VI.

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O caminho foi silencioso, as 7:30pm fora servido o jantar, logo depois de ter se alimentado bem a morena se acomodou no seu lugar. O loiro ao seu lado viu ela adormecer lentamente; sabendo do ar condicionado ligado, e a morena sem um traje descente para se manter aquecida, além de seu vestido branco de renda. Com compaixão, ele tirou seu blazer e cobriu a menor.

— O que está fazendo? — Disse em um sussurro sonolento.

— Fique tranquila, mylady, estou apenas preocupado com o seu conforto, ainda tenho a decência de respeitar suas escolhas, não a tocarei, só se me pedir. — Ele disse em um tom baixo para não acorda-la por completo.

— Você está me surpreendendo, não parece muito diferente do antigo Adrien — Disse voltando a dormir.

— Talvez voltar a ser o antigo Adrien não seja uma má ideia. — Ele sussurou. — Você irá me ajudar, irei concertar meu coração partido quebrando o seu, assim poderei ser feliz. — Disse sem a intenção de acordar a mestiça.

— Pensei que seu plano fosse faze-la se apaixonar por você. — Disse Nino em um tom baixo e pacífico.

— Essa bela moça é a única capaz de consertar meu coração, mas eu não posso ceder aos meus sentimentos antigos. — Disse passando o dedo delicadamente no rosto da menina. — Quero que ela me ame, para que assim ela entenda o que me fez, como é ser quebrado por alguém que tanto amamos. Ainda fá-la-ei sofrer, como eu sofri. — Disse friamente.

Alguns minutos depois o loiro acabou pegando no sono. Foi acordado horas depois, quando estavam pertos de pousar. Era por volta das cinco da manhã quando Dupain-Cheng foi delicadamente acordada pelo loiro.

— O que está acontecendo? — Ela disse assustada ao passar a mão sobre rosto.

— Nós chegamos. — Ele tentou passar tranquilidade. — São cinco e vinte da manhã, iremos para minha casa, prometo deixá-la dormir mais.

— Seria de bom grado, odeio dormir em aviões. — Ela reclamou ainda com a voz sonolenta, enquanto se espreguiçava.

Acompanhada pelo loiro que mantinha seu braço envolta da cintura fina da menor, ela desceu pelos degraus do jato particular, pararam ao esperar um carro vir busca-los.

— Algum de meus motoristas pode leva-la para casa. — Disse o loiro para a segurança da mestiça.

— Não se preocupe, meu motorista irá vir me buscar. — Ela avisou.

— Irá para seu apartamento depois do almoço. — Afirmou o loiro. — Iremos para minha casa, depois irá para sua casa pegar suas coisas.

— Como assim pegar minhas coisas?

— Está casada comigo agora, morar juntos não é uma coisa de casados? — Ele perguntou irônico.

— Mas...

— Nosso carro chegou. — A cortou e a guiou até o carro.

Percorrendo as rusticas ruas de Paris, a mestiça tentava se manter acordada olhando para a paisagem. Sentia o frio típico da época, apertava o blazer do loiro para se esquentar.

— Está com frio? — Perguntou com certa aflição.

— Não muito, acho que estou mais com sono. — Ela brincou com um sorriso fraco.

O loiro se aproximou com cuidado e lentamente, para que a garota não se assustasse ou se irritasse. Ofereceu seu ombro e a garota hesitou.

— Por que está fazendo isso? — Ela perguntou com certo receio da resposta.

O Acordo | AdrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora