Eu tô sorrindo como um idiota. Na verdade, não tem como não fazer isso.
Eu vim aqui apenas para fazer uma sopa e ver como ela estava, e nesse momento eu estou sorrindo como um completo garotinho enquanto espero ela voltar de seu quarto.
Foi tudo tão automático.
Eu a beijei, e achei que nunca a veria tomar a iniciativa, então ela o fez.
Eu realmente estou parecendo um adolescente bobo que conseguiu o primeiro beijo.
Passei tantos anos querendo viver isso ao lado dela, e quando consigo, não sei como agir. Não sei o que dizer quando a ver novamente. Acho que até desaprendi a falar, que porra! Isso não é normal.
Escuto seus passos e tento parar de sorrir mas não consigo, não dá. Ela vai me achar um palerma, não posso permitir isso.
Assim que coloco meus olhos nela, vejo que ela trocou a roupa, colocou um vestido longo que a deixou mais linda que antes. Mas estranho ela ter feito isso, sendo que está dentro de casa, poderia ter colocado uma roupa mais confortável que essa, mas optou por não fazer. Será que ela está com vergonha de mim?
— É… Eu…
Vejo que ela está tentando dizer algo, e não olha nos meus olhos.
Sim, ela está com vergonha.
Que linda! Nem parece que já é uma mulher adulta. Tudo nela grita uma inocência surreal, e eu juro que estou tentando ao máximo não pensar em coisas calientes a olhando, mas é praticamente impossível. E na verdade, acho que nós dois estamos parecendo adolescentes. Porque até eu me sinto um pouco perdido.
Me levanto indo até onde ela está.
Dessa vez ela não tenta se esquivar, apenas fica esperando.
Toco no seu queixo, levantando seu rosto para olhar em seus olhos.
— Você está com vergonha? — pergunto, com um sorrisinho de lado.
Ela fita meus olhos, passando um bom tempo me encarando, e parece que ela consegue ver tudo que eu sinto por ela apenas com isso.
— Não estou acostumada a fazer essas coisas… Nem ter alguém invadindo meu espaço pessoal dessa forma… — diz, quase sussurrando.
Faço um carinho em seu rosto, sorrindo de novo.
Se ela não está acostumada, significa que ela não teve muitos namorados... E mesmo achando isso incomum, uma sensação muito boa me atinge.
— Mas terá que se acostumar comigo… — sussurro me aproximando e depositando um selinho em seus lábios. — Vou fazer a sopa, porque mesmo a senhorita não estando doente, eu estou morrendo de fome... Me diz onde fica a cozinha.
Ela me olha como se eu fosse uma coisa fora do normal. E talvez eu seja.
— Vem, vou te levar até lá… — diz, me puxando para o outro cômodo.
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IM(PERCEPTÍVEL) | ✓
RomancePhoebe Reed carregava em seu peito um único sentimento: ódio. Ela não suportava ver alguém sendo feliz, porque isso a fazia se lembrar da sua antiga vida. De como tudo era falso. De como as pessoas eram sem escrúpulos. E o principal, de como o sorri...