“Não, eu não tive nenhuma misericórdia por nenhuma delas… também não sinto nenhum remorso… eu sei, fiz muita coisa errada, mas ainda assim eu sou humano.”
— TED BUNDY.
Eu sempre gostei de regras, para mim elas não poderiam ser quebradas, nunca.
Mas agora, eu fui obrigada a fazer isso. Alguém que não deveria, falou demais. E por isso, ela teve que morrer.
Nunca fui adepta a matar inocentes, afinal, eles não mereciam, mas eu tive que fazer isso, porque ela estava colocando a minha identidade em risco, e eu odeio imaginar que ela poderia acabar com meus planos antes do tempo.
A cada novo traço que eu faço para terminar a borboleta, observo seus olhos ainda abertos. Eu gostava deles quando éramos próximas, até ela se apaixonar pelo mesmo cara que eu.
Eu odeio perder, eu não suporto saber que alguém pode ter o que é meu. E ela queria ele, eu via nos seus olhos, mas nem por isso eu quis a matar, porque ela era inocente, apenas por isso. Mas eu não sou alguém digno, eu fiz da vida dela um inferno por longos tempos, até ela ir embora.
Ela não deveria ter voltado. Mas ela o fez, e ela me confrontou, então, ela morreu.
Passo os olhos pelo seu estúdio, até que é arrumadinho, mas não como o meu. Eu gosto de sofisticação. De fazer as pessoas admirarem tanto onde eu trabalho, como também, o meu talento. Elogios sempre são bem vindos.
Sorrio, me achando uma louca.
Eu amo fazer tatuagens, de preferência borboletas, elas me fazem lembrar da única coisa que eu gostava naquele lugar.
Nunca entendi como eu pude ter tanta técnica em pouco tempo, mas eu adquiri. Desenhar no corpo humano é bom, ainda mais quando ele está começando a ficar frio. É fascinante.
Ao terminar o contorno final, penso em guardar meus materiais, mas então me vem a ideia de fazer outra tatuagem, em outro local e deixar um aviso. Talvez assim ela entenda. Só assim terei como entrar na cabeça dela, e fazê-la ver o que ela tanto tenta esconder.
Um sorriso macabro surge em meus lábios ao ver que agora, sim, eu realmente vou começar meu plano. Na verdade, eu já comecei, quando permiti que aquele garotinho visse o meu rosto.
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IM(PERCEPTÍVEL) | ✓
RomancePhoebe Reed carregava em seu peito um único sentimento: ódio. Ela não suportava ver alguém sendo feliz, porque isso a fazia se lembrar da sua antiga vida. De como tudo era falso. De como as pessoas eram sem escrúpulos. E o principal, de como o sorri...