II.

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Sr. Dupain. — Ele disse se virando.

— Senhorita Dupain-Cheng por favor. — Disse satiricamente tirando seus óculos.

— Perdão, bela dama. — Respondeu no mesmo tom. — Tenho negócios a trata com o seu pai. — Ele disse se sentando na cadeira da ponta. Dando um ar de superioridade, como se fosse o dono. Um erro audacioso, estava na empresa errada, na hora errada, conversando com a garota mais errada possível, Marinette poderia se manter calma para muitas coisas, no entanto, machismo, arrogância, ignorância e cinismo não entravam na lista.

— Vendo que estava bem acomodado no lugar do presidente, e veio aqui falar sobre vendas de ações, creio que já saiba do estado deplorável do meu pai. — Continuou com seu tom satírico. — Por tanto, agora, você tem negócios a tratar comigo, e já lhe aviso, não tenho muito tempo a perder, seja breve, e saia do meu lugar. — Ela disse apoiando-se com os dois braços sobre a mesa de vidro. Seu plano era ser firme com as palavras, e faze-lo ouvi-la nem que fosse a força, olhar nos olhos dele era uma tática para que o homem entendesse que ela não estava brincando. Após encará-la com mesma intensidade e frieza, acabou não resistindo e deixando seus olhos rolarem para baixo, observando os lábios carnudos da jovem morena, que ficavam muito bem com a cor avermelhada do batom, desceu mais e não quis nem tentar não olhar para a brecha do blazer da morena, ele teve uma vista bem detalhada dos seios da mulher. — Os meus olhos estão mais acima, poderia ter a decência e educação? — Disse com fúria nos olhos.

— Eu sei, eles são lindos, uma tonalidade de azul cativante, poderia olhar para eles o dia todo, no entanto a sua roupa acabou me chamando atenção, ela não parece adequada para a reunião, não acha senhorita Dupain-Cheng? — Indagou com arrogância.

— Bem, talvez não seja mesmo, mas o que eu visto ou deixo de vestir não deveria influenciar na sua falta de senso. — Ela disse ácida quase em seu limite.

— É claro, minha falta de senso, mil perdões. — A ironia em suas palavras foi inegável. — Todavia a senhorita não teria que concordar que, uma pessoa que sai de casa sem senso pode até ser julgada, mas uma que sai de casa sem roupa é presa?! — Ele disse com arroste. — Não veja de modo errado, apenas estou lhe dizendo, ou melhor tentando lhe dizer, que uma mulher bonita, com um corpo bem estrutural, e uma roupa nesses parâmetros, são coisas que os olhos não podem resistir. — Disse prontamente.

— Você é um machista descarado, nojento, arrogante, sem escrúpulos, esnobe, insolente, entre outros bens piores. — Ela o encarava com fúria. — É melhor calar-se antes que eu perca toda a minha compostura e te mostre minha lista de palavras de baixo calão, que se encaixam perfeitamente na sua postura machista.

— É claro que você haveria de ter uma lista para homens esnobes, arrogantes, machistas e sem escrúpulos como eu, deve ter se preparado bem para situações como essas. — Ele disse com tom de sarcasmo.

— Como já lhe disse antes, não é preparação, é senso. — Ela diz com ênfase.

— Sim, claro, senso; esqueci-me que estou com a pessoa mais sensata do mundo. — Ele riu soltando um suspiro breve entre os dentes.

— Quem você acha que sou? — Disse já no seu limite.

— Marinette Dupain-Cheng, herdeira do império Cheng, vice-presidente da empresa, e presidente das áreas da indústria da moda, você fez a empresa crescer lá fora, o seu sucesso é algo fascinante. Irei adorar trabalhar com você. — Ele disse ainda com o tom cômico.

O Acordo | AdrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora