Milagre?

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John:

Ligação on:

John: - Preciso de um favor.

***: - Pois não?

John: - Irei passar aí por voltar das 18h e preciso falar com ***.

***: - Algo em especial?

John: - Sim, em extremo.

***: - Ok Oficial Decker.

Ligação off

Penélope: - Tudo certo para amanhã?

John: - Sim! Espero que minha filha me perdoe depois disso... Porque era a última coisa que queria fazer.

Chloe:

John e Penélope vieram me visitar hoje, mas não estava com ânimo para responde-los, muito menos de fazer qualquer outra coisa.

Durante esse tempo que passei aqui, que parece ter sido milhares de anos, eu apenas me deprimi mais. Por mais simpáticas que sejam as enfermeiras e cuidadoras, o ódio por tudo ainda me consome.

Tive crises de ansiedade, o que fez com que meus remédios ganhassem um aumento em sua intensidade. De acordo com as moças, eu gritava em pânico com Michael, porém nenhuma delas o conhece.

Ao ocorrer tudo isso, minha cabeça já estava tão acostumada com o efeito sedativo dos medicamentos, que não se preocupava mais em vaguear pelos pensamentos obsessores.

Enfermeira: - Chloe, querida, trouxe seu jantar. – Ela entra discretamente.

Chloe: - Obrigada Mila. – Pego a bandeja de sua mão.

Mila: - Como está se sentindo hoje?

Chloe: - Como sempre... – Abaixo a cabeça.

Mila: - Não gostou de ouvir os pássaros cantando em sua janela durante o por do Sol?

Chloe: - Gostei...

Ela acaba se sentando ao meu lado em minha cama para conversar comigo. Ela era uma moça de, aproximadamente, 45 anos, que cuidava todos os dias de mim e inclusive tinha muita paciência para me aguentar em meus dias de mau humor extremo.

Chloe: - Mila... Eu estava pensando... Será que eu nunca vou sair daqui? – Olho-a melancólica.

Mila: - Vai, minha filha, claro que vai... Quando menos esperar, estará correndo em lindos campos de girassóis. – Ela sorri levemente.

Chloe: - Mas e se... – Sou interrompida.

Mila: - Não teremos "mas", minha querida, iremos te curar, ok? Eu te prometo isso. – Ela segura minha mão ternamente.

Chloe: - Obrigada... – Abraço-a.

Mila: - Estou apenas fazendo o que amo, querida Chloe... – Ela me abraça em retorno. – Agora preciso voltar aos meus afazeres, qualquer coisa me chame.

Chloe: - Certo... Obrigada novamente. – Ela assente em gratidão.

John:

Assim que o dia amanhece, pego uma mala cheia de dinheiro, o suficiente para o que iria realizar, e saio em direção ao local indicado para me encontrar com o sujeito que conversara anteriormente ao telefone.

O trajeto é demorado e não permito que Penélope venha comigo. Após 2 horas consigo alcançar meu destino.

***: - Pode prosseguir e estacione logo ali.

John: - Correto.

Estaciono, saio do carro arrumando meus óculos de sol e abro a porta traseira para pegar a mala.

O SequestradorOnde histórias criam vida. Descubra agora