— Posso saber porque você não consegue parar de me olhar? Isso é maçante e estranho. Já disse que não gosto! — falo, ao sentir ele queimando minha pele.
Joshua fica rígido ao ouvir o que eu disse, e eu não entendo o motivo, apenas ignoro.
— Senhora eu…
— Não estou falando de você Joshua! — me afasto dele, pegando a lista de estúdios aos arredores do último assassinato. — Você vai vir comigo ou irei sozinha? — Pergunto ao Coleman, enquanto ele apenas me observa, de novo.
— Claro… Não iria ficar de fora de algo que foi eu que dei a ideia...
Respiro devagar tentando controlar minha súbita raiva ao perceber que o ego dele está alto hoje.
— Não estou afim de ouvir a voz de ninguém hoje, então, me faz o favor de ir o caminho inteiro sem dizer nada?!
Não espero por uma resposta, apenas saio, indo em direção ao estacionamento, onde meu carro está.
— Você é tão mal humorada… Acho interessante isso.
Estranho seu comentário, na verdade, todos os seus comentários são assim.
Opto por não responder nada, sinto que quanto mais eu falo, mais corda eu dou, por isso, prefiro não revidar.
Assim que pegamos o caminho até o primeiro estúdio, sinto seu olhar em cima de mim, mais uma vez, mas ignoro.
O caminho é silencioso, e pela primeira vez, eu não gosto dele, é diferente. E é nesse momento que eu me acho uma tremenda ridícula. Antes de sairmos eu deixei bem claro que não queria ser incomodada, e agora que ele está fazendo exatamente o que eu pedi, eu fico assim... Que ódio!
Gostar de ouvir a voz dele deveria ser um erro. Ainda mais quando tudo que representa ele me deixa assutada.
Quando estaciono o carro e me preparo para descer, ele segura no meu braço.
— O que foi? — pergunto, não gostando da proximidade que ele tanto me faz ceder.
— Não seria melhor você tirar o distintivo? Se esse for o nosso suspeito, iremos o deixar em alerta.
Olho para a minha cintura, e termino concordando com ele. Retiro o objeto e olho para ele que sorri discretamente.
Reviro os olhos para sua facilidade em sorrir com bobagens.
Saio completamente do carro, o deixando para trás.
O primeiro estúdio, é bem localizado e tem um nome estranho. Fire. As pessoas realmente não tem criatividade. Tantos nomes interessantes para se colocar em um lugar como esse, mais não, prefere por algo sem graça a esse nível, sinceramente.
Quando coloco meus pés dentro do local, o cheiro de maconha me atinge e parece mais uma neblina aqui dentro, porque fumaça é o que não falta.
— Oi xuxu, posso saber o que te trás aqui? Quer fazer uma tatuagem? Pode se sentar ali e escolher o desenho… — uma mulher ruiva diz, se aproximando.
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IM(PERCEPTÍVEL) | ✓
RomancePhoebe Reed carregava em seu peito um único sentimento: ódio. Ela não suportava ver alguém sendo feliz, porque isso a fazia se lembrar da sua antiga vida. De como tudo era falso. De como as pessoas eram sem escrúpulos. E o principal, de como o sorri...