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— Não, você não faz. — Respondeu sem rodeos, apresentação, ou algum tipo de saudação. — Eu sou mais feliz do que um dia imaginei. — Ele olhou para ela com um sorriso.
Adrien havia chega a uns minutos, a observou como todas as sextas – antes do casamento – ele costumava a fazer – sempre que possível, claro. A mestiça sempre comprava dois boques, sempre diferentes. Um para a admirável, amável e falecida senhora Cheng. O outro – inesperadamente – para Emilie Agreste.
— A-A... Adrien. — Falou em choque. — O que faz aqui? A quanto tempo está aqui?
— Tempo suficiente para saber que se culpa demais. — Respondeu um pouco frio. — Sabe Mari, quando você voltou para Paris meu pai me mandou um monte de notícias com fotos suas tiradas andando pela cidade, antes disso havia meses em que nossos pais preparavam o casamento ideal. Meu pai tentava fazer minha cabeça. Não que fosse difícil. Eu nunca deixei de amar você e por um tempo eu me neguei a ser amado acreditando não ter sido o que você merecia. — Ele confessou olhando fixamente a pedra com o nome da mãe.
— Não fale isso, sabe que o erro foi...
— Nosso! — Ele disse calmo olhando para ela. — Eu não consegui e não podia voltar para escola, então comecei a estudar em casa, tinha contato apenas com meus colegas de esgrima, para minha infelicidade uma delas era menina. Eu não nego que apesar de certa raiva ela conseguiu meu perdão e virou uma grande amiga, eu me sentia bem conversando com ela, até que em um jantar não esperado eu fui obrigado a pedi-la em casamento. — Disse normalmente e o queixo de Marinette caiu. — Não me entenda mau, eu não queria me casar com apenas dezoito anos, muito menos com alguém que eu nunca desenvolvi amor romântico. Mas as coisas fluíram, não iria me casar com alguém que eu não tivesse ao menos afeto, seria rude demais com ela.
— Mas ela foi rude o suficiente para te deixar no altar. — Deixou escapar. — Desculpe.
— Não peça desculpas, você não está errada.
— Quando me viu pela primeira vez? — Perguntou com certo receio da resposta.
— No dia que você chegou a Paris. No momento em que pisou em solo francês eu estava bem aqui, não chorava como você, mas conversava com ela. — Ele responde e ela o olhou surpresa. — Nunca deixo flores, já que não teria tempo de vir pegar as mortas. — Alegou. — Naquele dia voltei para o meu carro e antes que pedisse para Nino arrancar fui ver as mensagens que meu pai tanto mandava, enquanto analisava suas fotos saindo de um jatinho particular você adentrava o cemitério, indo da sua mãe para a minha. — Ele fez uma pausa e olhou para o céu. — Quando eu reconheci que era você eu perdi o folego, não só isso, perdi as palavras e até o rumo. — Deu um sorriso de lado. — Então você se ajoelhou diante da sepultura da minha mãe. — Respirou fundo e fechou os olhos. — O rapaz que estava quase morrendo de amores foi consumido por um incrível e imenso ódio, não me pergunte o que exatamente me deixou tão furioso, mas lhe garanto que se não fosse por Nino só Deus sabe do que eu era capaz. — Marinette encarou o chão.
— Se quer que eu não a visite é só falar. — Disse baixo. — Eu... já estou indo. — Disse se levantando.
— Não quero que vá ainda. — Ele pediu segurando o braço dela. — Por favor, fique mais um pouco. — Sussurrou aproximando seus rostos.
— Eu não lhe entendo Adrien. — Ela se afastou. — Se quer que eu fique então porque está me contando isso? Por que se revoltou tanto de me ver visitar sua mãe?
— Por que pareceu um ato rude e desrespeitoso. — Ele respondeu no mesmo tom. — Você jamais me deu seus pêsames, você foi no velório? Eu não fui, já que você fez com que os meninos mais velhos me agredissem. — Disse com certa ironia, já que ela sabia bem onde ele estava. — Você se quer se preocupou comigo? Você não procurou me nem depois de anos. Eu fui atrás de você! — Exclamou deixando Marinette pasma. — Desfile em Nova York, você estaria lá, quase como protagonista. Eu fui lá para dizer a você que eu iria me casar, mas não só isso, eu ia confessar que se você dissesse sim eu largaria tudo e fugiria com você, se você dissesse um simples "oi", eu largaria tudo por você. — A voz dele falhou. — Então você fugiu de mim, mas na mesma noite conheceu o Félix, que obra do destino. — Ironizou.
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O Acordo | Adrinette
Romance𝐀𝐝𝐫𝐢𝐧𝐞𝐭𝐭𝐞 ✦ [𝐀𝐔] ✦ 𝐔𝐧𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐨 𝐀𝐥𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐭𝐢𝐯𝐨 ♡*:.。━━━━━━━━ Onde Adrien vê a oportunidade perfeita de vingar um coração partido. •『 ♡ 』• + | "Por que você odeia falar sobre o passado?" - 𝑴𝒂𝒓𝒊𝒏𝒆𝒕𝒕𝒆 𝑫𝒖𝒑𝒂𝒊𝒏-𝑪𝒉𝒆...