Nem sempre um talvez resultase em um sim. Mas uma coisa que Stefanny sabia, com toda certeza, no que deixaria ela totalmente fora de razão, era Collin.
Quando Collin volta pra casa pra passar mais tempo com sua mãe que está doente, a última coisa q...
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[...] Sete anos atrás [...]
Minha mãe está planejando meu aniversário. Outro grande evento pra ela mostrar o perfeito robô, ou melhor dizendo filha, que ela criou.
Tudo pra ela era aparência.
E eu tava de saco cheio dessa merda, honestamente.
Eu odiava fingir ser quem eu não era, esnobar e desprezar pessoas boas.
Então hoje, quando eu finalmente criei coragem e falei tudo que estava preso na minha garganta a um bom tempo, ela me bateu. Um tapa no rosto e uma ameaça de me tirar tudo que eu tinha. E ao invés de um pedido de desculpa, escutei apenas "passe creme no rosto, você não precisa ficar feia além de tudo"
E eu passei.
E por esse motivo eu estava aqui, sentada no chão da cozinha.
A própria desolada.
E já era tarde, mas o horário era a última coisa que eu deveria me preocupar. Não importava se eu tivesse aula no outro dia e precisaria acordar cedo. A escola não era meu auge, digamos que eu tinha sorte. Eu não fazia parte do clube das pessoas de humanas e nem das de exatas. Eu nem sabia o que eu tava fazendo na maior parte do tempo. Eu queria cursar moda, mas por enquanto eu tinha que passar por isso.
Outro ponto de desaprovação pra minha mãe, eu não queria ser a esposa troféu e mãe de família. Eu não podia, se não iria acabar amarga igual a ela. E esse era um dos meus maiores medos.
Tomo outro gole e estremeço com o gosto da bebida forte que eu peguei escondido. Se eu queria ficar bêbada escolhi a coisa certa.
Vodka, eu nunca tinha bebido isso. Ótima hora pra começar.
Eu odiava que mesmo depois de tanto tempo eu ainda me importava com o que ela dizia. Qualquer mínimo erro meu era acompanhado de uma de suas frases, como "Você é uma grande perda de tempo".
E eu me esforçava tanto pra agradar, esta altura do que ela esperava. Aquilo era cansativo.
