Epílogo

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UM ANO DEPOIS

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UM ANO DEPOIS

Eu não acreditava na felicidade e muito menos em como a mente de uma pessoa pode mudar tão rapidamente em pouco tempo. Até conhecer – profundamente – Axel Coleman. Ele com certeza foi a pessoa que me fez entender como é ser feliz, e principalmente, me fez gostar disso. Atualmente eu sei como é sorrir feito uma idiota sem motivo algum. E eu admito isso sem vergonha. 

Enquanto observo ele correr pelo parque com sua sobrinha fico imaginando como seria minha vida se ele não tivesse surgido. Acredito que talvez o plano de Amber tivesse dado certo e hoje eu que estivesse atrás das grades. Ou se ela tivesse conseguido entrar na minha mente e feito eu fazer a merda de tentar prejudicar Axel, o que provavelmente eu nunca me perdoaria. Enfim, acho que no final tudo se encaixou da maneira que deveria.

Às vezes – só às vezes – eu tenho vontade de ir visitar ela e saber porque ela não tentou me ajudar, mesmo depois de eu ter dado apoio a ela. Eu só queria entender porque ela não me quis ao lado dela. Poderíamos ter feito algo juntas para mudar esse jogo. Mas não, ela optou por tentar fugir e me deixar apodrecer na cadeia. Portanto, acredito que ela teve o final que mereceu, e eu, bom, ainda estou construindo o meu. Como minha psicóloga sempre diz, estou dando um passo de cada vez. E como o meu é de tartaruga, não tenho nenhuma pressa de fazer as coisas andarem rapidamente.

Estou feliz ao lado de Axel e de sua família. Estou feliz ao lado dos meus amigos no trabalho – porque sim, agora posso dizer que eles são meus amigos – E eu não acho que falte algo na minha vida mais.

Meus traumas não sumiram, as vezes – não com muita frequência – ainda tenho crises de ansiedade, e sei que elas nunca irão sumir, porque elas fazem parte de quem eu sou. E eu nem ninguém pode mudar isso, então, a única coisa a se fazer é aceitar e aprender a lidar com ela.

Muitas vezes eu paro e fico pensando em como tudo aconteceu. Como eu deixei minhas barreiras caírem ao ver aquele homem se infiltrar na minha vida sem permissão. Como eu permiti que ele me visse. Que ele pudesse enxergar as coisas obscuras que eu tinha por trás da personagem que eu criei. A mulher mal e fria. Personagem esse que eu quase deixei dominar a minha vida e que eu quase acreditei ser real. Mas ela não é. Eu que sou real. Essa mulher determinada, destemida, corajosa e sem receios. Essa é a Phoebe real. E eu quero que ela permaneça para sempre.

— Você não cansa de pensar nem por um minuto amor? — a voz que eu mais amo nesse mundo diz, me trazendo de volta para a realidade.

Me viro na sua direção, sem nos afastar, levando minhas mãos até seus cabelos bagunçados.

É incrível como ele parece ser um adolescente quando está fora do departamento, ao lado da sua sobrinha. Tudo parece ser tão leve. Tão receptivo.

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