Psycho | Namgi

𝐕𝐈

Nari abriu os olhos ao sentir alguém a puxando para trás dela, ela visualizou um homem de cabelos cinzentos e alto, ele que havia atirado na parede para assustar os ladrões e agora estava apontando a arma para um deles.

— Larguem a arma, eu não vou pensar duas vezes em atirar em um de vocês. — disse nervoso por ver que eles poderiam atirar contra August, mas não deixou seu nervosismo transparecer, precisava passar a imagem de uma pessoa confiante e ameaçadora naquele momento.

— Somos dois contra um, só você que está armado, acha que vai conseguir nos deter sozinho?— falou em tom debochado, mas o que ele não sabia é que o homem contra a parede de cabelos pretos não iria deixar barato.

— Ele não está sozinho. — Chutou a arma dele, fazendo a cair no chão e partiu para cima do ladrão dando socos nele.

Namjoon ficou surpreso, não sabia que Choi lutava, ainda mais bem daquele jeito. O detetive viu que o outro ladrão iria atirar contra seu antigo amor, antes que isso acontecesse ele distravou sua arma e apertou o gatilho, disparando um tiro na perna do ladrão que deu um grito e caiu no chão. Enquanto o homem de cabelos cinzentos algemava o ladrão que tentou atirar contra o empresário, August descontava todo o ódio acumulado no outro criminoso, passando dos limites, deu chutes fortes e socos, mesmo o ladrão já estando quase inconsciente.

Ao perceber que o mais velho não iria parar, Kim foi correndo até ele e o empurrou para longe do Homem. — Você precisa se acalmar, sua filha está aqui, vendo tudo.

August respirou fundo várias vezes, e quando se acalmou, ele olhou para as suas mãos com um pouco de sangue e começou a ficar nervoso, suas mãos ficaram trêmulas e sua respiração ofegante novamente, estava começando a passar mal e ficar agoniado. Só conseguiu parar de prestar atenção no que fez quando ouviu sua filha começar a chorar, ele foi correndo até ela e se ajoelhou na frentes dela abrindo um pouco os braços para abraça-la, porém a menina continuou parada chorando, estava assustada e nunca tinha visto seu pai brigar ou ser agressivo, pois ele sempre se demonstrou calmo e paciente, não só na frente dela, mas na frente de todos que não conheciam sua real identidade.

O mais velho a abraçou mesmo sem ela querer e a pegou no colo voltando a ficar de pé. — Não chore meu amor, desculpa, o papai não queria te assustar, ele apenas queria te proteger.

Namjoon algemou o outro ladrão e ligou para seu superior, a fim de chamar outros policiais para levar os ladrões a delegacia e prender os assaltantes, assim que a primeira viatura chegou, o detetive contou o que sabia para seus colegas de trabalho e depois seguiu em direção ao empresário e a garotinha que ainda chorava, porém menos do que antes.

— Ela precisa se acalmar e beber água, vamos para a minha casa, é aqui perto. — alisou as costas da pequena nos braços do mais velho.

Ele não queria aceitar o convite, por pura birra, mas precisava ser maduro e pensar na sua filha, ainda assim desejava negar e ir em um restaurante próximo para comprar uma água para ela e a tranquilizar, porém um ambiente calmo seria melhor para ela, por isso acabou aceitando.

— Vamos, ela está muito nervosa. — respirou fundo começando a cansar, pois segurar a pequena por bastante tempo era cansativo.

Namjoon foi caminhando ao lado deles, seguiam em direção a casa do detetive, o mais novo estava um pouco nervoso ao lado dele, não sabia o que dizer e como agir, afinal, tiveram um término nada amigável e sem muita explicação ou conversa entre eles. Enquanto isso o empresário foi o caminho todo sério, estava preocupado em como tinha agido naquele beco, foi extremamente agressivo na frente do seu quase amor e principalmente, da sua filha, ele estava se arrependendo de cada atitude que tomou mais cedo. Ao chegarem no apartamento, o dono da casa abriu a porta e acendeu as luzes. O local era simples, mas grande, ainda haviam várias caixas e não estava decorado, o que era estranho para alguém que amava arte e decoração como ele, também tinha algumas roupas espalhadas pela casa, que foram retiradas e guardadas pelo homem de cabelos acinzentados, ele estava um pouco envergonhado pela bagunça, não queria que alguém visse sua casa naquele estado, ainda mais August.