[...] Sete anos atrás [...]
Sinto alguém sacudir meu corpo. Meu deus, desde quando meu despertador ficou tão chato? Um soco no ombro me acorda. O idiota do meu irmão está em pé ao lado do sofá me olhando. Ele ergue as sobrancelhas. Faço cara de inocente.
- O que você tá fazendo aqui? - Pergunta.
- Você passou a noite aqui e fiquei sem como voltar pra casa.
- Se você tivesse me dito que viu unicórnios eu tinha acreditado mais... - Mas era verdade, estava tarde e eu ainda estava sem carro. Mas eu poderia ter ido pra casa, só não quis. - Você não vem?
Começo a calçar o tênis e então saímos. Eu não queria embora sem ver Stefanny, mas eu tinha coisas pra fazer. Sem contar que eu não sabia como era seu temperamento pela manhã, vai que a vontade de me matar estivesse apurada. Melhor não arriscar.
Saímos no carro de Will e só então percebo que tô todo quebrado. Eu só tinha vinte e dois anos, eu devia ter a coluna nesse estado? E eu realmente me exercitava, devia ter uma condição melhor que essa. O que eu não faço por aquela loirinha estressada.
Ontem a noite tinha sido, bem... Eu tinha que manter um limite em mim mesmo. Mas Stefanny conseguia me fazer esquecer até a merda do meu nome. Ela tinha me provocado do mesmo jeito que eu fiz com ela. Justo. Medo mesmo eu tinha quando parássemos de jogar.
— O pai sabe que você passou a noite aqui? — Will perguntou do nada.
Olho de esguelha.
— O pai sabe o que você está a fazendo naquele quarto? — Devolvo a pergunta e ele solta uma risada.
— Não.
— Pois é.
Pego o celular do bolso e abro o contato dela, fico algum tempo pensando em alguma coisas engraçadinha pra mandar.
Bom dia, como é acordar com a mensagem da pessoa mais bonita do mundo?
Aperto enviar e guardo o celular no bolso novamente.
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Na sua mente
RomanceNem sempre um talvez resultase em um sim. Mas uma coisa que Stefanny sabia, com toda certeza, no que deixaria ela totalmente fora de razão, era Collin. Quando Collin volta pra casa pra passar mais tempo com sua mãe que está doente, a última coisa q...