Prisioneiro

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Chloe:

O dia que mais temia chegou. Após uma semana e dois dias deitado numa maca, Lúcifer teve alta.

Policial: - Lúcifer Morningstar, você está preso. – Diz ele algemando-o.

Chloe: - Por favor, não... – Eu segurava sua mão.

Lúcifer: - Desculpe Chloe...

Foi como se o mundo ficasse lento. Nossos olhares encharcados pelo pranto, eu nunca vira aqueles olhos negros tão tristes. Nossas mãos se desdavam lentamente, nossos corações se partindo.

Lúcifer: - Eu te amo Chloe. – Diz ele o mais sincero possível.

Chloe: - Eu te amo Lúcifer.

Separados. Quebrados. Partidos. Cada um iria tomar seu caminho agora, e apenas Deus seria capaz de julga-los mais ou menos tortuosos.

Passo uma hora olhando o último quarto que dormira, parecia que aquilo o faria voltar. Os lençóis tinham o cheiro de seu perfume amadeirado, assim como os travesseiros. A fina corrente de ouro que carregava no pescoço apenas me trazia mais dor.

Médico: - Moça? – Ele me tira de minhas distrações.

Chloe: - Olá, desculpe...

Médico: - Preciso que deixe o quarto para que seja limpo.

Chloe: - Você não entende... – Digo baixo, para que não ouvisse.

Médico: - Como?

Chloe: - VOCÊ NÃO ENTENDE QUE ACABEI DE PERDER A PESSOA QUE EU AMAVA? – Descontrolo-me com ele.

Médico: - Desculpe-me senhorita... – Por algum motivo, ele me abraça. – Eu sei como é perder alguém amado.

Chloe: - Desculpe... – Sussurro.

Médico: - Tudo bem... – Ele me conforta em seus braços enquanto chorava.

Chloe: - Acho melhor eu ir embora... Desculpe, novamente, o incomodo. – Desvencilho-me do homem.

Médico: - Não precisa se desculpar, vá em segurança.

Sorriso sem mostrar os dentes ao moço e logo vou em direção à recepção, onde meu pai me esperava pacientemente.

John: - Vamos? – Diz calmo. – Sua mãe já estava se perguntando onde estava.

Chloe: - É... Não é para menos. Papai?

John: - Sim, princesa?

Chloe: - Você me perdoa por eu ter saído de casa?

John: - Filha, o que importa é que está bem agora, certo? Isso já passou, não precisamos falar sobre mais. – Ele me dá um beijo no topo da cabeça enquanto saímos do hospital.

Solto um suspiro ao caminho de casa. Estava feliz por finalmente ter saído daquele local, mas ele me trouxe uma pessoa importante, a qual nunca achei que sofreria tanto pela separação.

Assim que chegou em casa, minha mãe me esperava ansiosamente.

Penélope: - Minha filha! – Ela vem e me abraça com toda a força que tinha.

Chloe: - Estou aqui mãe... – Olho em seus olhos claros e sorrio.

Penélope: - Achei que não a veria nunca mais...

Aquilo pressiona meu peito, me sinto culpada por não ter pensado em minha querida mãe antes de ter fugido de casa.

Chloe: - O que importa é que acabou, certo? – Limpo a lágrima que caía de seu olho.

O SequestradorOnde histórias criam vida. Descubra agora