Solitária

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Chloe:

Uma semana se passou, mas parece uma eternidade. Eu não estou frequentando mais a escola, nem prestei para nenhuma faculdade. Não tenho mais vontade de sair de meu quarto.

Penélope: - Filha? Precisa sair daí! Pelo menos para se alimentar!

Chloe: - Mãe, vá, por favor.

Penélope: - Adoecerá se continuar assim.

Chloe: - Minha vida não tem mais sentido mesmo. – Digo para mim mesma.

Minha mãe não sabia exatamente o motivo de minha tristeza. Ela acha que é por causa do trauma e etc. Mal sabe o que realmente me aflige.

Saio de cabeça baixa. E passo por ela, desço as escadas e vou para a cozinha.

John: - Como foi seu dia hoje, querida?

Chloe: - Você sabe como foi.

John: - Não! Conte-me! Cheguei agora do trabalho. – Diz fingindo estar animado.

Chloe: - Fiquei no quarto.

John: - Não vai estudar para entrar numa faculdade?

Chloe: - Não.

John: - Por que não? Sempre foi seu sonho se tornar uma detetive, assim como o papai!

Chloe: - Não tenho mais sonhos.

Meu pai encara minha mãe tristemente, eu não queria machuca-los ou desespera-los, mas não conseguia mais mentir.

John: - Chloe, olhe para mim. – Assim o faço. – Deste jeito terei de marcar uma terapeuta para você.

Chloe: - Faça o que quiser, eu não vou.

Penélope: - Filha, é para o seu próprio bem! Pra você conseguir se livrar desse trauma.

Chloe: - Eu só não quero agora. Se eu precisar de ajuda, eu falo. – Levanto-me e saio da mesa.

John: - Filha! Nem comeu nada! – Ele diz enquanto subia as escadas.

Chloe: - Perdi a fome.

Volto para meu quarto e tranco a porta. Respiro fundo e sinto as lágrimas caindo de meus olhos. Tudo estava sendo muito pior do que imaginei. E ainda por cima estava me sentindo extremamente enjoada nos últimos dias.

John:

John: - Querida, eu não sei mais o que fazer com ela...

Penélope: - Eu também não... Não imaginei que ela ficaria tão traumatizada. Na verdade, não pensava em seu retorno, apenas esperava encontrá-la.

John: - Mas tem outra coisa que me preocupa...

Penélope: - As contas atrasadas...

John: - Sim... Eu não consegui emprego ainda e gastei muito com todos os procedimentos para encontrar Chloe.

Penélope: - Continue buscando, teremos que dar um jeito se tudo for por água abaixo.

John: - Preciso ir ao mercado... O que precisamos comprar?

Penélope: - Pão, carne e alguns legumes e frutas.

John: - Certo. Tenho um dinheiro contado na carteira.

Penélope: - Ok. Não gaste com bobagens.

Pego meu carro e vou ao mercado que havia em nossa região.

Logo a sua frente havia uma lotérica. O valor acumulado era de 94 milhões de dólares, aquilo poderia ser meu paraíso.

Hesitante, compro uma cartela e começo a preenchê-la. Provavelmente deixaria Penélope furiosa, mas eu precisava tentar a sorte, vai que Deus estava ao meu lado?

O SequestradorOnde histórias criam vida. Descubra agora