulando alegremente em sua direção.

Dessa vez, o Luka estava falando no telefone, o que juguei ser com a Marinette , então decidi ficar quieto, e só observá-lo de longe.

Ainda assim, estava perto o suficiente para ouvir um pouco de sua conversa.

- Eu espero que ele goste da surpresa, Mari. A música está ficando linda. - ele se calou e ficou ouvindo ela falar. - Hum, macarrons de maracujá. Vai estar uma delícia.

Hum, esse é o meu sabor favorito! Será que são para mim? Não, não tem como a Marinette saber que esse é meu sabor favorito.

Eu decidi não falar com ele hoje, e nem com a Mari. Fiquei olhando ao longe, teria tempo o suficiente para falar com eles durante a viagem.

🐱

Oyee, não me matem por não ter postado ontem, aaaaaa.

Vou tentar mais antes do Natal, porque quero fazer um capítulo especial de Natal

Beijinhos.

Ps: Desculpa não ter música no começo, não deu tempo de pensar em uma.

Meu amor não é bagunça [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora