Após alguns minutos vasculhando os móveis empoeirados do quarto em que estávamos, achei algumas folhas de papel amareladas pelo tempo em que estavam guardadas e junto a elas havia um estojo simples de madeira polida que continha um humilde kit de pintura.
A tinta escura dos pequenos frascos me seria bem útil se não estivessem vencidas, mas ao menos poderia usar o papel por mais velho que estivesse.
Como não consegui encontrar nada para poder escrever, decidi buscar em outros cômodos.
Abri a porta de corre do quarto da maneira mais silenciosa que fui capaz e abri a gaveta do pequeno armário que ficava próximo ao quarto.
Não havia nada de útil dentro, então a fechei e um som estridente suou da madeira.
-Está tentando nós roubar? -Uma voz rasgada, porém feminina ecoou por detrais de mim.
-Não! -Respondi em desespero ao me virar para a senhora que havia nos acolhido.
-Não é o que está parecendo, meu jovem -Respondeu a idosa -Pegue o que quiser, não é como se pudesse lhe impedir...
-Não estou roubando! -Afirmei um tanto envergonhado -Apenas preciso escrever uma carta urgente para uma pessoa e não queria acorda-los.
-Creio que seria mais educado do que ficar mexendo nas coisas dos outros dessa maneira -Retrucou a senhora ao sentar em uma cadeira de balaço que ficava no canto do corredor e acender uma espécie de fumo.
-Perdoe-me por isso -Me curvei em um pedido de desculpas -Não pensei direito no que estava fazendo, estou atordoado de preocupação por uma amiga.
-A garota perdida na floresta que o homem "peculiar" estava falando mais cedo? -Questionou a idosa e logo em seguida expeliu a fumaça de seus pulmões.
-Exato -Respondi alarmado -Por esse motivo é tão urgente escrever essa carta.
-Certo, vejo que você já encontrou o papel -Os olhos envelhecidos e severos da mulher se voltaram a folha que estava em minhas mãos.
-Sim, peguei na gave... -Os olhos da senhora se arregalaram em surpresa antes da mesma me interromper.
-Você não mexeu no estojo que tinha lá, certo? -Ela questionou com um forte odor de dor e preocupação.
-Eu o abri já que o fecho dele estava quebrado, mas não usei as tintas que tinha nele -Respondi surpreso.
-Onde ele está agora? -Questionou a senhora com certo desespero.
-O deixei sob a cama, posso pegar ele se a senhora desejar -Sugeri.
-Faça esse favor para a velha aqui, que vou buscar um pedaço de carvão para você -Disse a mulher pouco antes
de se levantar da cadeira e entra no que eu acredito que seja a cozinha.Fui buscar o que ela me pediu, mas sem compreender por qual motivo a senhora queria o estojo com tintas vencidas no meio da noite.
O estojo estava no exato lugar onde o deixei, o peguei sem cerimônia e o levei para senhora que já estava bem acomodada em sua cadeira, com o carvão em uma mão e uma vela na outra.
-Aqui está -Lhe entreguei o estojo e ela me entregou o carvão.
-Escreva sua carta, que vou iluminar para você -Disse a senhora que ficou abraçada com o estojo.
-Certo -Respondi vagamente e apoiei a folha sobre o assoalho de madeira.
Estava um tanto difícil escrever, já que o piso estava repleto de fissuras devido a má conservação, mas no final de tudo consegui finaliza minha carta para a senhorita Tamayo.
-Já acabei -Exclamei para a senhora que já estava sonolenta com o balanço suave da cadeira.
-Então podemos voltar a dormi -Ela apagou a vela e se direcionou ao seu suposto quarto, ainda abraçada com o estojo.
-Hum, senhora... -Fiquei pensativo já que ela não havia me dito seu nome até então.
-Minam -Respondeu a senhora.
-Certo, senhora Minam -Pronunciei com receio -Porquê esse estojo lhe é tão importante?
-Bem -A senhora suspirou de forma melancólica -Ele pertencia a minha filha mais velha, ela nem sequer pode o usar antes de partir...
-Sinto muito -Falei arrependido pela minha curiosidade.
-Não se preocupe -A senhora riu e isso me deixou bastante confuso -Eu nunca tive uma filha.
-Como? -Questionei confuso.
-Isso era do meu filho mais novo e estava perdido pela casa a um longo tempo -Comentou a senhora -Apenas o queria para guarda num lugar melhor
já que me trás boas lembranças.-Certo... -Respondi ainda perplexo com o seu cruel senso de humor.
-Agora volte pra cama e tente não ficar perambulando por aí -Disse a senhora antes de adentrar ao quarto.
Entreguei a carta ao meu corvo e logo fui descansa no furton ao lado de minha irmã que já estava dormindo a um longo tempo.
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A montanha Aisuru ~ Demon Slayer ~ Tanjiro
Fanfiction. Antigamente, era de conhecimento geral, que qualquer tolo que ousasse aventurar-se em uma passeio noturno na montanha Aisuru, seria condenado a desaparecer misteriosamente sob o véu da noite, até que no terceiro dia após o seu desaparecimento, o...