VII.

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— Bem-vindo. — Ela disse abrindo a porta.

— É um lugar aconchegante e deslumbrante; mas me surpreende saber que só tem um andar. — Ele comentou.

— Bem, depois que nos mudamos para os Estados Unidos, meu pai vendeu nossa casa, quando voltei eu iria morar sozinha, passo todo o meu tempo fora, não preciso de um lugar muito grande para morar. — Ela se explicou tirando os sapatos sentada na cama.

— Não sente falta da sua outra casa? — Ele disse afrouxando sua gravata com os dedos.

— Até que sinto, tinha lembranças da minha mãe; mas derrubaram ela e construíram uma loja das empresas Agreste. — Ela o encarou de cima a baixo.

— Sinto muito. — Ele disse se sentando ao lado da mestiça. — Eu não teria deixado isso acontecer, sinceramente. No entanto meu pai é bem diferente de mim.

— Eu acredito em você. — Ela disse com veemência. — Acredito de verdade, Agreste.

Ouve uma intensa troca de olhares, acompanhada por um silêncio, mas não um silencio constrangedor ou algo do tipo, um silêncio agradável; os olhos do loiro desceram para a boca avermelhada da garota. Marinette pode ver avidez no olhar do loiro, os olhos verdes que a seduziam e hipnotizavam ela com tanta facilidade. Seria uma completa mentira se ela dissesse que nunca se atraiu pelo Agreste, ou que nunca sentiu uma imensa vontade de atacar sua boca. O loiro por sua vez se controlava, ele precisava conquistar a garota primeiro, tinham que ir devagar com ela. Ele respirou fundo e disse:

— Gosto quando me chama de Agreste. — Sua voz saiu falha, apesar da tentativa de ser firme.

— E eu gosto quando me chama de mylady. — Ela disse quase em um sussurro ao ver o loiro se aproximando lentamente. — A-Adrien, eu não quero cometer os mesmos erros do passado, eu realmente quero me redimir, eu...

— Eu sei. — Ele sorriu colocando sua mão no pescoço da garota. — Eu posso... — Ele disse baixo com receio da resposta, mas antes de terminar sua pergunta a garota selou seus lábios ao dele.

Foi um toque quente, transmitiu uma eletricidade por todo o corpo da garota e do rapaz. Eles sentiram um intenso calor crescer; tomada pela adrenalina e emoção a garota deixou se levar. Era um beijo intenso, suas línguas em uma perfeita e delirante harmonia, a grande mão do mais alto estavam no pescoço nu da mestiça, o que fazia ela arrepiar o corpo todo; as mãos da garota estavam no cabelo claro do rapaz, seus dedos deslizavam e se enroscavam nas mechas claras.

Ofegantes eles tiveram que parar o beijo. Era a primeira vez que a Dupain-Cheng desfrutava do sabor dos lábios do loiro; apesar de já ter sido beijada a força por ele, era a primeira vez em anos que ela sentia tal intensidade, e ficou impressionada com o que ele a causou. Ela ansiava por mais, ela cobiçava pelo toque do Agreste; ela queria delirar por ele como em suas fantasias eróticas.

Mylady. — Ele disse ofegante, enquanto a garota se afastava evitando contato visual. — Já está se arrependendo? — Perguntou com um sorriso no rosto.

— Eu só estava tirando uma dúvida. — Disse mordendo a unha de seu dedão.

— Qual seria? — Ele arqueou a sobrancelha. — Poderia me perguntar. — Afirmou.

— Não é uma coisa que se pergunta, é uma coisa que precisa de provas. — Disse com um sorriso debochado.

— E o que seria? — Retribuiu o sorriso.

— Só queria saber se você ainda beija bem. —Confessou e o loiro abaixou o olhar com um sorriso.

— Bem, eu não tive tempo de conferir se você ainda beija bem. Que tal tentarmos de novo? — Levantou o olhar levemente.

O Acordo | AdrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora