𝐈𝐈

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Após treze anos do ocorrido, Yoongi continuava desaparecido e a policia havia arquivado o caso, pois não tinham provas que o ajudassem a progredir ou finalizar a investigação. Porém, caso aparecessem provas novas, a polícia retornaria com as investigações, por isso, Min continuava sendo procurado. O fato da foto dele, de procurado, estar em baixa qualidade, e na época ele estar loiro, ajudou para que ele continuasse desaparecido.

Agora, no ano de 2021, ele tinha uma vida nova, casa nova, personalidade nova e até uma indentidade, que nem era sua, pertencia a outra pessoa. Choi August, era seu novo nome, um homem culto, paciente, rico, dono de uma empresa de automóveis. Além disso, ele agora também tinha uma filha, Choi Nari de apenas quatro anos, uma menininha doce, que até parecia um pouco com ele. Os cabelos dela eram tão pretos quanto os dele e seus olhos eram castanhos escuro, e ela também tinha uma pinta embaixo do olho, como o seu pai.

Yoongi estava dormindo tranquilamente em seu quarto, quando de repente a cama começou a balançar, fazendo o homem acordar, era sua filha que não parava de pular enquanto o chamava.

— Papai! Papai, levanta! — pulava incansavelmente na cama grande. A pequena estava animada, pois de 15 em 15 dias eles tiravam o dia pra fazerem atividades juntas.

— Nari, por favor me deixe dormir mais um pouco, hoje é domingo. — resmungou ele, bocejando e virando para o lado, ficando de costas para a mais nova.

A pequena não desistiu, continuou pulando e chamando pelo seu pai. Yoongi se estressava facilmente, mas não com ela, apesar de as vezes passar do limite, Nari era uma das únicas pessoas que podiam irrita-lo sem o fazer se descontrolar. Cansado de ouvir seu nome pela milésima vez, ele decidiu levantar.

— Está bem, você venceu. — disse se rendendo, e resolveu levantar.

O homem de cabelo escuro se sentou na cama se espreguiçando, calçou sua pantufa aconchegante azul, tinha o mesmo tom de seu pijama, uma bermuda de algodão azul marinho e uma blusa com manga curta da mesma cor, só que com detalhes brancos por todo tecido. Ao se levantar, ele se dirigiu para o banheiro onde lavou seu rosto e se olhou no espelho, sua cara era séria e vazia, ele respirou fundo e logo em seguida abriu um sorriso largo, apesar de não sentir vontade de rir, estava apenas treinando. Ao chegar na sala de jantar ele se deparou com a pequena sentada no lugar dela, que ficava ao seu lado, ele se dirigiu e se sentou em seu lugar, a mesa estava cheia de pratos diversos, tinha torradas, geleia, rosquinhas, bolo, pães, sanduíches e suco, um verdadeiro banquete.

— O que vai querer minha filha? — perguntou olhando para ela enquanto sorria, dessa vez um sorriso sincero, todos eles eram destinados apenas a ela, sua querida filha, um ser que ele se recusava a machucar, muito pelo contrário, ele mataria quem ousasse pensar em fazer algum mal para ela.

— Torradinhas e panquecas, papai. — respondeu ansiosa para o dia de hoje.

— Certo, irei colocar. — Ele pegou o prato bege com a princesa Mulan estampada nele, era uma das princesas favoritas dela, mas antes que pudesse começar a servir, a menina pegou seu prato de volta educadamente.

— Não precisa pai, eu sei me servir. — disse colocando seu prato de volta no lugar aonde estava, para se servir sem ajuda.

— As vezes eu esqueço que você está crescendo e querendo fazer tudo sozinha. — deu um sorriso fraco e afagou os cabelos dela.

A pequenina começou a colocar as torradas redondas e com a ajuda de seu pai ela adicionou panquecas no seu prato. Min não estava com muita fome naquela hora, mas ainda assim comeu um sanduíche para que ele não passasse mal.

Após encerrarem as refeições, eles foram para a sala e ficaram sentados no sofá assistindo ao desenho favorito de Nari, que era George, o curioso. A história de um macaquinho da África que está sempre se envolvendo em encrencas, ela adorava demais e sempre assistia várias vezes. Ele não entendia como alguém podia ver sempre a mesma coisa, quase todo dia, talvez porque ele nunca mais teve algo de que gostasse tanto, mesmo apesar de anos, pouca coisa nele mudou, ele sustentava uma personalidade calma e gentil, mas era apenas mentiras, ele continuava o mesmo de sempre, mas nem sabia quem ele é, era confuso demais se entender, estava apenas vivendo uma vida que nem era completamente sua e tentando não ser descoberto.

Psycho | NamgiOnde histórias criam vida. Descubra agora