. Antigamente, era de conhecimento geral, que qualquer tolo que ousasse aventurar-se em uma passeio noturno na montanha Aisuru, seria condenado a desaparecer misteriosamente sob o véu da noite, até que no terceiro dia após o seu desaparecimento, o...
-Infelizmente não podemos ficar aqui para sempre -Limpei a terra que ficou em minha roupa -Temos que ir para a nossa próxima missão.
-Vou sentir tanta saudade de você, Saori-chan! -Zenitsu a abraçou.
-E eu de você -Ela retribuiu o abraço.
-Foi legal conhecer você -Inosuke cruzou os braços e bufou pelo focinho da máscara.
-Também vou sentir sua falta! -Saori o abraço a força.
-É obvio que vai! -Inosuke se rendeu ao abraço -Quem não sentiria falta de alguém tão incrível como o grande Inosuke?
-Certamente! -Saori desfez o abraço e veio até mim.
-Vamos te visitar assim que possível, isso é uma promessa! -Falei confiante.
Ela me abraçou forte e sussurrou em meu ouvido -Eu realmente sentirei sua falta quando você partir, espero que os últimos dias tenham sido tão incríveis para você, quanto você os deixou para mim.
-Foram sim -Infelizmente tive que desfazer aquele caloroso abraço.
-Vou aguardar ansiosa pela volta de vocês! -Saori se despediu e seguiu seu caminho.
Nós já havíamos chegado naquela bifurcação da estrada, quando o Inosuke se aproximou meio inquieto.
-Ei, Gonpachiro -Ele cutucou meu ombro.
-Diga -Falei vagamente.
-O que vocês estavam fazendo? -Ele perguntou curioso.
-Seja um pouco mais claro -Falei com um semblante sério.
-O que vocês estavam fazendo antes que eu chegasse? -Inosuke levantou a máscara, para que eu pudesse ver seu rosto -Por que estavam tão perto um do outro?
-Como é que é? -Zenitsu nós olhou espantado.
-Não foi nada demais -Tentei evitar que ele fizesse um escândalo, pois eu apenas queria esquecer essa sensação estranha em meu peito.
-Não me venha com "não é nada demais"! -Ele apontou pro meu rosto e logo se virou para Inosuke, que não estava entendo nada -O quão perto eles estavam um do outro?
-Assim -Inosuke colocou suas mãos próximas uma da outra.
-Eu sabia! -Ele abriu um gigantesco sorriso -Vocês iam se beija, não é?
-Que? -Isso sequer tinha passado pela minha mente.
-Eles crescem tão rápido! -Zenitsu limpou uma falsa lágrima em seu rosto.
-Como assim, Monitsu? -Inosuke tentava compreender o que estava acontecendo.
-Nosso pequeno Tanjiro -Ele fez uma pausa dramática -Está apaixonado!
-Não é nada disso! -Tentei esclarecer as coisas, mas fui cortado por Zenitsu.
-Não precisa mais negar sua paixão, Tanjiro! -Ele colocou as mãos sobre meus ombros -Nós apoiamos essa sua paixão platônica!
-Gonpachiro está "apaixonado" pela mulher oni? -Ele estava ainda mais confuso.
-Exato! -Ele confirmou orgulhoso.
-Eu... -Quando fui protestar, sentir algo no bolso de meu uniforme -Droga
-O que foi? -Inosuke questionou.
-Vamos ter que voltar -Disse dando meia volta.
-Você aceitou que está apaixonado e quer voltar para se declarar? -Zenitsu me olhou esperançoso.
-Não estou apaixonado! -Respondi um pouco impaciente e os mostrei a peça de madeira -Acabei esquecendo de devolver o peixinho de madeira que ela me pediu para guarda, nada além disso.
-Você quer voltar todo o caminho para devolver essa coisa? -Inosuke cruzou os braços em reprovação.
-Sim, essa coisa é especial para ela, então eu tenho que devolver -Acelerei o passo.
Zenitsu apertou o passo para me alcançar -Depois nega que está apaixonado...
A viagem de volta foi conturba, pois enquanto o Zenitsu insistia que eu estava perdidamente apaixonado pela Saori, o Inosuke compactuava com as essas afirmações absurdas apenas para tentar me provocar.
-Vamos, Tanjiro! -Zenitsu insistia na sua ideia -Admita!
-Já disse que não est... -Me calei ao sentir o tenebroso odor de sangue.
-O que aconteceu? -Ele perguntou preocupado.
-Tem algo errado -Sem hesitar, saquei minha nichirin e segui o cheiro.
Mais a frente pude ver o atual pilar da água, Tomioka Giyuu. Com a sua nichirin em mão, lutando contra um inimigo que ainda não consegui ver o rosto.
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-O senhor está ferido? -O cheiro de sangue não vinha dele, mas preferi perguntar por precaução.
Ele me olhou de relance e voltou a se concentrar no confronto, então corri para ajuda-lo com qualquer coisa que fosse necessária, mas algo me agarrou e ergueu meu corpo no ar.
-KAMOBORO! -Inosuke tentou corta a coisa que me segurava, mas também foi pego -ME SOLTA COISA ESTÚPIDA!
Pensei que as nossas costelas seriam esmagadas, mas surpreendentemente aquela espécie de tentáculo não fez nada além de nos suspender no ar.
Nós tivemos certa facilidade em nos livrarmos desse contratempo, já que estranhamente não houve reação por parte deles, mas em contra partida, o senhor Tomioka estava sendo atacado sequencialmente pelos inúmeros tentáculos que passaram a empestear toda a superfície livre do solo.
