XIII.

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— Marinette! — Disse em um sussurro.

Ver a mestiça daquele jeito era de partir o coração. Adrien nunca havia sentido um desespero tão grande, aquele medo de perder alguém ele sentiu apenas uma vez na vida, quando sua mãe estava morrendo. Aqueles sentimentos que ele alimentava pela mestiça, quando era mais novo, aqueles malditos sentimentos que ele achava ter superado, ele havia voltado.

— Sua roupa, está encharcada. — Ele disse se abaixando.

Dupain-Cheng estava encolhida no chão em baixo do chuveiro, a água caia sobre ela, ela chorava baixinho enquanto se abraçava com toda a força que tinha. Ela estava tão destruída, se sentia tão nojenta; não conseguia se tocar, tinha tanto nojo de si mesma que não conseguiu tirar sua própria roupa.

— Eu não... não consigo. — Ela disse baixinho. — Eu me sinto tão suja, só que não consigo tirar minha própria roupa, eu sou tão fraca e... — Ela enfiou a cabeça entre os joelhos chorando mais.

— Ei, tudo bem, você não precisa fazer isso, não precisa se forçar a nada, okay?! — Ele disse tentando acalmar a jovem. — Só precisamos tirar essa roupa molhada, sei que não deve se sentir confortável se eu fizer isso, então ligarei para Alya, ou você prefere que eu chame a empregada? — Ele perguntou pegando o celular. — Talvez você não se sinta confortável dormindo aqui comigo, talvez você deva dormir na casa da Alya. — Ele disse pensativo. — Ligarei para ela agora, Nino pode ficar no Carro do lado de fora da casa vigiando e...

— Não, espere... — Ela segurou a mão dele. — Eu não quero envolver mais ninguém nos meus problemas.

— Ela é sua amiga...

— Mas eu não quero envolver ela. Não quero ser um peso. — Confessou cabisbaixa.

— Olha para mim. — Ele disse segurando o rosto dela. — Você não é um peso. — Ele disse a encarando com veracidade. — Vamos, você precisa se secar, se não pode adoecer. — Puxou ela gentilmente pela mão.

— Você já me viu nua uma vez, talvez, não precisamos colocar mais pessoas nisso. — Ela disse abaixando sua cabeça.

"Ah pelos céus, você está nua, Marinette por favor, se recomponha. " — O loiro disse tampando os olhos.

"O que foi chaton? Nunca viu uma mulher nua? " — Ela zombou, estava bêbada e não parava de rir.

"Para ser sincero, não! Nunca vi uma mulher nua. "

"Tudo bem, eu também nunca vi um homem pelado. " — Ela disse se sentando nas pernas do loiro.

"M-M-Marinette, v-você está n-n-nua s-sentada no meu c-colo, o que v-você p-pensa que está f-fazendo? " — Ele estava completamente vermelho ainda com os olhos tampados.

"Adrien..." — Disse tirando as mãos do garoto do rosto do garoto. — "Eu quero você. "

"M-M-Marinette, v-você não p-parece m-muito bem, t-talvez t-tenha b-bebido de mais. "

"Eu posso não estar completamente sobrea, mas eu sei o que quero. "

"N-Nós não p-podemos. "

"É claro que podemos, só se você não me quiser. Sabe eu sou apaixonada por você desde o sexto ano, mas entenderei se você gostar da Chloé. " — Disse cabisbaixa.

"E-Eu não g-gosto da Chloé. E-Eu... e-eu g-gosto de v-você. " — Ele confessou vermelho, a mestiça sorriu e o puxou para um beijo. — "M-Marinette não p-podemos. "

O Acordo | AdrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora