O SEGUNDO INOCENTE

646 128 114
                                    

“Eu adoro matar as pessoas, eu adoro vê-las morrer. ”

— RICHARD REMIREZ.

Eu passei metade da minha vida sendo controlada, e eu odeio quando alguém acha que pode fazer isso comigo, porque não pode

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu passei metade da minha vida sendo controlada, e eu odeio quando alguém acha que pode fazer isso comigo, porque não pode. Ninguém vai ter algum controle sobre as minhas ações. Eu faço o que eu quero. Quando eu quero. Como eu quero. Sempre.

E André White achou que podia me ter nas mãos, achou que só porque ele sabia a minha identidade, ou achava que sabia, ele ia me ter, mas como eu disse, ninguém, absolutamente ninguém vai conseguir me ter.

Eu sou letal.

Eu sei ser falsa.

Eu sei enganar as pessoas muito bem, o tempo todo.

Eu consegui enganar um monstro uma vez, não seria com um policialzinho que eu não ia conseguir.

Homens sempre são fáceis de ser manipulados, é só você dizer algumas palavras bonitas e dar o que eles tanto almejam que você consegue qualquer coisa. E foi o que eu fiz, por um tempo, mas agora, ele não me serve, e coisas que não me servem, eu descarto. E foi o que aconteceu com ele. Uma pena, ele até que ele tinha um rosto bonito, mas ele ia atrapalhar meus planos, na verdade, ele quase o fez, mas não conseguiu. Talvez porque ele seja burro, ou talvez porque ela seja burra.

Eu passei tanto tempo sofrendo psicologicamente que eu aprendi a fazer a mesma coisa.

Eu jogo com a mente das pessoas, e as vezes, acho que eu jogo até com a minha, porque tem momentos que eu nem me reconheço no espelho.

Eu odeio a imagem que eu vejo e infelizmente eu não posso mudá-la. Eu odeio perceber que eu sou igual a ele. Mas agora, não tem como voltar atrás. Não dá mais. Agora, eu vou até o fim.

Olho para o corpo do homem na minha frente, se debatendo, querendo que eu o ajude, que eu faça algo para que a dor pare, mas eu não consigo ajudá-lo, não consigo porque eu me lembro que quando eu pedia para o monstro parar ele não o fazia, e ninguém nunca foi me ajudar, então, não tem porque eu ajudar alguém que queria apenas me atrapalhar.

Me afasto, ouvindo seus gritos, que mais parecem músicas para o meu ouvido. Tudo que leve a dor me faz bem, porque eu não sei mais viver sem ela. Ela faz parte da minha vida. Eu passei ela toda sofrendo, e quando eu achei que poderia ter alguma razão para sorrir, quando eu achei que tinha encontrado alguém que se importasse comigo, essa pessoa se foi, como todo mundo vai, afinal, a carga da minha vida é pesada demais para alguém como ele —  palavras que ele mesmo disse e que doem até hoje quando lembro.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
IM(PERCEPTÍVEL) | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora