· Andrew narrando ·
Minha respiração estava pesada. Sentia que meu coração estava quase saindo pela boca, eu iria matar alguém aquela noite, EU IRIA MATAR ALGUÉM AQUELA NOITE! Até seis meses atrás eu não imaginava que estaria nessa situação, nenhum garoto como eu imaginaria estar fazendo isso. Minhas pernas tremiam, não estava preparado pra fazer algo assim sozinho e agora. Eu tinha uma adaga em minha mão, sentia que estava preparado, podia criar mais quando quisesse, só precisava saber usar. Talvez não seja tão difícil como imagino.
Estava agachado encostado na parede quando os quatro caras haviam se separado, estava muito mais fácil de chamar a atenção deles sem ser pego agora. Eu tinha vantagem, eu conhecia a base melhor que eles. Eles dão medo porque são caras enormes com armas enormes, mas não parecem ser estratégicos. Não adianta ter armas boas se não sabem usar.
Eu tinha medo do fracasso, medo de errar, medo de ferrar com tudo e com todos. Eu nunca tive um treinamento que fosse parecido com essa situação e minha mira não era uma das melhores. Janet tem ficado ocupada com seus assuntos e eu não consigo treinar sem ela, o treinamento do meu pai é mil vezes pior.
Tudo estava meio escuro. Uma das lâmpadas piscava freneticamente do corredor atrás de mim, parecia um filme de terror, não vi muitos filmes de terror na minha vida, mas tenho uma ideia de como deve ser. Me movi para atrás até o corredor da luz piscante, era uma boa armadilha para quem vinha, como as leoas que pegam de surpresa suas presas na caça, pulam de surpresa quando ao menos esperam.
O primeiro cara já vinha atento, preparado, com o dedo no gatilho, eu só precisava que ele viesse um pouco mais perto pra eu poder pegar ele de surpresa. Fiquei preocupado se ele me visse mais rápido do que eu pegasse ele. Quando ele finalmente chegou ali pulei em cima dele e apertei seu pescoço por trás, era a maneira mais silenciosa que me veio à mente. Ele emitia uns grunhidos implorando por ar fresco, mas foi fácil acabar com ele. O primeiro já foi eliminado.
Escondi seu corpo no canto de uma das salas ali perto, não vão achar tão cedo. Quase fui pego por um dos caras no caminho, mas consegui fugir pelos corredores antes dele me ver. O cara que quase me viu seria o próximo, minha próxima vítima. Curiosidade: eu aprendi a fazer mata-leão na escola, já que meu tio queria que eu aprendesse artes marciais, mesmo eu não sendo muito a favor da violência.
Fiquei agachado no corredor que eu estava. Não conseguia olhar pro resto do corredor atrás de mim por causa da escuridão, mas não acho que alguém possa aparecer ali. Eu estava concentrado demais pra me preocupar com outra coisa, mas havia uma coisa que não saía da minha cabeça: onde estava os outros?
Senti alguém me pegando por trás e apontando algo circular nas minhas costas, era o ferrolho da arma. Haviam me achado. O armado me segurou com apenas um braço por trás e prendeu meus braços tipo num abraço apertado, só que com uma arma apontada nas minhas costas. Pouco tempo depois eu só senti sangue escorrendo pela minha camiseta, braço e pescoço. O sangue não era meu, eu não sentia nada, me soltei do cara e olhei pra trás, era o meu pai.
─ De nada ─ ele disse desfazendo uma espada. Seu poder era criar qualquer tipo de arma e foi com isso que atravessou o cara. Agora estou mais coberto de sangue do que já estava. ─ Temos que ir atrás dos outros. ─ Ele disse se virando saindo com uma expressão não muito preocupada.
─ Mas ainda temos mais um aqui ─ cochichei.
─ Ele está morto ─ ele olhou pra mim pelo canto do olho e voltou a andar.
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I Think We're Alone Now - Temporada 1 (CONCLUÍDA)
ActionPRIMEIRA TEMPORADA DA SÉRIE I Think We're Alone Now PLÁGIO É CRIME! Inspiração: Manto e Adaga (2018) e The Gifted (2017) No ano de 2013, Amberly VanCite, uma garota que acaba de fazer 18 anos, se vê numa situação precária, dependendo do furto para s...