𝐗𝐈𝐈

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Ainda nervoso, o garoto tentou fingir que estava pleno, não podia parecer suspeito, então respirou fundo e olhou para o médico confuso. — Acho que você está enganado, eu não me lembro de te conhecer até o dia do evento, onde o seu namorado nos apresentou. — mentiu se tremendo um pouco ainda.

— Perdão, uma pequena confusão da minha cabeça. — coçou sua nuca, ainda estava um pouco confuso, tinha quase certeza de que o conhecia muito antes do evento da empresa dele, mas não conseguia se lembrar.

Após encerrar a conversa com o médico, ele caminhou apressado para fora do hospital, só queria chegar em casa logo, e ficar bem longe de pessoas estranhas, e principalmente de pessoas do seu passado sombrio.

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Ao chegarem em casa, Yoongi não fez mais nada, apenas ficou deitado na cama e deixou sua filha deitada sobre ele, assim como fazia quando ela era apenas um bebê, bem pequenininha. Ela era uma das poucas pessoas que ele suportava toque físico, apesar de não gostar muito, abraçar, dar beijinhos nela, ficar agarradinho, era uma das melhores coisas, ele era um papai babão.

— Papai, o que vamos fazer hoje? — perguntou a pequena, estava entediada, já fazia mais de meia hora que ela estava deitada na barriga de seu pai.

— Nada, vamos só ficar assim, fiquei com medo de nunca mais poder sentir seu abraço, ouvir você dizer que ama o papai e que eu sou sua pessoa favorita no mundo todo. — falou acariciando os cabelos pretos dela.

— Você ia ficar muito triste se eu não estivesse mais aqui? — a garota bocejou, pois ficar parada estava fazendo ela ficar com sono.

— Claro que iria, você é a princesa do papai, e sua mãe ficaria muito chateada comigo se eu deixasse algo acontecer a você. — deixou beijinhos na bochecha da mais nova.

— Mas eu sempre vou estar aqui papai, e vamos sempre brincar juntinhos e ler histórias antes de dormir. — deu um sorriso largo.

— Sei disso meu bem, o papai também vai sempre estar aqui. — fez um pouco de cócegas na pequena, a fazendo rir um pouco.

— Papai, não quero ir na festinha de amanhã na escola. — falou se sentando na cama e abaixou a cabeça.

— Por que? — perguntou confuso, ela amava festinhas de escola, não estava entendendo o porquê dela não querer ir dessa vez.

— Porque todos os alunos vão estar com os pais, mas eu não tenho mamãe, só tenho você. — ela gostava de ter seu pai, e ela não se sentia incomodada com isso, mas ser intimidada por outras crianças por não ter uma mãe, a deixava triste.

— Oh meu amor, mas você sempre foi a esses eventos com papai, porque não gosta mais? — ele realmente não fazia idéia de que a menina estava sendo rejeitada pelas outras crianças por não ter uma mãe.

— As minhas amigas, não querem mais ser minhas amigas, elas falaram que eu não tenho mãe e devo ser triste por isso. — abaixou a cabeça enquanto contava.

— E você é triste por isso? — perguntou bufando, estava bravo com aquelas crianças, mesmo não as conhecendo.

— Não, eu gosto de ter você, mas queria ter conhecido a mamãe, ela gostaria de mim? — respondeu ainda balançando suas perninhas, estava um pouco inquieta.

— Sua mãe ama você, mesmo não podendo te conhecer muito, você é o maior sonho dela, desde que ela descobriu que estava grávida de você, ela não parava de falar e planejar tudo para a sua chegada, é uma pena que vocês não puderam se conhecer, mas tenho toda certeza que ela te ama muito! — deu beijinhos na testa dela e acariciou os cabelos da menor.

Psycho | NamgiOnde histórias criam vida. Descubra agora