O Acordo | Adrinette

V.

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Ao chegarem na casa de praia da família Dupain, Marinette abriu a porta e convidou o loiro a entrar educadamente.

— Chegou cedo... — A morena fez uma breve pausa. — O que ele está fazendo aqui? — Disse fitando o alto.

— É um prazer revê-la. — Disse irônico.

— Como foi na reunião? — Disse o pai de Marinette descendo as escadas.

— Pai esse é...

— Adrien Agreste. — Concluiu e cumprimentou o mais alto com ledice. — O que lhe traz a nossa casa Sr. Agreste?

— Negócios papai. — Respondeu com acidez.

— Ah, claro, por favor, acompanhe-me até meu escritório. — Disse apontando a direção com o braço.

— Na verdade, ele veio tratar de negócios comigo! — Exclamou cruzando os braços.

— Com você? O que teria a oferecer-lhe? Querida por favor, deixe os negócios da empresa comigo, nós dois sabemos que sou...

— Mais competente? — Ela completou com um olhar raivoso, sua sobrancelha esquerda estava mais elevada, sua boca entreaberta e a língua deslizava em seus dentes, o que expressava sua ira. — Acho que nós dois sabemos que é o contrário. Por favor Sr. Agreste me acompanhe. — Disse indo para a escada.

— Escute bem garota. — O mais velho agarrou o braço de sua filha com força.

— Escute aqui o senhor. — Ela ordenou. Sua pupila tremia levemente com certo medo. — Estou fazendo um esforço danado para colocar essa empresa nos eixos outra vez, então me faça o favor de calar-se e ver o quão competente eu sou. — Disse convicta.

— Sua... — Apertou o braço de sua filha mais.

— A solte agora, Sr. Dupain-Cheng, antes que as coisas piorem para seu lado. — Disse a morena atrás do homem.

— Com todo o respeito, terei que concordar com a senhorita sua filha, ela é a mais competente e adequada para o assunto que quero tratar, por isso, se nos dá a licença, eu e sua filha temos negócios a tratar. — Afrontou o loiro.

— Entendo. — Disse o mais velho soltando o braço da garota, que já estava roxo.

A mestiça guiou o maior até seu quarto, acompanhada pela sua segurança. Eles entraram e a jovem pôs-se a ler o pré-nupcial.

— Assim que acabar de ler passarei para você Hina. — Informou a garota.

— Poderia perguntar o porquê? — Adrien disse com curiosidade.

— Sou a segurança, a advogada e as vezes psicóloga dela.

— Entendo... — Ele disse fazendo uma pausa e mudando seu foco para a mestiça. — Me pergunto, como você consegue ser uma mulher tão autoconfiante e feminista com um pai faz tudo para você se sentir completamente o oposto? — Indagou com certa curiosidade.

— Hina, pode ler, já acabei, e estou de acordo com tudo. — Ela explicou formalmente. — Bem, sobre meu pai, ele sempre teve um comportamento machista com outras mulheres, eu sempre fui a princesa dos olhos dele, até chegar na idade adulta e ele dizer que minha única opção para herdar as empresas fosse me casar com um homem "competente". Eu fui para Itália, negando casar-me com um homem a força, e agora aqui estou, salvando o império que ele não quer me dar.

— Você nunca foi muito de relacionamento, não é mesmo? — Ele fitou a morena com os olhos. — Eu sempre quis fazer faculdade fora, mas após a morte da minha mãe, meu pai preferiu que eu estudasse em casa. Depois que me formei em administração comecei a trabalhar nas empresas Agreste; conheci mulheres com todo tipo de personalidade que você imaginar; acho que machismo é uma forma de me proteger. — Confessou.