𝐗𝐈

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Ao perceber o nervosismo do rapaz, ele não sabia se ficava preocupado, ou ignorava. Podia ser por causa do estado da filha dele, e até pensou em não se importar com ele, mas não podia evitar de ser gentil. Era um homem empático e bondoso, por isso todos o adoravam e o tratavam como se ele fosse um Deus. O médico saiu da sala e foi até o bebedouro mais próximo, pegou um copo d'água, e após encher o recipiente, ele retornou ao quarto e se aproximou do empresário.

— Beba um pouco de água, e tente se acalmar, sua filha não está em risco. — entregou o copo de plástico para ele.

Respirando com dificuldade e com suas mãos trêmulas, o mais novo pegou o copo e deu um gole grande, bebendo tudo de uma vez. Estava muito nervoso, sem saber o que fazer, apenas estava torcendo para que de jeito nenhum, o loiro se lembrasse dele.

— Obrigado! — deixou sua cabeça baixa, evitando fazer contato visual com o mais velho.

— Vou deixá-los a sós, caso aconteça algo, fale com a enfermeira na recepção. Com licença! — se retirou do quarto e foi checar outros pacientes.

Apesar de estar bastante preocupado com a situação na qual se encontrava, ele tentou deixar isso de lado, pois sua filha era mais importante, e sempre será. O homem pegou uma cadeira e a colocou ao lado da maca hospitalar, se sentou e ficou observando a pequenina enquanto fazia carinho na mão da menor. Ela tinha as mãos macias, e por serem pequenas, a deixava muito fofinha. Ele passou quase a madrugada toda a observando, cada detalhe dela, e lembrando como seria horrível perder a menina, sem os sorrisos dela, os abraços carinhosos e toda a alegria que ela trazia para a vida patética e sem graça dele. Se recusou a dormir, tinha medo que ela tivesse alguma piora e ele não notasse, pois estaria dormindo e não perceberia nada. Passou a noite toda em claro, mesmo com o sono batendo na sua porta, ele desobedeceu o próprio corpo, não se renderia ao sono. De manhã cedo, por volta de umas sete horas, um outro médico, passou no quarto e verificou se não houve nenhuma alteração no quadro dela, ao se certificar que ela ainda permanecia estável e fora de risco, ele saiu do cômodo e foi terminar outros afazeres. Yoon continuou ao lado da pequena, porém precisava ir para casa, tomar um banho, trocar de roupa e descansar. Por isso, pegou seu aparelho móvel, que estava sobre a mesa, enviou mensagens a Taehyung, explicando toda a situação, depois guardou o celular no bolso e voltou a se concentrar em sua pequena menina deitada sobre a maca.

O garoto estava ajudando sua mãe no restaurante, quando sentiu seu telefone vibrar em seu bolso, ele pegou o seu celular, e ao ler as mensagens do mais velho, ele não teve nem tempo de pensar, apenas estava preocupado com sua sobrinha de consideração.

— Mãe, preciso sair. — disse colocando a bandeja sobre o balcão e retirou seu avental.

— Taehyung? Aonde vai meu filho? — perguntou a mãe do menino, mas ele nem escutou, já havia saído.

Apressado, ele colocou seu capacete na cabeça, sem atacar, subiu na sua moto e foi o mais rápido possível para o hospital. Após um bom tempo, ele chegou no local, estacionou sua moto em uma das vagas na frente do estabelecimento e foi direto para o quarto, aonde estava a garota. Ao entrar no cômodo, ele se aproximou da cama e ficou observando a pequena, que estava deitada, ainda dormindo.

— Como ela está? — perguntou olhando na direção do mais velho.

— Está bem agora, assim que ela acordar, o médico vai confirmar que não há mais nada com o que se preocupar, e ela receberá alta. — explicou bocejando e esfregou seus olhos.

— Ainda bem, que susto. — respirou aliviado e alisou os cabelos da garotinha.

— O chamei aqui porque preciso ir para casa, estou cansado e preciso de um banho, me ligue se acontecer qualquer coisa, e avise quando ela acordar. — pegou as chaves do seu carro e deixou um beijo no topo da cabeça dela, se dirigindo para a porta logo em seguida.

Psycho | NamgiOnde histórias criam vida. Descubra agora