𝐗𝐗𝐈𝐕

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— D-Do que você me chamou? — Ainda não conseguia acreditar no que ouvirá.

— Você achou que eu não lembraria de você? Acontece, que eu sabia quem você era, desde a primeira vez que te vi. — Respondeu sem demonstrar medo algum.

— Então esse tempo todo, você já sabia da minha identidade falsa. — Respirou fundo e arqueou uma de suas sobrancelhas. — Então, por que não me entregou para as autoridades?

— Porque a sua vida não é da minha conta, e eu não sou tão burro de me envolver com um psicopata assassino. Mas acontece que você mexeu com algo que é meu. — Respondeu mantendo uma distância segura do homem.

— E o que seria? — Já imaginava a resposta.

— Kim Namjoon. Ele era meu, até você voltar para a vida dele. — Apertou os punhos com força. — Não sei se você é ousado por estar com um detetive, ou burro.

— Como você veio até a minha em casa, em vez de me entregar para a polícia, então imagino que queira fazer um acordo. — De um semblante preocupado e nervoso, ele mudou para um completamente sério e apático.

— Ora ora, como você é um homem inteligente. — Abriu um sorriso leve. — Você tem uma nova vida agora, é pai, seja lá como virou pai. E não mata ninguém a mais de 10 anos, então vou te dar uma segunda chance.

— Acredito que essa chance tenha uma condição. — Colocou suas mãos nos bolsos de sua calça.

— Isso mesmo. Deixe Kim Namjoon, e eu fico de bico calado sobre você e sua identidade falsa. — estendeu a mão para o homem de cabelos escuros. — Temos um trato?

— E como eu sei que você realmente não vai me entregar para a polícia? — Indagou com um pé atrás.

— Assim como eu sei que você não vai me matar. Não tenho certeza, mas farei minha parte. — Continuo estendendo o braço.

— Ainda não sei se posso confiar em você. — Encarou a mão do homem com um desgosto enorme.

— Eu não tenho nada contra você, só não quero que machuque as pessoas que eu amo.

— Então não se importa que eu tenha matado várias pessoas no passado? — O encarou friamente.

— Me importo sim, mas sei que mexer com você, é perder tudo de que mais gosto, as pessoas que mais amo e minha felicidade. Então, enquanto seu eu assassino continuar dormindo e você for inofensivo, eu não farei nada contra você. — Explicou, respirando fundo.

— Entendi. — Disse seco.

— Bom... Você tem 24h para aceitar meu acordo. Não quero que o Namjoon saia machucado dessa história.

— Então nos vemos amanhã, passar bem, Seokjin. — Abriu a porta para o homem louro.

— Espero que seja racional, e se tentar me matar, eu escondi uma confissão, dizendo a verdade sobre você. Então nem pense nisso. — estava nervoso, com medo de perder a vida por mexer onde não devia.

— E eu achando que você tinha vindo com mãos vazias. Você não é burro, Seok. Inteligente da sua parte poder me ameaçar com coisas que realmente me assustem. Então, tenha uma boa noite! — Fechou a porta com todo ódio que havia dentro dele.

Assim que ele estava longe do homem que ameaçava sua vida perfeita, ele fechou os olhos com força e gritou, colocando cada sentimento para fora. Toda raiva que o acontecimento lhe causou, estava sendo expulsa com todo o ódio e força que ele tinha. Mas, independente do quanto ele gritava. Aquele sentimento ainda residia dentro dele, não sabia o que fazer. Sabia que precisava proteger sua real identidade, mas não queria abrir mão do detetive. Porém, havia algo muito mais importante que qualquer coisa que ele precisasse proteger. Sua filha. Ou melhor, a criança da qual ele cuidou desde que ela nasceu. Afinal, não era filha biologicamente dele.

Psycho | NamgiOnde histórias criam vida. Descubra agora